quarta-feira, janeiro 17, 2018

Dalida nasceu há oitenta anos

Dalida, nascida Iolanda Cristina Gigliotti (Cairo, 17 de janeiro de 1933 - Paris, 3 de maio de 1987), foi uma famosa cantora, dançarina, modelo e atriz ítalo-egípcia, mais tarde naturalizada francesa. Dalida foi eleita Miss Egito (ainda como Iolanda Gigliotti) em 1954, aos 21 anos de idade, e, após aparecer nalguns filmes no Egito (creditada como Dalila), mudou-se para a França, onde deu início à sua respeitável carreira musical. Ela vendeu mais de 170 milhões de cópias, recebeu 55 discos de ouro e foi a primeira cantora a receber um Disco de Diamante, tornando-se conhecida como uma das mais notáveis artistas poliglotas a gravar no século XX.
Dalida gravou canções em 10 idiomas: francês, italiano, alemão, espanhol, inglês, árabe, japonês, holandês, hebraico e grego. O seu idioma materno era o italiano, apesar de ter aprendido o árabe egípcio e também o francês enquanto crescia no Cairo. Ela aprimoraria o seu francês na fase adulta, após se estabelecer em Paris em 1954, tornando-se em seguida fluente em inglês e aprendendo também conversações básicas em alemão e espanhol, além de possuir certa facilidade em cumprimentar seus fãs do Japão utilizando japonês básico.
Quatro discos de Dalida em inglês (Alabama Song, Money Money, Let Me Dance Tonight, e Kalimba de Luna) obtiveram bastante sucesso, principalmente na França e Alemanha, sem mesmo terem sido lançadas nos mercados dos Estados Unidos e Reino Unido. Ela juntou ao longo de sua carreira mais de 19 músicas de sucesso atribuídas ao seu nome, além de possuir uma longa lista de sucessos nas paradas Top 10 e Top 20 em francês, italiano, alemão, espanhol e árabe. Ao longo de sua carreira, o seu sucesso de vendas de compactos e discos foi ininterrupto, perdurando por mais de 30 anos na França, Itália, Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Áustria, Egito, Jordânia, Líbano, Grécia, Canadá, Rússia, Japão e Israel. A sua morte em 1987, aos 54 anos, fez com que lhe fosse atribuída uma imagem icónica de diva trágica, em conjunto com a imagem de cantora de renome que já tinha consolidado. Dalida foi postumamente homenageada pelo "International Star Registry" (EUA), com a emissão de um diploma, concedido um ano após sua morte.
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Após 31 anos de sucesso ininterrupto, Dalida tinha uma incrível habilidade de transmitir alegria e otimismo, apesar de estar tão ferida sentimentalmente. Dalida teve na sua vida três homens suicidas  e sentia-se cada vez mais sozinha e pesarosa por passar a sua vida inteira dedicada à sua carreira e a homens que ela acreditava serem o ideal a cada relacionamento, além do facto de não ter podido ser mãe. Os passar dos anos começaram a pesar-lhe. Talvez a canção dela que mais justifique o seu sofrimento seja "Je suis malade".
Após anos de buscas através da filosofia, religião e misticismo a fim de preencher o vazio que a colocara em profunda solidão, em virtude de abandonos afetivos e juras não cumpridas, Dalida suicidou-se, aos 54 anos de idade, no dia 3 de maio de 1987, ingerindo uma elevada dose de barbitúricos, por achar que já tinha dado tudo de si e que nada mais seria novidade para uma profissional que trabalhava incessantemente. Deixou duas cartas: uma ao seu irmão Orlando e outra ao seu companheiro, François Naudy, além de uma nota de suicídio aos seus fãs com a frase: “Pardonnez-moi, la vie m'est insupportable” (Perdoem-me, a minha vida tornou-se insuportável).
  
  

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