O Terramoto de 1 de Novembro de 1755 atingiu violentamente o país, destruiu o centro da cidade de Lisboa e abanou as consciências e o pensamento de inúmeros intelectuais europeus. Figuras com Kant ou Voltaire escreveram importantes reflexões sobre a génese de fenómenos naturais de tão grande escala e sobre as leis que governam a natureza. O que muitos não saberão é que ao terramoto seguiu-se um violento tsunami, ou maremoto, cuja dimensão e impacto é actualmente alvo de estudo por investigadores portugueses.
Estes e outros assuntos, em torno do Terramoto de 1755, serão apresentados e debatidos amanhã, dia 31, em um colóquio no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, a partir das 15.30 horas.
Programa:
Recepção e Abertura
15.30 | 16.00
Vítimas do Terramoto de 1755 no Claustro do Convento de Jesus (Academia das Ciências de Lisboa)
Miguel Telles Antunes
Director do Museu da Academia das Ciências de Lisboa
16.00 | 16.30
O Terramoto de 1775: Estado, modernidade e desastres naturais
José Manuel Mendes
Centro de Estudos Sociais e Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Intervalo
17.00 | 17.30
Perigosidade sísmica no sudoeste da Ibéria e a génese do terramoto de Lisboa
Fernando Carlos Lopes
Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra
17.30 | 18.00
O tsunami do sismo de 1755 e seu registo sedimentar no Algarve
Pedro Proença Cunha
Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra
18.00 | 18.30
Geração e propagação de um tsunami: Contributos da simulação numérica para a minimização do risco
José Antunes do Carmo
Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra
18.30 | 19.00
Redesenhar Lisboa: rupturas e continuidades na Baixa Pombalina
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
NOTA: Durante a sessão estarão expostos:
- uma ilustração do Terreiro do Paço antes do terramoto, datando do séc. XVIII, pertencente à colecção Nabais Conde;
- sedimentos do tsunami de 1755, cuja datação recente, que confirma a data do depósito, foi feita por luminescência.
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