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quarta-feira, novembro 03, 2010

Debate...?!?

Debate do Orçamento






Um mete-se a jeito, o outro responde à letra...é a elevação do discurso político português, um exemplo para todos nós.

in 31 da Sarrafada - post de Catarina Campos

domingo, outubro 17, 2010

Sobre o vergonhoso orçamento geral do estado de 2011 - II

Este monstro não é um orçamento




Isto não é um orçamento. Na verdade, não sei que nome lhe hei-de dar. Não tem, propriamente falando, um cenário macroeconómico. É um orçamento feito sobre qualquer coisa, mas também sobre outra totalmente diferente e, sobretudo, sobre as duas ao mesmo tempo. Esquisito? Já lá vai.

Sobre aquilo que, até este ano da história portuguesa, costumava ser o cenário macroeconómico, e como tal apresentado e assumido, determinante para a credibilidade de um orçamento, pois é nele que se projectam os rendimentos sobre os quais vai incidir a sua função de redistribuição, o Pedro Braz Teixeira já aqui e aqui teceu comentários importantes. Há já muita magia no facto de a procura externa relevante para a economia portuguesa aumentar, aí, 3,2% e as exportações 7,3% (bem mais do dobro). Vai ser um ganho brutal de quota de mercado. Estamos loucamente competitivos. Não menos curioso é que um abrandamento significativo mantenha a taxa de desemprego praticamente ao mesmo nível (10,6% para 10,8%).

Como nem o Governo mitómano que temos acredita nisto, e sobretudo sabe que ninguém a quem se pede que financie o possível resultado final disto pode acreditar, para que não restem dúvidas aos investidores de que se trata apenas de um peta para o presumido otário indígena, ao sexto paragrafo da segunda página do sumario executivo fica logo tudo claro: «para efeitos de cálculo de receita fiscal», contou-se com «o PIB nominal a crescer apenas 1%». Ou seja, está o Governo a explicar, «nós sabemos muito bem que 2011 é um ano de recessão». Quanto vai contrair a economia? O Governo não explica. Mas como o deflator do PIB usado no outro cenário macroeconómico é de 1,7% e o crescimento nominal neste (o que só serve para o cálculo da receita fiscal) é de 1%, a contracção pode ser qualquer coisa da ordem dos 0,7%. Qualquer coisa, porque, a partir daqui, tudo é nebuloso, incerto. De facto, não há um cenário macroeconómico.

Há uma projecção global de um só número (1%) para a economia, apresentada assim, sem mais, usada para a previsão de impostos, de que se pode inferir qualquer coisa, não se sabe muito bem, como uma contracção do PIB de 0,7%, não se sabe também com que composição, sem o que se não sabe nada que permita aferir a consistência dessa previsão, e uma outra, de um crescimento real de 0,2%, composta com um aumento dos preços de 1,7% (deflator), o que dá 1,9% de crescimento nominal, que sustenta tudo o resto, designadamente o orçamento da Segurança Social, os seus 14.000 milhões de euros de receita contributiva, etc., etc., coisa e tal e assim por diante. Temos uma base a crescer um tanto, e outra, praticamente o dobro desse tanto.

Pela minha parte, não volto a esquadrinhar isto, que não é um orçamento. É, vá lá, um monstro para entreter totós.

Sobre o vergonhoso orçamento geral do estado de 2011


“Eu desde Janeiro que estou à espera que chegue por aí alguém à Portela de Sacavém.”

PS: projecções macroeconómicas vergonhosamente fantasiosas; silêncio ensurdecedor sobre as parcerias público-privadas e medidas de estimulo à economia; redução da despesa certa no que respeita ao corte nos salários dos funcionários públicos, vaga ou inexistente no que respeita ao resto; brutal aumento da carga fiscal; um ministro que não pede desculpas ao país, mesmo quando acaba por reconhecer a sua incompetência. Tudo se encaminha para que, daqui a meses, o aumento esperado da colecta volte a ser sugado pela despesa, e que um novo PEC seja anunciado. Pergunta: é este o orçamento que devemos aprovar? Para quê?

in 31 da Armada - post de Carlos do Carmo Carapinha

sexta-feira, setembro 24, 2010

O tona d’água



Ontem Teixeira dos Santos reconheceu que se enganou. Outra vez. Não é a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira, nem… Tem sido assim desde que é ministro: os seus orçamentos revelam-se ficções, quando não autênticos embustes. Com ele, a despesa pública sobe sempre. Com ele, a receita sacada sobe sempre, lixando mais o contribuinte. Por vezes, tal subida serviu para mascarar os objectivos. Este ano falhou novamente: vão ser preciso «medidas adicionais». Ah e anunciou que para o ano é que é, que vai reduzir a despesa….mas claro, também seria preciso aumentar a receita. Ouvir Teixeira dos Santos é a prova do algodão: nunca engana que se engana sempre; nunca engana que a sua receita é esmifrar quem pode e beneficiar quem não devia. Reconheceu no parlamento que é incapaz de ver no OE onde cortar. Reconheceu que já não é capaz (a bem dizer nunca foi), capaz de ser ministro das finanças.

in blog Blasfémias - post de Gabriel Silva

quinta-feira, maio 20, 2010

Mentirosos


Esta mentira dos dois protagonistas máximos do governo anterior, que como recompensa transitaram para protagonistas máximos do governo actual, não é novidade. Qualquer pessoa, mesmo se tirou o curso na Independente ao Domingo, conseguia adivinhar a patranha que era o proclamado défice de 5,9% para consumo eleitoral. No entanto, é sempre bom aproveitar uma ocasião para lembrar os comentadores inúteis que nós aturamos (enfim, eu já não, já deixei de dar audiências a quem é pago para gozar comigo) que faziam até, pelo menos, imediatamente depois das últimas legislativas rasgados elogios ao senhor ministro Teixeira dos Santos. Parece que é tecnicamente muito bom e muito sério.

in O Cachimbo de Magritte - post por Maria João Marques