Papa João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II, em italiano: Giovanni Paolo II, em polaco: Jan Paweł II, nascido Karol Józef Wojtyła, 18 de maio de 1920 - 2 de abril de 2005) foi o papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até à sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou por cerca de trinta e sete anos, e Pio IX, que reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polaco até à sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o neerlandês Papa Adriano VI, em 1522.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e talvez em toda a Europa, bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica com o judaísmo, Islão, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado por sua oposição à contracepção e a ordenação de mulheres, bem como o apoio ao Concílio Vaticano II e sua reforma das missas, também foi elogiado.
Foi um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, a sua língua materna. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Em 2 de abril de 2005 faleceu, devido à sua saúde débil e ao agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato a 1 de maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro.
Totus tuus
(...)
Já com a doença de Parkinson
muito avançada, no dia 30 de março de 2005, surgiu à janela do seu
escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu
estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa
ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não
conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'.
Em 31 de março de 2005, após uma infecção do trato urinário, o Papa João Paulo II entrou em choque séptico, uma forma generalizada de infeção com febre muito alta e baixa pressão arterial, mas não foi levado para o hospital. Em vez disso, foi-lhe oferecido um acompanhamento por uma equipa de médicos na sua residência privada. Acreditou-se que isso era uma indicação para que as pessoas próximas do Papa acreditassem que ele estava a aproximar-se da morte; de acordo com os seus desejos, queria morrer no Vaticano. Mais tarde, naquele dia, fontes do Vaticano anunciaram que João Paulo II havia recebido a extrema unção do seu amigo e secretário Stanisław Dziwisz. Durante os dias finais da vida do Papa, as luzes foram mantidas acesas durante a noite em que ele estava no apartamento papal, no piso superior do Palácio Apostólico. Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se e mantiveram-se em vigília, na Praça de São Pedro e nas ruas vizinhas, durante dois dias. Ao saber disso, afirma-se que o Papa disse: "Tenho procurado por você, e agora você veio para mim, e te agradeço."
No sábado, 2 de abril de 2005, em torno das 15h30min no CEST, João Paulo II falou em polaco suas palavras finais, "pozwólcie mi odejść do domu Ojca", ("Deixe-me partir para a casa do Pai"), para seus assessores, e entrou em coma, cerca de quatro horas depois. Ele morreu no seu apartamento privado, às 21.37 CEST (19:37 UTC) de um choque séptico e de um colapso cardiovascular circulatório irreversível, 46 dias antes de completar 85 anos. João Paulo não tinha família perto no momento em que morreu, e os seus sentimentos são refletidos como ele escreveu em 2000, no final de sua última vontade e testamento:
O Testamento do Papa João Paulo II publicado em 7 de abril
revelou que o pontífice ficaria contente de ser enterrado na Polónia,
mas deixou a decisão final para o Colégio dos Cardeais, que preferiram
enterrá-lo debaixo da Basílica de São Pedro, honrando o pedido do
pontífice a ser colocado "em terra nua". Uma missa de réquiem em 8 de abril teve um número recorde de chefes de Estado presentes em um funeral. Foi o maior encontro único de chefes de Estado na história, superando os funerais de Winston Churchill (1965) e Josip Broz Tito
(1980). Quatro reis, cinco rainhas, pelo menos 70 presidentes e
primeiros-ministros, e mais de 14 líderes de outras religiões
participaram juntamente com os fiéis. É provável que tenha sido a maior peregrinação do Cristianismo, com números estimados em mais de quatro milhões enlutados em Roma. Entre 250 000 e 300 000 pessoas assistiram ao evento de dentro dos muros do Vaticano.
Em 31 de março de 2005, após uma infecção do trato urinário, o Papa João Paulo II entrou em choque séptico, uma forma generalizada de infeção com febre muito alta e baixa pressão arterial, mas não foi levado para o hospital. Em vez disso, foi-lhe oferecido um acompanhamento por uma equipa de médicos na sua residência privada. Acreditou-se que isso era uma indicação para que as pessoas próximas do Papa acreditassem que ele estava a aproximar-se da morte; de acordo com os seus desejos, queria morrer no Vaticano. Mais tarde, naquele dia, fontes do Vaticano anunciaram que João Paulo II havia recebido a extrema unção do seu amigo e secretário Stanisław Dziwisz. Durante os dias finais da vida do Papa, as luzes foram mantidas acesas durante a noite em que ele estava no apartamento papal, no piso superior do Palácio Apostólico. Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se e mantiveram-se em vigília, na Praça de São Pedro e nas ruas vizinhas, durante dois dias. Ao saber disso, afirma-se que o Papa disse: "Tenho procurado por você, e agora você veio para mim, e te agradeço."
No sábado, 2 de abril de 2005, em torno das 15h30min no CEST, João Paulo II falou em polaco suas palavras finais, "pozwólcie mi odejść do domu Ojca", ("Deixe-me partir para a casa do Pai"), para seus assessores, e entrou em coma, cerca de quatro horas depois. Ele morreu no seu apartamento privado, às 21.37 CEST (19:37 UTC) de um choque séptico e de um colapso cardiovascular circulatório irreversível, 46 dias antes de completar 85 anos. João Paulo não tinha família perto no momento em que morreu, e os seus sentimentos são refletidos como ele escreveu em 2000, no final de sua última vontade e testamento:
“ | Enquanto o fim de minha vida se aproxima, volto com minha memória ao começo, aos meus pais, ao meu irmão, à minha irmã (eu nunca a conheci porque ela morreu antes de meu nascimento), à paróquia de Wadowice, onde fui batizado, à cidade que amo, aos meus colegas, amigos da escola primária, escola secundária e da universidade, até a época da ocupação, quando era um operário, e então na paróquia de Niegowic, depois em São Floriano em Cracóvia, do ministério pastoral académico, ao círculo de... a todos os círculos... de Cracóvia e a Roma... às pessoas que foram confiadas a mim de uma forma especial pelo Senhor. | ” |
(...)
Em abril de 2013, uma comissão de médicos consultada pela Congregação para as Causas dos Santos aprovou o segundo milagre atribuído ao beato João Paulo II, necessário no processo de canonização: a cura de uma mulher na noite de sua beatificação, em maio de 2011. Não são conhecidos mais detalhes desta cura e o processo, segundo o jornal italiano La Stampa, está a ser realizado em segredo.
Dois meses depois, este segundo milagre, atribuído à intercessão de João
Paulo II, foi aprovado pela comissão teológica da Congregação, em mais
um passo para a sua canonização.
Em 2 de julho de 2013, a comissão de cardeais e bispos da Congregação aprovou a atribuição do segundo milagre ao beato João Paulo II. Três dias depois, o Papa Francisco aprovou o decreto reconhecendo este segundo milagre, autorizando assim a sua canonização.
A cerimónia de canonização está marcada para 27 de abril de 2014, dia em que será comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. Neste mesmo dia, também será canonizado o Papa João XXIII, numa cerimónia conjunta.
Em 2 de julho de 2013, a comissão de cardeais e bispos da Congregação aprovou a atribuição do segundo milagre ao beato João Paulo II. Três dias depois, o Papa Francisco aprovou o decreto reconhecendo este segundo milagre, autorizando assim a sua canonização.
A cerimónia de canonização está marcada para 27 de abril de 2014, dia em que será comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. Neste mesmo dia, também será canonizado o Papa João XXIII, numa cerimónia conjunta.
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