O atentado de Lockerbie foi um ataque terrorista ao voo 103 da Pan Am em 21 de dezembro de 1988. O avião Boeing 747-121 partira do Aeroporto de Londres Heathrow em Londres com destino a Nova Iorque, e explodiu no ar logo acima da cidade escocesa de Lockerbie, matando 270 pessoas (259 no avião e 11 na terra) de 21 nacionalidades diferentes. Deste total, 189 vítimas eram cidadãos dos Estados Unidos da América.
(...)
Uma investigação conjunta da Scotland Yard, FBI
e da polícia escocesa do condado de Dumbries & Galloway (onde fica
Lockerbie), a qual ouviu mais de dez mil testemunhas, apresentou
acusações contra os agentes líbios Al Megrahi e Lamin Jalifa Fhimah em 1991, levando a versão oficial de que o atentado havia sido planeado pelo governo líbio.
Julgamento
Embora tenha se negado a entregar os agentes, Gaddafi aceitou fazê-lo em 1999, em troca do fim das sanções impostas pela ONU contra a Líbia, e que os acusados fossem processados sob jurisdição escocesa nos Países Baixos, considerado um país neutro.
Em 2001, os dois ex-agentes foram julgados pelo Tribunal Penal Internacional.
Jalifa Fhimah foi absolvido, mas Al Megrahi foi condenado a 27 anos de
prisão, que cumpriu em uma penitenciária da Escócia até ser entregue em 2009 à Líbia por razões humanitárias - ele tinha um cancro da próstata em fase terminal.
Gaddafi concordou em pagar US$ 2,7 mil milhões como indemnização para as
famílias das vítimas americanas, sendo 40% do dinheiro enviado
quando as sanções da ONU
fossem suspensas; 40% quando as sanções comerciais dos Estados Unidos
fossem suspensas; e 20% quando a Líbia fosse removida da lista do
Departamento de Estado de países patrocinadores de terrorismo.
Mesmo assim, familiares das vítimas exigem que seja esclarecido se Al
Megrahi foi realmente o autor do atentado. Representante das famílias
das vítimas britânicas, Jim Swire, cuja filha Flora morreu no atentado,
acredita que Al Megrahi não era culpado.
Novas investigações
Até o momento o atentado havia sido atribuído à Líbia. Mas novas investigações colocam que o ataque teria sido ordenado pelo Irão - como uma resposta ao ataque ao voo 655 da Iran Air pelo navio USS Vincennes em julho de 1988
que matou 290 pessoas - e executado por um grupo terrorista palestino
baseado na Síria. Documentos apontariam o envolvimento do Hezbollah, da Frente Popular para a Libertação da Palestina
- Comando Geral (FPLP- CG) e do serviço secreto do Irão - um ex-agente
iraniano, Abolghassem Mesbahi, diz que a bomba colocada no avião o foi no aeroporto de Heathrow, em Londres, e não em Malta, como se acreditava anteriormente.
in Wikipédia
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