sexta-feira, agosto 14, 2020

São Maximiliano Maria Kolbe foi assassinado há 79 anos

  
São Maximiliano Maria Kolbe nascido Rajmund Kolbe, Ordem dos Franciscanos Menores Conventuais (Zduńska Wola, Polónia, 8 de janeiro de 1894Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polónia. Morreu como mártir no campo de concentração nazi de Auschwitz, como voluntário para morrer de fome no lugar de Franciszek Gajowniczek como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. O próprio Papa, em numerosos textos, chama-o de “santo do nosso século difícil”.
  
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Morte em Auschwitz
Em 17 de fevereiro de 1941 foi preso pela polícia secreta alemã e enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em julho de 1941 um prisioneiro conseguiu escapar, por isso o comandante do campo nazi escolheu 10 homens para serem mortos de fome.
Um dos homens selecionados, Franciszek Gajownickek, gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos, que não os volto a ver!" Kolbe oferece-se a si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polónia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos."
Na cela, Kolbe celebrava a missa e cantava hinos todos os dias. Ele oferecia conforto aos outros presos, encorajava-os, dizendo-lhes que em breve estariam com Maria no céu.
Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos, no meio, a olhar calmamente para aqueles que entravam. Segundo Bruno Borgowiec, "secretá­rio-intérprete-coveiro" dos oficiais nazis, Kolbe e os demais presos rezavam o tempo todo:
Na cela daqueles miseráveis havia rezas diárias, rosários e cânticos, dos quais participavam os presos em celas vizinhas... Tinha a impressão de estar numa igreja. O frei Kolbe liderava, e os outros presos respondiam em uníssono. Eles estavam tão envolvidos na reza que nem sequer ouviam a chegada dos inspetores da SS.
Após duas semanas de desidratação e fome, só Kolbe e outros três prisioneiros permaneciam vivos. Os guardas queriam a cela vazia e deram a Kolbe uma injeção letal de ácido carbónico. Bruno Borgowiec testemunhou o momento:
Frei Maximiliano Kolbe, desnudo, esquelético como um crucifixo românico, estava ainda sentado na posição dos últimos três dias, com a cabeça levemente inclinada para a esquerda, a suavidade dum sorriso nos lábios, os braços abandonados sobre o corpo, as costas apoiadas na parede do fundo. Diante dele, três corpos descarnados pela fome e pela sede, estendidos no chão sem sentidos, mas ainda vivos. O Dr. Boch moveu-se, frio, impassível, em direção dos quatro últimos sobreviventes da longa agonia de vinte e um dias. Pôs um joelho ao chão, amarrou o laço hemostático no braço esquerdo do primeiro, enfiou a agulha na veia, desfez o laço e comprimiu o êmbolo. Repetiu, depois, a mesma operação nos outros dois que jaziam ao solo, e cada vez, antes mesmo que a agulha fosse extraída da veia, o ácido fênico injetado já havia cumprido sua obra. A imobilidade da morte o testemunhava. Agora era a vez de Maximiliano Kolbe. O carrasco de uniforme branco levantou-se e dirigiu-se até ele. Então frei Kolbe - contara Bruno Borgoviec - com uma prece aos lábios ofereceu, ele mesmo, o seu braço ao algoz. Eu não pude mais resistir, os meus olhos não quiseram mais ver e, murmurando um pretexto - que devia trabalhar no escritório - fugi ... »
Os seus restos mortais foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria
     
    
Legado
Fundador do Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem entre outros meios de divulgação da ação cristã, pelo seu apostolado, é considerado o patrono da imprensa.
É igualmente visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Em julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na parte frontal da Abadia de Westminster, em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.
     
   

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