O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Na sequência do post anterior, aqui ficam mais algumas informações para aguçar o apetite dos interessados (e já há 9 inscritos...):
1. Trilho Bezerra - Corredoura
É um dos mais bonitos trilhos marcados do PNSAC. Começa na antiga mina de carvão da Bezerra e aproveita a antiga linha de caminho de ferro (já sem carris...) em parte do percurso, passado por uma pedreira, o carvalhal de Figueiredo e por dois pequenos túneis. Iremos deixar alguns carros na Corredoura (a povoação logo acima de Porto de Mós) e os restantes irão até à Bezerra. Depois, no regresso, os condutores vão buscar os carros enquanto que os restantes esperam num café na Corredoura.
Os aspectos interessantes deste local passam pelas escombreiras da mina de carvão, pela paisagem cársica, pela vista de diversas falhas, pela observação da estrutura de recolha de água e cisterna colectiva de Serro Ventoso, pela possibilidade de comer fruta no caminho (figos e medronhos), pela observação de fauna, flora e geologia e pela passagem nos túneis.
2. Fórnea
Iremos ver a Fórnea, desta vez de cima, indo até ao topo (junto a Chão das Pias). É uma paisagem interessantíssima, podendo ver-se aspectos geomorfológicos (depressões cársicas, pias e lapiás) e biológicos (vegetação e avifauna).
3. Algar do Pena
No meio das pedreiras de pedra de calçada da parte sul do Planalto de Santo António surge o Algar do Pena, a única gruta dentro do PNSAC por ele gerida e com a maior sala de gruta em Portugal (sim, é a tal em que cabiam o Centro Comercial das Amoreiras...).
4. Disjunção prismática de Portela de Teira
Dentro de um grande filão basáltico que está a norte de Alcobertas e Rio Maior, uma pedreira que mostra um aspecto dos mais interessantes do PNSAC - uma paisagem vulcânica em pleno carso...!
Iremos realizar, eu e o Fernando, no sábado, dia 20 de Setembro de 2008, uma actividade no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) aberta aos nossos colegas, familiares e amigos, desde que consigam fazer percursos pedestres de baixo grau de dificuldade. Constará de um percurso pedestre (entre Bezerra e Corredoura - Porto de Mós), almoço partilhado de pic-nic, uma ida ao Chão das Pias (a Fórnea vista de cima) e uma visita guiada ao Algar do Pena (podendo ainda incluir uma ida à Portela de Teira, para ver um afloramento com disjunção prismática em doleritos de idade kimeridgiana).
PROGRAMA
09.30 - Encontro no Café Olhalvas e partida;
10.15 - Percurso pedestre;
13.00 - Almoço partilhado, em local a definir;
15.00 - Visita ao Algar do Pena
17.00 - Visita à Portela de Teira (opcional);
18.30 - Chegada.
Vamos aceitar inscrições (há que marcar e pagar antecipadamente as entradas no Algar do Pena...) até 11 de Setembro, até ao número máximo de 24 pessoas, através de SMS (para o número 960 081 251) ou de e-mail - fernando.oliveira.martins(arroba)gmail.com - indicando o número de pessoas, nome e idade.
Com o nosso agradecimento ao colega, pelo esforço físico e moral e pelo facto de não ter deixado que o medo o dominasse, aqui vai mais uma acha para a fogueira...
Chamo-me António Morais. Sou professor. Aquele professor doido que percorreu 947 km de bicicleta unindo as escolas nas quais teve o privilégio de leccionar e trabalhar com o intuito de chamar a atenção para o que se está a passar na educação.
Há muito tempo que percebi que a educação não está na moda. Quem é que se importa com ela? Talvez o governo se importe um pouco, mas só na justa medida em que possa cortar e limitar os gastos com ela. Eu importo-me muito, e acho sinceramente que este ministério com a sua obsessiva avalanche de mudanças norteadas por princípios exclusivamente economicistas delapidou e destruiu o património da classe docente: a sua dignidade e o seu empenho; e assim deu uma estocada mortal na escola pública. Queria denunciar esta triste realidade e por desgraça descobri algo ainda mais horrível: a existência de indícios muito fortes de que a liberdade de expressão já não mora aqui! Ao longo desta legislatura foram surgindo sinais que pareciam fortuítos e pontuais do cerciar da liberdade de expressão. Agora configuram, para mim, uma clara estratégia sistemática e bem urdida para calar as vozes dissonantes. Foi uma anedota sobre o Primeiro Ministro, que custou o lugar na DREN e um processo disciplinar ao professor que a contou. Lembro que tal piada não foi escutada pela pessoa que sentenciou e pronunciou a pena. Presumo que a anedota deveria ser péssima para ser premiada com tal castigo!!! Foi uma simpática visita realizada por dois amáveis polícias ao sindicato da Fenprof na Covilhã na véspera da visita do Primeiro Ministro àquela cidade, que apenas queriam tomar café. O café dos sindicatos tem outro sabor!!! Foi a preocupação das autoridades em encontrar estacionamento em Lisboa no dia 8 de Março (o dia da Marcha da Indignação) que fez com que fossem às escolas previamente inteirar-se dos professores que iriam para a capital protestar. É excelente termos um governo preocupado com o nosso bem-estar no trânsito lisboeta!!! Foi a proibição dos professores se deslocarem para outras escolas para participarem em reuniões sindicais. Nessas deslocações podem acontecer acidentes, deve ser essa a preocupação que fundamentou esta proibição. A tutela preocupa-se connosco!!! Foi a pretensão da tutela em diminuir a representatividade dos sindicatos e, certamente, continua a ser. Afinal numa altura em que tudo o que pedido pelos trabalhadores é imediatamente concedido pelas entidades patronais… para que são necessários os sindicatos?!!!
Agora os factos estranhos que aconteceram na última etapa da minha viagem “No Trilho da Esperança”, que uniu Alcoutim a Vila Real de Santo António…
Primeiro: duas cadeias de televisão enviaram duas jornalistas e dois operadores de imagem respectivamente que me acompanharam durante uma grande parte desta última jornada e que filmaram a conferência de imprensa improvisada na rua pela impossibilidade de ser realizada dentro da escola.
Segundo: a Escola Básica 2,3 D. José I de Vila Real de Santo António, à hora da minha chegada, que ocorreu por volta das 13.30, estava encerrada, mesmo estando lá dentro pessoal administrativo e auxiliares de acção educativa que se escondiam quando chamávamos para que nos abrissem a porta.
Terceiro: a Direcção Regional de Educação do Algarve não autorizou a que se fizesse a conferência de imprensa no interior da escola.
Quarto: os telejornais das respectivas televisões que se encontraram presentes não deram qualquer notícia referente ao que tinha acontecido durante e no fim desta jornada.
Explicações para estes factos: Primeiro, os jornalistas e os operadores de câmara das respectivas televisões foram filmar-nos com a intenção de passar o tempo e não de veicular qualquer informação. É um bom passatempo!!! Segundo: a escola estava fechada porque era a hora de almoço, mesmo tendo sido avisados e tendo conhecimento que a hora prevista da minha chegada era as 13.00, e os funcionários iam-se escondendo, porque gostam de jogar às escondidas!!! Terceiro: a Direcção Regional de Educação do Algarve não gosta de professores ciclistas e jornalistas dentro da escola, sobretudo em tempo de férias, podem perturbar o normal funcionamento das aulas inexistentes!!! Quarto: a última jornada de uma viagem de protesto de bicicleta pela educação não tem nenhum interesse jornalístico, sobretudo quando a escola está fechada e quando a tutela não autorizou que se fizesse a conferência de imprensa lá dentro. É tudo muito comum e banal para ser notícia!!!
Num regime ditatorial sei que não sou livre para dizer o que quero, mas ao contrário, pensava eu, ingenuamente, num regime democrático tenho liberdade de expressão e as minhas ideias podem ser veiculadas pelos meios de comunicação social. Estava enganado!!! O que é feito do significado da palavra “democracia” e da “liberdade de expressão”? Parece que estou a viver numa “diz que é uma espécie de democracia”, com muito de “espécie” e pouco de “democracia”.
Bom, devem ser tudo coincidências estranhas e eu devo estar num estado de alucinação e ver o que em realidade não existe. A nossa democracia não está bem mas recomenda-se! Recomenda-se um tratamento eficaz para a profunda doença que padece!!!!
O escritor George Orwell, precocemente falecido em 1950 e que se chamava Eric Arthur Blair quando nasceu, em 25 de Junho de 1903, na Índia, o famoso autor de livros como 1984 e O Triunfo dos Porcos, está agora na Blogosfera, através de escritos pessoais e reflexões diárias, textos por si registados entre Agosto de 1938 e 1942 e que estão a ser publicados no Blog Orwell Diaries.
Nestes dias, em que as alegorias por ele elaboradas fazem cada vez mais sentido - v.g. o caso de um senhor que aproveitou com unhas e dentes todas as facilidades um certo tipo de ensino e que hoje, segundo uma notícia, disse isto: "o tempo do facilitismo acabou" ou ainda a vontade do mesmo de nos controlar em tudo o que puder: cartão único, chip nas matrículas, uma máquina bem montada a controlar as notícias e as opiniões - tudo isto nos remete para Orwell...
Conforme me recordou o nosso colega deste Blog Ricardo Pimentel, no seu Blog e através de e-mail, há um site novo com imagens on-line e em directo dos Morcegos da Gruta da Ribeira dos Amiais (Lapa da Canada), na zona da nascente do Rio Alviela (os Olhos de Água do Alviela).
Com o apoio do Público e recorrendo às câmaras instaladas na Gruta pelo Carsoscópio - Centro Ciência Viva do Alviela, é uma iniciativa de louvar. Um destes dias irei colocar imagens do local de comando das câmaras, que visitei com o meu filho no passado mês de Maio, tendo o meu Joãozinho podido comandar remotamente essas mesmas câmaras...!
Pelo título somos levados a pensar num novo tipo de combustível. Mas, na verdade, trata-se de uma cerveja.
Cerveja elaborada, diz-se, a partir de uma levedura encontrada num fragmento de âmbar pelo microbiólogo Raúl Cano.
A levedura tem 25 a 45 milhões de anos. E ao ser retirada do âmbar continuou a reproduzir-se. Vai daí o director do Instituto de Biotecnologia Meio-ambiental da Universidade Politécnica da Califórnia, resolveu produzir uma cerveja cujo produto da venda financie as suas pesquisas em biocombustíveis.
A coisa está a correr bem. E há quem aprecie o sabor a cravo da cerveja.
Agora que as férias acabaram, vamos em breve colocar aqui algumas propostas de actividades, posts sobre actividades de férias e as últimas novidades. Mas, para recomeçar com o pé direito, uma musiquinha bem antiga:
O Desporto Escolar foi um dos alvos preferenciais deste ME quando iniciou a sua actividade, tal como o foi a Educação Especial.
Não foi completamente torpedeado porque, consta por aí, houve quem conseguisse - por dentro - resistir à investida e sobreviver.
Resta perceber porque outros sectores não tiveram essa capacidade de resistência.
O recorte é da revista Única de ontem. Falta-lhe a parte final porque se eu digitalizar tudo, depois acaba por não ficar visível, devido ás actuais restrições do WPress em termos de dimensão das imagens armazenadas.
A Associação Nacional de Animação e Educação vem por este meio divulgar a segunda edição da Revista Animação e Educação (http://www.rae.pt.vu/) relativa aos meses de Agosto, Setembro e Outubro. A RAE apresenta três artigos científicos:
"Abordagem à escrita no Pré-Escolar: Relato de experiências com crianças de 5/6 anos" de Ana Raquel Lopes Menino – raquelmenino.pdf
"Educação Alimentar: Estudo de Caso de um Agrupamento de Escolas do 1º ciclo" de Teresa Bilhastre – teresabilhastre.pdf
Nesta Edição poderá encontrar também uma entrevista à Professora Doutora Maria João Cardona, Presidente da Escola Superior de Educação de Santarém e antiga Presidente da Associação de Profissionais de Educação de Infância (Ler mais)
Poderá também consultar as oportunidades que apresenta bolsas e projectos muito interessantes.
Os membros do Fórum Galáctica (albedo.gem51.com) estão a organizar um encontro de astronomia focando a vertente prática, nos dias 30 e 31 de Agosto, perto de Coimbra, no observatório de Vila Nova. Criou-se uma página informativa para este encontro, com detalhes, localização e programa, que pode ser consultada aqui:
Recomenda-se a quem desejar ir, fazer uma inscrição até dia 29 de Agosto (na página online), pois permite ter uma ideia do número de participantes. Esta inscrição é obrigatória para aqueles que pretenderem jantar no local e/ou pernoitar dentro do edifício do observatório.
It was 1989, my thoughts were short my hair was long Caught somewhere between a boy and man She was seventeen and she was far from in-between It was summertime in Northern Michigan Ahh Ahh Ahh Ahh Ahh Ahh
Splashing through the sand bar Talking by the campfire It's the simple things in life, like when and where We didn't have no internet But man I never will forget The way the moonlight shined upon her hair
And we were trying different things We were smoking funny things Making love out by the lake to our favorite song Sipping whiskey out the bottle, not thinking 'bout tomorrow Singing Sweet home Alabama all summer long Singing Sweet home Alabama all summer long
Catching Walleye from the dock Watching the waves roll off the rocks She'll forever hold a spot inside my soul We'd blister in the sun We couldn't wait for night to come To hit that sand and play some rock and roll
While we were trying different things And we were smoking funny things Making love out by the lake to our favorite song Sipping whiskey out the bottle, not thinking 'bout tomorrow Singing Sweet Home Alabama all summer long Singing Sweet Home Alabama all summer long
Now nothing seems as strange as when the leaves began to change Or how we thought those days would never end Sometimes I'll hear that song and I'll start to sing along And think man I'd love to see that girl again
Singing Sweet Home Alabama all summer long Singing Sweet Home Alabama all summer long Singing Sweet Home Alabama all summer long Singing Sweet Home Alabama all summer long
Trabalhadores do Comércio - Taquetinho ou lebas nu fucinho
Tá quetinho ou lebas no fucinho Tá quetinho ou lebas no fucinho Tá quetinho e caladinho, Ou tás quetinho ou lebas no fucinho
Já num Quero mais cumere, Já tou farto dir p’àscola, O queu gosto é de currere E d’andarò chutà bola! Num me bistu mais caleçõis Nem babeiros de catraio, Num me deiam incuntrõis Quando Queri eu num saio.
CALESSA BOCA, NUM DIGAS ISSO, QUÉ PECADO! OLHA CU PAI E O JESUS FICA ZANGADO! Num custa nada por eu ser puto ser delicado!...
TÁ QUETINHO OU LEBAS NO FUCINHO…
Já tou farto dir à missa E de rezaro padre nosso, E nem gosto que mubriguem A cumer do que num gosto: Só minpinge babuseiras, Só me quere mudelare; E som tantas as asneiras… Mas eu teinho que calare!
CALESSA BOCA, NUM DIGAS ISSO, QUÉ PECADO! OLHA CU PAI E O JESUS FICA ZANGADO! Pois seu pregunto, lá fica tudo atrapalhado!...
TÁ QUETINHO OU LEBAS NO FUCINHO
Trabalhadores do Comércio - De manhã eu bou ò pom
De manhá eu bou ò pom, A saquinha bai na mom Bou à loija do Juom Cu meu are mais mulëngom… De manhá eu bou ò pom: A saquinha bai na mom.
De manhá eu bou ò pom Cu meu are mais mulëngom, Lebum oilhinda fichado, Uoutro bai malancurdado. De manhá eu bou ò pom: A saquinha bai na mom.
Galgando a iscadaria, ia; Cantándo a meludia, ia. E atravesó eistrada Despois dulhare atênto, E quando num bem nada, Eu cruzuasfalto, E só dum salto, eu entro.
-Bom dia sinhore Juom, beinho buscar o ponzinho!
Descasquei a larainjinha Cu garfinho e cua faquinha, Ficou tudimpressionado Cu meu are benhiducado. Descasquei a laranjinha Pruquetou prai birado.
Num gosto que mubriguem, briguem Astar cum are dalguém, bem. Mas dá-mum certo gozo Pasmare o pessuale; E ponhum are celoso. Já sei decore Que ninguém quere o meu male.
Dou cordàbida, olha lua está cheia, curu uma frida da loucura que me rudeia. Uma gabeta que num feixa, uma bota que se suija... Num há diabu quiaparessa de quem a gênte num fuija.
A aurora já despônta iu crepúsclá-de chigar. À bolta de mim tudu se mobe, a pulsassom àumentar I a bida som dôis dias iêste já bai na cônta... À bolta de ti tudu se mobe iu próximu já despônta
Descunfiansa má conselheira, cunfiansa eiscessiba, u bichu que te rói i te cunsoma bida Desapertu cularinhu, atiru-mà bida Cada um nu seu tamanhu, tôdus na mêsma medida
Queru trabalhar, quem me dá imprêgu Precisu de sair dasquina du apêgu.
Faz hoje então 72 anos que morreu, menos de um ano depois da morte de Fernando Pessoa - há nestas semelhanças ibéricas, entre os seus dois grandes poetas do século XX, um não sei quê de curioso... Morreram ambos vergonhosamente, um suicidando-se no álcool, outro estupidamente fuzilado.
Peguemos nas palavras de uma grande poetisa, que temporalmente viveu com os anteriormente citados, para celebrar a data:
Túmulo de Lorca
Em ti choramos os outros mortos todos Os que foram fuzilados em vigílias sem data Os que perdem seu nome na sombra das cadeias Tão ignorados que nem sequer podemos Perguntar por eles imaginar seu rosto Choramos sem consolação aqueles que sucumbem Entre os cornos da raiva sob o peso da força
Não podemos aceitar. O teu sangue não seca Não repousamos em paz na tua morte A hora da tua morte continua próxima e veemente E a terra onde abriram a tua sepultura É semelhante à ferida que não fecha
O teu sangue não encontrou nem foz nem saída De Norte a Sul de Leste a Oeste Estamos vivendo afogados no teu sangue A lisa cal de cada muro branco Escreve que tu fostes assassinado
Não podemos aceitar. O processo não cessa Pois nem tu fostes poupado à patada da besta A noite não pode beber nossa tristeza E por mais que te escondam não ficas sepultado
in Geografia, Sophia de Mello Breyner Andresen (1967)
Recebemos o seguinte e-mail, com referência a um novo site ao qual já demos uma vista de olhos e que parece promissor:
Meu nome é Cristopher e estou montando um site relacionado à Paleontologia chamado Paleontology WEB. 98% do site já se encontra on-line. Gostaria de tornar o site mais conhecido pois acredito que o conteúdo seja de boa qualidade. Uma vez cadastrando no site, o usuário poderá editar matérias e cadastrar dinossauros, ambos com galeria de imagens aumentando assim a gama de informação do site.
O endereço do site é http://esqueletus.com e peço somente uma visita e, quem sabe, uma futura parceria ou troca de banners, etc.
Espero poder tornar o site mais conhecido e assim peço ajuda, no início do site seria um óptimo início.
Para o meu amor, que amanhã vai ser outra vez bebé...
Vaza-me os olhos...
Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te, Tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te, Mesmo sem pés chegarei a ti, Mesmo sem boca poderei invocar-te. Decepa-me os braços: poderei abraçar-te Com o coração como se fosse a mão. Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro. E se me incendiares o cérebro, levar-te-ei ainda no meu sangue.
Paul Sereno é um dos paleontólogos e divulgadores desta ciência mais famosos da actualidade. Sereno é responsável por descobertas que contribuíram de forma determinante para a elucidação da evolução dos dinossáurios, que resumiu de forma fabulosa no «The Evolution of Dinosaurs», um dos cinco artigos de um número especial da Science sobre evolução.
A descoberta mais mediática do cientista da Universidade de Chicago e explorador residente da National Geographic foi sem dúvida o Sarcosuchus imperator (mais conhecido como SuperCroc), mas é igualmente fascinante o Nigersaurus Taqueti, descrito em Novembro do ano passado na PLoS ONE no artigo «Structural Extremes in a Cretaceous Dinosaur» e apresentado ao público na mesma data no Museu da National Geographic.
O dinossáurio, nomeado por Sereno em 1999 em honra do paleontólogo francês Philippe Taquet, que na década de 1950 encontrou os primeiros ossos, revelou-se anatomicamente muito bizarro. A característica mais inesperada do Nigersaurus reside no seu crânio, inspeccionado com o auxílio de tomografia computadorizada. Com um comprimento de apenas 9 metros, este primo mais novo e mais pequeno do conhecido Diplodocus apresenta um um crânio quase translúcido em que a característica mais inesperada é um focinho com narinas externas não retrácteis que lembram um aspirador. Mas são igualmente inéditas as mandíbulas quadradas que funcionam como tesouras de 30 centímetros, dotadas de muitas centenas de dentes, muitos deles para substituir a dentição perdida ou gasta que, como referiu na altura Sereno, permite ao Nigersaurus bater «sem dúvidas, o recorde do Guinness pelo número de dentes de substituição».
O Nigersaurus tinha também um pescoço estranhamente curto, ossos delicados e uma cabeça que apontava sempre na direcção do chão. Ao contrário das espécies que celebrizaram os dinossáurios no léxico do nosso imaginário, pastava ao nível do chão, tal e qual as vacas modernas. Segundo Sereno, «Nunca tínhamos visto nada parecido. É um quebra-cabeças, uma versão radical do Diplodocus, com o mínimo necessário de estrutura corporal».
Mas este dinossáurio bovino não é a descoberta mais bizarra de Sereno na Nigéria. Em 2000, numa expedição que procurava mais ossos de dinossário no deserto do Sahara, o paleontólogo deparou nas margens de um lago há muito seco com uma descoberta totalmente inesperada: as sepulturas de cerca de 200 esqueletos que representam duas culturas completamente distintas, os Kiffian, que viveram entre 7700 e 6200 a.C., e os Tenerian, uma cultura que viveu entre 5200 e 2500 a.C.. Estes nossos antepassados habitaram o então verdejante deserto no Holocénico, o período Recente ou «Idade do Homem» que se iniciou há 11 000 anos após a última grande glaciação.
A descoberta foi revelada há uns dias num artigo muito interessante na PLoS ONE, «Lakeside Cemeteries in the Sahara: 5000 Years of Holocene Population and Environmental Change». Para além do artigo científico, vale a pena ler os dois artigos que a descoberta mereceu na National Geographic, especialmente o artigo «Green Sahara» que nos conduz por uma viagem ao passado simplesmente a não perder. Os dois artigos permitem a visualização de fotos fantásticas sobre a escavação, como a que se reproduz em seguida.
A imagem «Stone Age Embrace» é a mais espectacular do conjunto e mostra uma mulher e duas crianças de mãos dadas enterradas numa cama de flores, como indica o polén encontrado na sepultura.
Numa entrevista à Veja, Sereno, que fez algumas das suas descobertas no Brasil, o Jobaria, um herbívoro com 22 metros de comprimento entre elas, referiu-se à onda de criacionismo que varre os Estados Unidos e realçou o papel fundamental da divulgação científica para a debelar. «É triste que nos Estados Unidos de hoje, um país tão aberto, muita gente ainda veja a ciência com desconfiança», disse Sereno. Mas, como refere a Veja, a paleontologia encontra em Sereno um porta-voz capaz de perpetuar o legado de Stephen Jay Gould, e se existissem dúvidas este vídeo onde Paul Sereno descreve a sua descoberta dissipá-las-iam.
O amigo João Nelson Ferreira foi, no âmbito da Geologia no Verão 2008, à Mina de Loulé e mandou-nos (o que muito agradecemos...) o seguinte texto e fotos:
Visita à Mina de Sal-Gema de Loulé
Se há actividade que este Verão não se pode perder é a visita à mina de Sal-Gema de Loulé. Esta actividade no âmbito da Geologia no Verão é ideal para quem está a passar férias no Algarve. Em plena cidade de Loulé existe uma mina que, a 230 metros de profundidade, tem galerias em todas as direcções, onde se extrai sal-gema. Esta mina não tem escombreira porque o material é sal, e também porque o armazém é feito dentro da mina nas galerias já abertas!
Toda a actividade está bem planeada, dois monitores, que são professores na área da Biologia – Geologia, são os monitores de serviço. Descemos por um poço (num elevador) por onde desce tudo o que vai lá para dentro, incluindo camiões e pás carregadoras!
Uma vez chegados lá em baixo, a pergunta é: onde está o sal? Em todo lado. Espectacular, paredes, tectos, chão, tudo é sal. Não sal branco como o do saleiro, mas com um aspecto rosado devido a impurezas, mas que é salgado é, basta lamber …
Curioso é que não há a sensação de claustrofobia, pois as dimensões das galerias não o permitem, elas vão de 5 a 9 m de largura e têm 4,5 m de altura, pois lá em baixo há camiões … a circular! Por outro lado, os ventiladores providenciam ar para tudo isto – na boa.
Interessante ir à frente de trabalho, onde a máquina a que chamam roçadora extrai o sal, ou seja cava o sal. Experimentei a dureza do material e nem a picareta vai.
As poeiras de sal são enviadas para as galerias onde não se trabalha, e aí é magnífico, 40 a 50 cm de neve, perdão, de sal finíssimo, estão sobre o solo que se pisa e, claro, se quisermos, provamos.
Para quem já se inscreveu e teve vaga aqui vai a dica: levem mochila para trazer pedras de sal, elas são do tamanho que quisermos, levem também sacos para trazer sal já em grão como recordação.
Hoje, logo a seguir ao pôr-do-sol, haverá um interessantíssimo Eclipse parcial da Lua (ocultando-se 81,3% da Lua atrás da sombra da Terra) e desta vez a horas decentes (a fase umbral começa logo a seguir ao nascer da Lua...).
Dados importantes para observar o eclipse:
1. Escolher um local sem obstruções para Este (o local onde nasce o Sol e onde irá nascer a Lua).
2. Se possível usar binóculos ou telescópio (há outras coisas para ver, nomeadamente Júpiter, Marte e Saturno, embora este fique abaixo do horizonte muito cedo...).
3. Ter atenção os horários (aproximados e em hora oficial de Portugal continental):
a Lua nasce (já na fase penumbral do eclipse) às 20.21;
o Sol põe-se às 20.29;
a fase umbral do Eclipse começa às 20.35;
o ponto máximo do eclipse é às 22.10;
a fase umbral do Eclipse termina às 23.44;
a fase penumbral do Eclipse termina às 00.57.
4. Estarem atentos ao tempo - podem dar uma vista de olhos à página do Instituto de Meteorologia português.
Mais dados e curiosidades, consultar o site da NASA (de onde veio a seguinte figura) de Fred Espenak sobre ECLIPSES...
Recebemos o pedido de divulgação das seguintes actividades da Intercultura-AFS Portugal, associação que nos merece todo o respeito e admiração...
Olá a Tod@s!!
A Intercultura-AFS Portugal é uma Associação de voluntariado, sem fins lucrativos e com Estatuto de Instituição de Utilidade Pública. Tem como objectivos contribuir para a Paz e Compreensão entre os Povos promovendo intercâmbios entre jovens e famílias com vista a uma educação intercultural e global.
O Programa AFS – Famílias de Acolhimento é o mais antigo e um dos mais bem sucedidos da Intercultura-AFS. É uma oportunidade única que permite aos jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos obter uma visão mais completa e profunda sobre a cultura e vida noutro país, ao viverem com uma família portuguesa e experimentarem uma cultura diferente. Assim, gostaríamos de vos convidar a participar na promoção da Educação Intercultural.
Em Setembro, chegam a Portugal mais de 70 jovens estrangeiros de todos os cantos do Mundo, para viver a sua aventura AFS.
Mesmo que não possam acolher neste próximo ano, contamos com a vossa colaboração na divulgação deste programa:
reencaminhando esta mensagem para os vossos contactos
colocando este apelo nos vossos sites ou blogs
pedindo materiais de divulgação à Sede
Procuramos Famílias Portuguesas que gostassem de participar neste projecto, acolhendo voluntariamente um jovem durante o próximo ano lectivo.
Para a Intercultura-AFS uma família de acolhimento é alguém com motivação e interesse em receber um jovem estrangeiro como um membro da sua família e não como um convidado ou hóspede. Uma família AFS pode ser constituída por apenas um membro (mãe ou pai), não é necessário ter filhos (da mesma idade), nem é necessário ter um quarto só para o estudante (pode ser partilhado com os irmãos de acolhimento).
Uma família de uma zona rural tem tanto para oferecer como uma família da cidade, pois cultura é a forma como vivemos o nosso dia a dia.
Uma família AFS não tem de falar Inglês ou nenhuma outra língua estrangeira, a experiência até nos mostra que os estudantes acolhidos por famílias que só falam português aprendem a nossa língua muito mais rapidamente!
Sendo um programa académico (que implica a participação activa na escola) não é necessário que a família de acolhimento viaje pelo país com o estudante. É mais importante que o integre no seu dia a dia e na vida familiar.
Em anexo encontram mais informações sobre os estudantes AFS (os processos podem ser pedidos via e-mail ou telefone).
Contamos com o vosso apoio!!! Saudações Interculturais!
Carina Rino Assistente de Desenvolvimento Organizacional
Intercultura-AFS Portugal Rua de Sta. Justa, 38 – 4º 1100-485 - Lisboa Tel: 213 247 070 Fax: 213 247 079
O homem e a hora são um só Quando Deus faz e a história é feita. O mais é carne, cujo pó A terra espreita. Mestre, sem o saber, do Templo Que Portugal foi feito ser, Que houveste a glória e deste o exemplo De o defender. Teu nome, eleito em sua fama, É, na ara da nossa alma interna, A que repele, eterna chama, A sombra eterna.
D. FILIPA DE LENCASTRE
Que enigma havia em teu seio Que só génios concebia? Que arcanjo teus sonhos veio Velar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério, Princesa do Santo Graal, Humano ventre do Império, Madrinha de Portugal!
Faz hoje 575 anos que faleceu El-Rei D. João I, o fundador da II Dinastia, dita de Avis, e o pai, com a memorável Rainha D.ª Filipa de Lencastre, da ínclita geração...
Foi também nesta data, há 623 anos, que Portugal conseguiu manter a sua independência, na Batalha de Aljubarrota, sobretudo por acção do Condestável Nuno Álvares Pereira (o Beato Nuno de Santa Maria - hoje quase santo, numa decisão recente da Igreja Católica) e que derrotou as numerosas tropas castelhanas e francesas nas cercanias da vila da Batalha, com ajuda de tropas inglesas, dando origem à mais antiga aliança entre países e que hoje ainda perdura.
De salientar, já que se falou do Mestre de Avis e no Beato Nuno, que D.ª Beatriz, a filha (legítima) de D. Nuno Álvares Pereira, se casou com D. Afonso, o filho (ilegítimo) de D. João I, vindo a ser eles os fundadores da Casa Ducal de Bragança, também tão importante na nossa história...
A ideia é destruir os esforços de Negroponte para o OLPC. O criador do MIT Media Lab criou esta inovação, o portátil de 100 dólares... A Intel foi um dos parceiros até ver o seu concorrente AND ser escolhida como fornecedor. Saiu do consórcio e criou o Classmate, que está a tentar impor aos países em desenvolvimento. Sócrates acaba de aliar-se, SEM CONCURSO, à Intel, para destruir o projecto de Negroponte. A JP Sá Couto, que já fazia os Tsunamis, tem assim, SEM CONCURSO, todo o mercado nacional do primeiro ciclo.Tudo se justifica em nome de um número de propaganda política terceiro-mundista.
Para os pivots (ex-jornalistas?) Rodrigues dos Santos ou José Alberto Carvalho, o importante é debitar chavões propagandísticos em vez de fazer perguntas. Se não fosse a blogosfera - que o ministro Santos Silva ainda não controla - esta propaganda não seria desmascarada. Os jornalistas da imprensa tradicional têm vindo a revelar-se de uma ignorância, seguidismo e preguiça atroz.
I've waited hours for this I've made myself so sick I wish i'd stayed asleep today
I never thought this day would end I never thought tonight could ever be this close to me
just try to see in the dark just try to make it work to feel the fear before you're here I make the shapes come much too close I pull my eyes out hold my breath and wait until I shake...
but if I had your faith then I could make it safe and clean if only I was sure that my head on the door was a dream
I've waited hours for this I've made myself so sick I wish i'd stayed asleep today I never thought this day would end I never thought tonight could ever be this close to me
but if I had your face then I could make it safe and clean if only I was sure that my head on the door was a dream
Foi com muito orgulho que, como ex-escuteiro, em Coimbra, no Agrupamento 347 - S. Jorge, pude ajudar os escuteiros católicos de Leiria (isto para além do facto de assim levar o meu filho a conhecer mais uma possibilidade de actividade para o futuro).
O autocarro com 30 escuteiros também já lá estava e assim, pouco depois, vimos o filme, conversámos sobre Dinossáurios, fizemos o percurso pedestre (tendo explicado ao pormenor os painéis informativos), vimos as pegadas, aspectos da geomorfologia local (as falhas, as zonas distintas visíveis, o exo- e o endocarso, etc.), visitámos o Jardim Jurássico e o Painel da História da Terra, fomos ver o Aramossáurio, falámos acerca das potencialidades e possibilidades do local, brincámos nos parques infantis e ainda fizemos uma compritas...
Em seguida fomos até ao Acampamento, entre Milagres e Souto da Carpalhosa, no Autocarro da organização, para almoçar (e estava excelente: Canja de Galinha e Bacalhau à Brás) e visitar o local (fantástico...!). Gostamos imenso de saber que estava tão bem organizado o local, com muitas construções, espaços bem delineados e pensados e 1.400 escuteiros de todas as idades juntos numa pequena cidade temporária...
Depois de almoço repetimos a dose de visita, indo com mais 30 escuteiros novamente até ao Bairro.
Foi muito enriquecedor o interesse dos escuteiros presentes (vi muitas caras conhecidas...) e gostámos imenso da Acampamento (o meu filhote para o ano quer ser Lobito...).
Para documentar a actividade, aqui ficam algumas fotos:
Esperando para entrar e ver o filme
O grupo da manhã
Vendo o filme introdutório - o Doutor Galopim sempre em forma...!
A Pedreira vista de cima
Diz que é uma espécie de professor a explicar anatomia e movimentos de saurópodes...
Quando o exocarso visita o endocarso - pequena gruta
Exploradora descansando na Loja do Monumento
Cansaço...
Almoço...!
Latrinas
No Acampamento - I
No Acampamento - II
No Acampamento - III
No Acampamento - IV
Lobita esperando o autocarro depois de almoço
O grupo da tarde
Aramossáurio e Centro de Acolhimento
Modelo de Dinossáurio com Ovo no Campo de Futebol do Bairro
Jardim Jurássico e Painel da História da Vida na Terra