quarta-feira, setembro 19, 2007
Queda de meteorito
Uma cratera com 30 metros de diâmetro e seis de profundidade. Foi este o resultado da queda de um meteorito no sudeste do Peru, que deixou em alerta toda a população apanhada desprevenida pela força do impacto.
De acordo com a notícia avançada pelo site TecnoCientista, a queda deu-se na noite de sábado, provocando um pequeno tremor de terra na localidade de Caranca. De acordo com fontes da polícia local, os habitantes da região ouviram um grande barulho do que parecia ser a queda de um avião. As testemunhas viram um objecto em chamas no céu, que acabou por embater num descampado. A explosão causada pelo choque do meteorito não feriu nenhum dos habitantes, embora alguns animais tenham morrido carbonizados.
Náuseas, vómitos e fortes dores de cabeça levaram alguns locais ao hospital após o incidente. No entanto, a Academia Nacional de Ciências já garantiu que a queda do meteorito não traz qualquer perigo para a saúde dos habitantes: "Nenhum dos vários meteoritos que caem no Peru e fazem perfurações de tamanhos variados são prejudiciais para a população a não ser que caiam em cima de uma casa".
Via Blog Ciências Correia Mateus - Ana Rola
Colóquio "Por Terras da Figueira"
Aqui fica, em documento pdf, a 1ª circular, que inclui a ficha de inscrição:
Kiwanis Figueira 2008
Descoberta espeleológica na Serra da Arrábida
Cara comunidade espeleológica nacional,
Tenho o prazer de comunicar que foi encontrada pelo LPN-CEAE uma nova gruta, que constitui a maior descoberta espeleológica da Serra da Arrábida, desde a descoberta da Gruta do Frade.
Após quatro dias de exploração, a cavidade, ainda sem nome, já é, muito provavelmente, a terceira maior da Arrábida. Até agora, a exploração desenrolou-se sem recurso a desobstruções dignas desse nome, pelo que o potencial de crescimento é grande dadas as múltiplas opções de exploração ainda disponíveis. A sua proximidade com a gruta da Garganta do Cabo Espichel faz antever a possibilidade de ligação das duas cavidades.
A gruta desenvolve-se numa área deste carso característica pela forte inclinação dos estratos e pela influência do mar, o que lhe confere uma estrutura invulgar. Não obstante a escassez de formas de reconstrução, já foram observados alguns espeleotemas de interesse. Mais relevantes são os testemunhos de erosão do carso, sendo importante um estudo posterior da gruta, sua génese e evolução. Apesar da entrada estar localizada mais de 30 metros acima do nível do mar, este já foi atingido, conhecendo-se até agora dois sifões. Uma segunda entrada para o sistema já foi localizada, mas carece de desobstrução.
Esta semana terão lugar novas jornadas de exploração, pelo que na próxima semana haverá uma actualização do estado da exploração.
Elementos que participaram na descoberta e/ou sessões de exploração:
- Rui Francisco (Lóia),
- Pedro Pinto,
- Marília Moura,
- José Saleiro,
- Sofia Abrantes,
- Filipe Neves,
- Daniel Araújo,
- Tiago Borralho,
- Mário Oliveira,
- João da Luz (Cartola),
- Ricardo Mendes.
Notícias do Público sobre as Escolas portuguesas
Associação revelou estudos sobre a temperatura e qualidade do ar nas salas de aula
Ministério da Educação acusa Deco de usar escolas para se autopromover
18.09.2007 - 22h39
O Ministério da Educação acusou hoje a associação de defesa dos consumidores Deco de usar as escolas públicas para se autopromover, considerando tecnicamente errados os estudos hoje divulgados pela Deco sobre a temperatura e a qualidade do ar nas salas de aula.
Dois estudos que a Deco realizou em Fevereiro em 40 salas de 20 escolas de todo o país, e cujos resultados foram hoje divulgados, revelaram que quatro em cada cinco têm temperaturas baixas e excesso de humidade no ar. Os estudos concluem que muitas escolas portuguesas são frias, húmidas e com ar interior de má qualidade, os edifícios estão degradados e não têm ventilação adequada.
Em reacção, o Ministério da Educação acusa a Deco de estar a recorrer às escolas públicas "para efeitos de autopromoção mediática baseada em relatórios tecnicamente errados". Segundo a tutela, esta é a segunda vez - a primeira foi em Outubro de 2006, quando a Deco publicou um estudo sobre violência nas escolas - que a associação divulga "resultados de pretensos estudos sobre escolas que dão uma imagem negativa do sistema e ensino públicos". "As insuficiências, deficiências e falta de rigor desta instituição na produção destes pretensos estudos levam o ME a não lhe reconhecer qualquer capacidade técnica para o efeito", lê-se numa nota de imprensa.
O Ministério da Educação assegura ainda que, ao contrário do que é dito pela Deco, a tutela não recebeu "qualquer comunicação dos resultados" das duas avaliações.
Os dois estudos da Deco, publicados nas revistas “Pro Teste” e “Teste Saúde”, revelam ainda que 80 por cento das amostras analisadas denunciam renovação insuficiente do ar e dois terços das salas acusaram valores de humidade superiores ao aconselhável, um problema que pode favorecer o desenvolvimento de fungos e bactérias.
Do total de escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, ao passo que as restantes apresentavam níveis de contaminantes acima dos valores legais de referência.
A associação portuguesa para a defesa dos consumidores detectou ainda problemas de construção e conservação dos edifícios, o mais grave dos quais foi a presença de placas de fibrocimento com amianto, material que devia ter sido substituído, na sequência de uma recomendação nesse sentido feita pela Assembleia da República em 2003.
Os resultados estudo provam que o aquecimento eficiente e a qualidade do ar das escolas "exigem atenção urgente do Governo", afirma a associação de defesa dos consumidores.
Deco: alunos passam frio e têm má qualidade de ar dentro das salas de aula
18.09.2007 - 17h11 Lusa
Muitos alunos portugueses passam frio e são sujeitos a uma má qualidade de ar dentro das salas de aula, revela um estudo da associação portuguesa para a defesa dos consumidores Deco, segundo o qual quatro em cada cinco escolas têm temperaturas baixas e excesso de humidade no ar.
Estas são as principais conclusões de dois estudos realizados com base em 40 salas de 20 escolas de todo o país, realizados em Fevereiro, e agora publicados nas revistas “Pro Teste” e “Teste Saúde”.
De acordo com a Deco, muitas escolas portuguesas são frias, húmidas e com ar interior de má qualidade, os edifícios estão degradados e não têm ventilação adequada. "Em 16 das 20 escolas estudadas, há excesso de humidade no ar e temperaturas baixas", tendo numa das salas de aula chegado a registar-se 13ºC.
Escolas como a de Vila Cova (Braga) não têm aquecimento, apesar de as temperaturas médias, no Inverno, descerem a cerca de 10ºC, denuncia a associação, acrescentando contudo que mesmo com sistemas de aquecimento, estes muitas vezes não garantem conforto térmico.
Na origem dos maus resultados relativamente ao aquecimento poderão estar defeitos de construção, adianta a associação.
Quarteira e Portimão foram as cidades que obtiveram melhores referências, devido ao clima ameno da região, enquanto que a escola do Gavião, em Portalegre, tem bom conforto térmico, pelo uso intensivo do aquecimento. No entanto, esta escola consta entre as piores no que respeita à qualidade do ar, por falta de ventilação, um problema que está na origem do excesso de humidade no ar.
A este propósito, a Deco salienta que 80 por cento das amostras analisadas denunciam renovação insuficiente do ar e dois terços das salas acusaram valores de humidade superiores ao aconselhável, um problema que pode favorecer o desenvolvimento de fungos e bactérias.
Do total de escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, ao passo que as restantes apresentavam níveis de contaminantes acima dos valores legais de referência. Entre aqueles contam-se partículas respiráveis, dióxido de carbono, bactérias e fungos, podendo pôr em risco a saúde dos alunos no que respeita, por exemplo, ao aumento do risco de problemas alérgicos e respiratórios e à diminuição da concentração, alerta a Deco.
A associação portuguesa para a defesa dos consumidores detectou ainda problemas de construção e conservação dos edifícios, o mais grave dos quais foi a presença de placas de fibrocimento com amianto em sete escolas: D. Francisca de Aragão (Quarteira), Diogo Bernardes (Ponte da Barca), Elias Garcia (Sobreda), D. João II (Caldas da Rainha), EB de Lousada, Roque Gameiro (Amadora) e Rainha D. Leonor de Lencastre (Cacém). "Tudo isto, depois de a Assembleia da República ter recomendado, em 2003, o inventário dos edifícios públicos com amianto e a substituição deste material, que pode libertar fibras cancerígenas", critica a associação.
Os resultados deste estudo provam que o aquecimento eficiente e a qualidade do ar das escolas "exigem atenção urgente do Governo", afirma a Deco, considerando que "é necessário adequar os projectos arquitectónicos ao clima", prever sistemas de ventilação adequados, inventariar os edifícios com amianto e definir regras para substituí-lo com urgência.
A Deco recomenda ainda às escolas que verifiquem a iluminação das salas e arejem-nas com mais frequência, para garantir o conforto visual e a renovação do ar. Os resultados deste estudo foi já remetido pela associação aos ministérios da Educação, Obras Públicas e Saúde, para que sejam tomadas as medidas necessárias.
terça-feira, setembro 18, 2007
Geociências e acesso ao Ensino Superior 2007 - II
1. Há hoje, em Portugal, apenas três (3) cursos de Licenciatura em Geologia (nas Universidades de Lisboa, Coimbra e Porto). Tiveram, pela mesma ordem, direito a 100, 30 e 20 vagas em 2007. Destas, ao contrário do ano passado, não sobrou nenhuma vaga. A média de acesso ficou-se pelos 12,85 (UP), 11,9 (UC) e 11,0 (UL). As coisas neste aspecto correram muito melhor que no ano passado - não sobraram vagas, as médias, globalmente, subiram e o número de vagas e de caloiros, globalmente, também aumentaram.
2. Nas áreas próximas (Engenharia Geológica, de Minas e afins) havia oito (8) cursos, portanto menos um do que no ano passado, com 137 vagas (menos de que o ano passado, que teve 178 vagas). Entraram 99 (o ano passado foram 42 candidatos a entrar na 1ª fase) e estão disponíveis para 2ª fase 39 vagas, tendo surgido, nesta fase e por causa de desempates, mais uma vaga extra... A média variou entre 13,2 (Eng.ª de Minas e Geoambiente na Universidade do Porto) e 10,9 do curso de Meteorologia, Oceanografia e Geofísica na Universidade de Aveiro. De salientar, contudo, que o desaparecimento da Engenharia de Minas e Geológica na Universidade de Coimbra não aconteceu, pois, como explicou o Professor Doutor Gama Pereira (que é também um dos bloggers deste local...) este curso passou a estar incluído na licenciatura com mestrado integrado (de Bolonha) de Engenharia Civil, podendo os seus estudantes fazer, depois de terem o Minor, a respectiva especialização (em Engenharia de Minas ou Engenharia Geológica) no decorrer do Mestrado. Em face disto alterámos o quadro final, incluindo então a licenciatura com Mestrado integrado de Engenharia Civil da FCTUC e alterámos o quadro Excel final.
3. Na área das Licenciaturas em Ensino de Biologia e Geologia (que, para biólogos e geólogos, não são carne nem são peixe...) havia o ano passado quatro (4) cursos (Aveiro, Minho, Porto e UTAD) com 100 vagas. Este ano o curso do Porto desapareceu, havendo nos restantes 80 vagas para os 3 cursos. Entraram 73, ficando a sobrar, para a 2ª fase, 7 vagas. A média variou entre 13,6 (UM) e 11,19 (UTAD). Salientou ainda o Doutor Carlos Galhano, em comentário ao post original (depois de salientar que a Nova de Lisboa teve o maior número de caloiros a entrar em Eng.ª Geológica) que: "Mais Professores para o ensino da Biologia Geologia, ainda não repararam na quantidade que não arranja emprego. Será que continuamos a produzir desempregados para alimentar o capricho de algumas Universidades ou mesmo departamentos. Devo acrescentar que na Licenciatura de Eng.ª Geológica da Nova, não temos até ao momento Licenciados desempregados."
4. Foi excelente esta troca de opiniões que permitiu tirar ainda mais conclusões, sendo também de salientar a informação do Doutor Gama Pereira (que saudades...!) de que haverá, logo que o senhor Ministro Doutor Mariano Gago o permita, um Mestrado em Ensino de Biologia e Geologia na Universidade de Coimbra.
5. Já agora, quando passar a 2ª fase de acesso voltaremos a analisar estes mesmos dados... De salientar ainda que o Blog De Rerum Natura (que inclui alguns professores universitários da FCTUC de Coimbra) publicou um estudo similar ao nosso, mas na área de Química. É bom saber que as ideias boas se multiplicam e gostaríamos de ver estudos similares noutras áreas (se alguém tem conhecimento de outros, agradecemos que nos avisem...).
Finalmente, para acederem aos dois documentos MS Excel, com todos os dados da primeira fase do acesso ao Ensino Superior deste ano e estudo do caso particular das Geociências, já alterado, clicar nos seguintes links:
Curso: Análise de riscos naturais em ambiente SIG
Módulo I - Apresentação do curso de formação – Análise de riscos naturais em ambiente SIG
O risco sísmico; de erosão dos solos; de cheia e de incêndios florestais
Módulo III – Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de cheias
3.1- Introdução à análise e modelação de susceptibilidades ambientais em ambiente ArcGis – apresentação de um caso de estudo de susceptibilidade de ocorrência de cheias
3.2- Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de cheias
3.3- Apresentação/ contacto com o software ArcGis 9x
3.4- Aquisição, criação, edição e gestão de dados cartográficos e base de dados associadas
3.5- Análise espacial
3.6- Modelação espacial
Módulo IV - Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de sismos
4.1 - Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de sismos
4.2 - Modelação da distribuição da susceptibilidade de ocorrência de sismos
Módulo V - Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de erosão dos solos
5.1- Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de erosão dos solos
5.2- Modelação da distribuição da susceptibilidade de ocorrência de erosão dos solos
Módulo VI - Modelação em ambiente ArcGIS 9x da susceptibilidade de ocorrência de incêndios florestais
6.1- Problematização das principais questões metodológicas que envolvem a avaliação da susceptibilidade de ocorrência de incêndios florestais
6.2- Modelação da distribuição da susceptibilidade de ocorrência de incêndios florestais
Este curso de formação, que decorrerá nas instalações da GEOPOINT, na Rua da Artilharia 1 em Lisboa, foi desenvolvido em parceira entre a empresa GEOPOINT – Geografia, Formação e Marketing Lda e a empresa GEOSFERA - Gabinete de Estudos de Ordenamento SIG Formação e Riscos Ambientais Lda. Terá o seu início a 26 de Outubro e terminará em 11 de Novembro de 2007 . O curso foi desenvolvido para uma carga horária de 38h30, a serem ministradas aos sábados e em regime Pós-laboral à sexta-feira.
Valores para inscrição e frequência do curso:
- 525 € (base)
- 420 € (estudantes)
Rua da Artilharia 1, 67 1º E
Amoreiras
1250-038 Lisboa
Telf. 213 714 330
www.geopoint.pt
Diploma de Estudos Avançados em Engenharia Sanitária
- Infraestruturas de saneamento e controlo da poluição
- Sistemas de abastecimento de água
- Sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais
- Sistemas de recolha, tratamento e valorização de resíduos sólidos
Data limite de inscrição: 23 de Setembro
http://www.fct.unl.pt/candidato/cursos/dea/engsan
Candidaturas:
http://www.fct.unl.pt/candidato/como-candidatar-me/dea
Faculdade de Ciências e Tecnologia
2829 - 516 Caparica, Portugal
Telefone: +(351) 212 948 397;
Fax: +(351) 212 948 554
Correio Electrónico: sec-dcea@fct.unl.pt
Mestrado em Engenharia e Gestão da Água
Ano lectivo de 2007/2008
CANDIDATURAS
MAIS INFORMAÇÕES EM : www.dcea.fct.unl.pt/mega
ou através dos Coordenadores do Mestrado:
Rui Ferreira dos Santos - rfs@fct.unl.pt
Rodrigo Proença de Oliveira - rpo@fct.unl.pt
Faculdade de Ciências e Tecnologia
2829 - 516 Caparica, Portugal
Telefone: +(351) 212 948 397;
Fax: +(351) 212 948 554
Correio Electrónico: sec-dcea@fct.unl.pt
segunda-feira, setembro 17, 2007
Apenas Algumas Questões Simples
Daquelas que gostaria de ver respondidas no debate e não apenas sob a forma de gráficos que nada explicam, isto se estiverem sequer bem feitos, ou de tiradas de vitimização e agressividade absolutamente deslocadas, que se tornaram a imagem de marca da nossa Ministra da Educação quando acossada ou simplesmente quando não sabe que responder. Questões que Fátima Campos Ferreira poderia lembrar-se de colocar hoje, caso não se limitasse a analisar a questão apenas pela via da retórica discursiva.
- Os indicadores estatísticos usados pelo ME em várias intervenções têm sempre a mesma origem ou variam conforme as conveniências? E quando os secretários de Estado e a Ministra dizem coisas desencontradas, como resolvemos as contradições? Com base na hierarquia? E entre secretários de Estado que critério usamos?
- O investimento em Cursos Técnico-Profissionais está ser feito com que tipo de apoio técnico e com que nível de equipamentos nas Escolas? Será possível ter cursos de restauração sem arcas e balcões frigoríficos ou fogões ou desenvolver outros cursos sem que existam laboratórios apropriados?
- Esses cursos visam uma efectiva qualificação dos alunos ou apenas dar-lhes a garantia de uma via rápida para concluirem o Ensino Básico e/ou Secundário, visto que as retenções são super-ultra desaconselhadas nos anos não terminais?
- Acha o ME que será atribuindo um ou dois quadros interactivos por Escola que os resultados em Matemática vão miraculosamente subir? E que o Plano Nacional de Leitura se desenvolve apenas acrescentando mais umas centenas de obras à lista recomendada de títulos?
- Estará o ME em condições de garantir que as provas de aferição e exames que serão feitos no final deste ano lectivo, serão concebido(a)s com rigor e sem a tentação de baixar a fasquia de modo a alcançar um aumento do sucesso graças a jogadas de secretaria, como o exame do 9º ano de 2006/07?
- Que resultados apresentam os cursos e formandos das Novas Oportunidades em termos de melhoria da sua situação profissional ou de saída do desemprego, não valendo no cálculo os estágios finais de alguns cursos? Ou o desemprego à saída desses cursos não passa, como no caso dos recém-licenciados e candidatos à docência, de uma “situação dramática” e um “problema do país” que não compete ao ME resolver?
- O alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos é uma medida para anunciar de quando em vez ou é uma prioridade séria? Se é uma prioridade, o que falta para calendarizar a sua implementação? Calcular os encargos? Afastar entretanto do ensino os professores “mais caros” e contratar novos já nos moldes actuais?
- Que novo modelo de organização da escolaridade obrigatória defende o ME para os 12 anos de escolaridade? Quantos ciclos, com que duração e com que perfil de competências à saída? Ao fim de 2 anos no cargo ainda não sabem?
- Em matéria de formação de professores vai mesmo avançar-se para os cursos exclusivamente vocacionados para a docência e destinados a criar o chamado “professor generalista” para seis anos de escolaridade, sendo que a Ministra avisou que não há falta de docentes para os actuais 1º e 2º CEB mas sim para disciplinas técnicas específicas do Ensino Secundário?
- Os contratos de autonomia que foram assinados são contratos de autonomia ou são operações que visam apenas reforçar o controle dos órgãos de gestão sobre o pessoal docente e obrigar a atingir níveis de sucesso, seja lá como for?
Há muito mais questões que poderiam ser formuladas mas não o vão ser, ou se o forem que não terão resposta directa, mas agora preciso eu de ir trabalhar e não me apetece continuar a fazer o trabalho de casa que outros deveriam fazer, caso não se preocupassem em não ser incómodo(a)s.
E se repararem nem sequer coloquei em nenhuma das questões o problema do Estatuto de Carreira, visto que as asneiras, equívocos e indefinições do ME não se esgotam aí. Muito pelo contrário, infelizmente.
Posted by Paulo Guinote under Actualidades, Dúvidas, Educação, Informação, Miscelânea
O Novo Modelo da Reentrée Política Governamental
(c) Antero Valério
Não sei se notaram - afinal, os meios mobilizados e a cobertura mediática foram escassos - mas a retoma política do Governo este ano centrou-se na área da Educação que, com alguma justeza, os nossos responsáveis políticos detectaram como aquela que pode provocar maiores problemas em matéria de balanço em 2009 ou ser aquela que pode significar a diferença entre uma maioria relativa e uma maioria absoluta.
Depois de um constante deslizar na opinião pública durante este ano, a Ministra surgiu neste início de Setembro novamente a ser promovida na comunicação social - ainda me falta ler a entrevista concedida ao sempre amigável e disponível Jornal de Letras - e a lançar o ano lectivo rodeada pelo executivo em peso, mesmo pelos elementos menos animados do grupo e a necessitarem de entregar prova de vida em São Bento.
Isto não é inocente. Nem por remoto acaso. A Economia não descola, mas a culpa é sempre lá de fora, o petróleo, a crise do subprime na América, o que for. Em matéria de Saúde, as coisas avançam, recuam, lateralizam, cabeceiam para fora e não se percebe exactamente em que ponto estamos. A reforma da administração pública não entusiasma muito mais gente do que dez analistas liberais que dizem sempre o mesmo. Em matéria de Justiça, ainda o novo Código Penal arrancou bem, já a revisão se anuncia merecedora ela própria da sua revisão.
Portanto, a bem dizer, o Governo tem a apresentar como obra de um mandato o que anda a fazer em matéria de Educação, nomeadamente quanto aos indicadores relativos ao abandono e insucesso para apresentar à opinião publicada e ao Presidente da República. E como os alunos não votam já, também interessa recuperar um pouco da generalizada desafeição que pelo menos uma centena de milhar de professores passaram a dedicar a este desgoverno.
Vai daí a propaganda, a “oferta” de computadores e a tentativa desesperada de um sprint nos dois anos lectivos que faltam até às eleições de 2009.
Como todos sabemos, nenhuma reforma educativa digna desse nome produz efeitos em tão pouco tempo e muito menos se não se tratar de uma verdadeira reforma, mas apenas de mudanças (reduções) na alocação dos meios financeiros. E ainda menos se for uma reforma baseada em pressupostos errados.
Por isso, para em 2009 (a)parecer obra feita, é necessário recorrer a dois estratagemas:
- Construir uma realidade educativa virtual para consumo mediático e
- Desenvolver instrumentos legislativos para produzir sucesso e reduzir o abandono.
A propaganda está aí perante os olhos de todos, alimentada a portáteis Fujitsu-Siemens presos a contratos trianuais de ligação à net da TMN ou outros. A acção legislativa subterrânea também anda por aí mas mais disfarçada em forma de circulares, despachos e portarias que regulamentam, esclarecem e aconselham, com o empurrão dos grupos de alunos associados ao insucesso escolar para cursos técnico-profissionais onde a retenção ou “chumbo” são praticamente proibidos, assim como algumas regras decorrentes do novo Estatuto de Aluno visam combater o abandono escolar na secretaria, mantendo os alunos oficialmente no sistema quando não estão lá.
Se em 2009 com tudo isto conseguirem alterar mais de 5-6% em cada um dos indicadores relativamente a 2005 vão lançar foguetes e girândolas alegando um sucesso sem par. O problema é que, mesmo com todos os truques e barragens mediáticas, será então tempo de perceber se não podia ter sido feito melhor e se, aliás, não foi feito melhor no passado.
Mas uma coisa é certa: por muitos elogios que tenha, por muitas recompensas douradas que receba, a História demonstrará o que valeu este consulado de Maria de Lurdes Rodrigues e tudo aquilo que o país (não) lhe deverá.
Posted by Paulo Guinote under Educação, Nevoeiro, Política, Propaganda, Truques
Setembro 15, 2007
Vulcão dos Capelinhos - V
A Ciência das Cavernas - Blog De Rerum Natura
Do Blog De Rerum Natura, publicamos o seguinte post, de autoria do Professor Doutor Carlos Fiolhais, com a devida vénia:
Hoje a minha ligação com a espeleologia limita-se à qualidade de sócio da Sociedade Portuguesa de Espeleologia, sediada em Lisboa e a mais antiga colectividade portuguesa que realiza exploração subterrânea. Essa Sociedade continua a organizar expedições e encontros de exploradores subterrâneos. Os espeleólogos portugueses, ontem como hoje, aqui ou lá fora, continuam a fazer descobertas, isto é, a fazer luz no escuro!
domingo, setembro 16, 2007
Geociências e acesso ao Ensino Superior em 2007
Numa rápida apreciação das candidaturas ao Ensino Superior na área das Geociências em 2007, até por comparação com o caso do ano passado, que aqui também estudámos, pudemos constatar o seguinte:
1. Há hoje apenas três (3) cursos de Licenciatura em Geologia (nas Universidades de Lisboa, Coimbra e Porto). Tiveram, pela mesma ordem, direito a 100, 30 e 20 vagas em 2007. Destas, ao contrário do ano passado, não sobrou nenhuma vaga. A média de acesso ficou-se pelos 12,85 (UP), 11,9 (UC) e 11,0 (UL). As coisas neste aspecto correram muito melhor que no ano passado - não sobraram vagas, as médias, globalmente, subiram e o número de vagas e de caloiros, globalmente, também aumentaram.
2. Nas áreas próximas (Engenharia Geológica, de Minas e afins) havia oito (8) cursos, portanto menos um do que no ano passado, com 137 vagas (menos de que o ano passado, que teve 178 vagas). Entraram 99 (o ano passado foram 42 candidatos a entrar na 1ª fase) e estão disponíveis para 2ª fase 39 vagas, tendo surgido, nesta fase e por causa de desempates, mais uma vaga extra... A média variou entre 13,2 (Eng.ª de Minas e Geoambiente na Universidade do Porto) e 10,9 do curso de Meteorologia, Oceanografia e Geofísica na Universidade de Aveiro. De salientar, pela negativa, o desaparecimento da Engenharia de Minas e Geológica na Universidade de Coimbra, que, pela história e tradição dos cursos (que, por falta de candidatos, se tinham fundido) mereciam não desaparecer...
3. Na área das Licenciaturas em Ensino de Biologia e Geologia (que, para biólogos e geólogos, não são carne nem são peixe...) havia o ano passado quatro (4) cursos (Aveiro, Minho, Porto e UTAD) com 100 vagas. Este ano o curso do Porto desapareceu, havendo nos restantes 80 vagas para os 3 cursos. Entraram 73, ficando a sobrar, para a 2ª fase, 7 vagas. A média variou entre 13,6 (UM) e 11,19 (UTAD).
4. Gostaríamos de ouvir opiniões antes de tirar mais conclusões, que esta estória deve ter uma moral final e servir de ensinamento para o futuro.
Para acederem a dois documentos MS Excel, com todos os dados do acesso deste ano e estudo do caso particular das Geociências , clicar nos seguintes links:
Acesso Ensino Superior 2007 - Primeira Fase
Acesso Ensino Superior 2007 - Geologia
ADENDA: O ficheiro acima indicado (Acesso Ensino Superior 2007 - Geologia) será alterado para incluir o curso referido nos comentários a este post, que agradecemos desde já. Será ainda publicado no Blog novo post, com referência a estes comentários e actualizando as informações.
Vulcão dos Capelinhos - IV
Podem ainda consultar, no mesmo local, outros artigos, tais como:
Vulcão dos Capelinhos - III
Com o intuito de preparar dignamente as comemorações do 50.º Aniversário do Vulcão dos Capelinhos, foi constituída uma Comissão de Honra, presidida pelo Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores e uma Comissão Executiva, coordenada pela Direcção Regional do Ambiente.
A Comissão Executiva reúne e integra diversos organismos do Governo Regional dos Açores, das forças vivas da Ilha do Faial e do mundo da ciência. Como resultado, preparou-se um extenso e aliciante programa de actividades específico para estas comemorações.
Entre outras actividades, preparam-se diversos livros, programa de televisão, peças de teatro, concertos musicais, palestras.
As comemorações decorrerão entre 27 de Setembro de 2007 (50 anos após o início da erupção) e 24 de Outubro de 2008 (50 anos após o adormecimento do vulcão), com grande visibilidade não só ao nível da Região, como a nível Nacional e Internacional.
in página do Governo Regional dos Açores - ver notícia
Açores nasceram há cerca de 20 milhões de anos
Segundo o vulcanólogo da Universidade dos Açores, em Santa Maria não existe calor endógeno economicamente rentável e as formações geológicas mais antigas e expostas devem ter cerca de 11 milhões de anos de idade. A ilha mais jovem é o Pico e a gigantesca montanha constituiu-se em apenas 250 mil anos, segundo teses de doutoramento de assistentes daquele especialista. Apenas existem 3 pequenos locais geotermicamente viáveis no Pico. Embora a exploração geotérmica da ilha de S. Miguel seja estrategicamente útil mas economicamente problemática (devido a 2 poços recentes secos) Victor Forjaz discorda da concentração de extracções de calor terrestre no mesmo vulcão. Para ele trata-se de uma opção perigosa sendo erro ainda maior sair da dependência do petróleo árabe e optar-se por maquinas geradoras de origem israelita, ignorando-se a competitividade europeia e japonesa
10-04-2007, Infopress do OVGA
Vulcão dos Capelinhos - II
http://geocrusoe.blogspot.com/
Simpósio Iberoamericano sobre Património Geológico, Arqueológico e Mineiro em Regiões Cársicas
Já sairam os resumos das comunicações do Simpósio. Ver em:
http://carso.ineti.pt/indicederesumos.htm