(imagem daqui)
Alguns conselhos ao automobilista irritado
Parece que os portugueses estão outra vez irritados com o preço da gasolina. Só se podem queixar de si próprios. Deixo aqui algumas sugestões para aliviar o problema:.1. Não vote em governos que só sabem subir impostos. Só o IVA subiu de 17% para 23% nos últimos 7 anos. Ao IVA deve somar-se os aumentos do ISP e sobrecusto dos biocombustíveis (seja menos ecológico, a ecologia vai-lhe à carteira)..2. Não apoie governos despesistas. Enfraquece o euro e encarece a importação de produtos petrolíferos..3. Aprenda economia. Por exemplo, sabia que os preços de um bem num dado país não têm que ser iguais ao preço médio desse bem no respectivos continente? Ou que a variação percentual do preço de um produto não tem que ser igual à variação percentual de um componente desse produto? Ou que o preço do bem não é igual ao seu custo à qual acresce uma margem? Ou que a cotação euro/dolar não é constante no tempo? Ou que convergência de preços não implica necessariamente cartelização? Saber economia não faz baixar o preço da gasolina mas ajuda a direccionar a irritação no sentido certo. Ah, e não espere que a pressão sobre os preços se reduza no futuro..4. Não vote em governos que mantêm o mercado de habitação congelado. Um mercado de habitação congelado dificulta mudanças frequentes de habitação e aumenta a dependência em relação aos produtos petrolíferos. Ainda assim, pense em mudar para uma casa alugada mais próxima do emprego..5. Compre acções de companhias petrolíferas. Funciona como seguro contra aumentos do preço do petróleo. Agora estão caras? Eu sei, teria sido inteligente tê-las comprado quando o petróleo chegou aos 30 dólares..6. Antes de comprar um carro, faça as contas ao consumo futuro..7. Vá de carro a Espanha de vez em quando. Pelo menos o passeio fica-lhe de borla..8. Existem alternativas ao automóvel, e em muitos casos valem a pena. Quando um custo aumenta, os mercados funcionam de várias formas. Uma delas passa pela reacção do consumidor. O consumidor reage reduzindo o consumo e/ou mudando para produtos alternativos que entretanto ficaram competitivos.
in Blasfémias
Sem comentários:
Enviar um comentário