domingo, junho 14, 2020

O poeta Salvatore Quasimodo morreu há 52 anos

   
Salvatore Quasimodo (Módica, 20 de agosto de 1901 - Amalfi, 14 de junho de 1968) foi um poeta italiano que recebeu o prémio Nobel de Literatura em 1959.
Nascido na província de Ragusa, a sua família foi, em 1908, para Messina, no dia seguinte ao grande terremoto de 1908, cuja destruição e mortes lhe causaram uma permanente impressão. Foi em Messina que concluiu os estudos secundários e, já na década de 20, foi para Roma, iniciar o estudo do grego e do latim, dedicando-se aos clássicos, que mais tarde seriam a sua maior inspiração.
Em 1926, por motivos de trabalho, estabelece-se em Reggio Calabria, onde retoma a atividade poética. Em 1929, vai a Florença com a sua irmã, casada com Elio Vittorini. Graças a estas relações, entra em contacto com Eugenio Montale e com o ambiente da revista literária Solaria. A partir de 1931, e durante dez anos, foi funcionário do departamento de obras de vários municípios italianos.
Chega a Milão em 1934, onde entra num rico ambiente cultural, estabelecendo relações de amizade com pintores e escritores. Dois anos depois, deixa a sua profissão para se dedicar integralmente à literatura e à poesia.
Foi também tradutor de obras clássicas e contemporâneas, vertendo para o italiano poesia, de Shakespeare a Neruda.
A sua sepultura está localizada no Cemitério Monumental de Milão.
   
   
NO SENTIMENTO DE MORTE
  
  
Cerúleas árvores
onde se escuta o som mais suave
e onde nasce o prazer com as chuvas novas.
  
Numa rama, dócil
a luz oscila
em bodas com o vento;

no sentimento de morte,
eis-me, assustado de amor.
  
  

in Poesias (1999) - Salvatore Quasimodo

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