Trabalhadores do Comércio - Taquetinho ou lebas nu fucinho
Tá quetinho ou lebas no fucinho
Tá quetinho ou lebas no fucinho
Tá quetinho e caladinho,
Ou tás quetinho ou lebas no fucinho
Já num Quero mais cumere,
Já tou farto dir p’àscola,
O queu gosto é de currere
E d’andarò chutà bola!
Num me bistu mais caleçõis
Nem babeiros de catraio,
Num me deiam incuntrõis
Quando Queri eu num saio.
CALESSA BOCA, NUM DIGAS ISSO, QUÉ PECADO!
OLHA CU PAI E O JESUS FICA ZANGADO!
Num custa nada por eu ser puto ser delicado!...
TÁ QUETINHO OU LEBAS NO FUCINHO…
Já tou farto dir à missa
E de rezaro padre nosso,
E nem gosto que mubriguem
A cumer do que num gosto:
Só minpinge babuseiras,
Só me quere mudelare;
E som tantas as asneiras…
Mas eu teinho que calare!
CALESSA BOCA, NUM DIGAS ISSO, QUÉ PECADO!
OLHA CU PAI E O JESUS FICA ZANGADO!
Pois seu pregunto, lá fica tudo atrapalhado!...
TÁ QUETINHO OU LEBAS NO FUCINHO
Trabalhadores do Comércio - De manhã eu bou ò pom
De manhá eu bou ò pom,
A saquinha bai na mom
Bou à loija do Juom
Cu meu are mais mulëngom…
De manhá eu bou ò pom:
A saquinha bai na mom.
De manhá eu bou ò pom
Cu meu are mais mulëngom,
Lebum oilhinda fichado,
Uoutro bai malancurdado.
De manhá eu bou ò pom:
A saquinha bai na mom.
Galgando a iscadaria, ia;
Cantándo a meludia, ia.
E atravesó eistrada
Despois dulhare atênto,
E quando num bem nada,
Eu cruzuasfalto,
E só dum salto, eu entro.
-Bom dia sinhore Juom, beinho buscar o ponzinho!
Descasquei a larainjinha
Cu garfinho e cua faquinha,
Ficou tudimpressionado
Cu meu are benhiducado.
Descasquei a laranjinha
Pruquetou prai birado.
Num gosto que mubriguem, briguem
Astar cum are dalguém, bem.
Mas dá-mum certo gozo
Pasmare o pessuale;
E ponhum are celoso.
Já sei decore
Que ninguém quere o meu male.