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quinta-feira, janeiro 30, 2014

O príncipe-herdeiro Rodolfo de Habsburgo morreu há 125 anos

O arquiduque Rodolfo de Habsburgo (Viena, 21 de agosto de 1858 - Mayerling, 30 de janeiro de 1889) foi o único filho do imperador Francisco José I da Áustria e da sua consorte, a imperatriz Sissi.

Infância
O Arquiduque Rudolfo Francisco Carlos José (mais tarde príncipe-herdeiro) nasceu no dia 21 de agosto de 1858, no Schloss Laxenburg, um castelo perto de Viena, filho do Imperador Francisco José I e da Imperatriz Isabel da Áustria. Influenciado pelo seu tutor, Ferdinand von Hochstetter, que mais tarde se tornaria no primeiro director do Museu Imperial de História Natural, Rudolfo interessava-se muito pelas ciências naturais, começando uma colecção de minerais ainda em criança. Após a sua morte, esta colecção ficou na posse da Universidade de Agricultura de Viena.
Rudolfo foi educado ao lado da sua irmã mais velha, Gisela, pela sua avó paterna, a Arquiduquesa Sofia. A filha mais velha dos seus pais, Sofia, morreu aos dois anos de idade, antes de Rudolfo nascer enquanto que a sua irmã mais nova, Maria Valéria, nasceu dez anos depois dele. Assim, Gisela e Rudolfo cresceram juntos e eram muito chegados. Quando Rudolfo completou seis anos de idade, os dois foram separados, uma vez que ele começou a sua educação para se tornar no futuro Imperador. Isto não afectou a relação dos dois e Gisela continuou muito chegada a ele até deixar Viena devido ao seu casamento com o Príncipe Leopoldo da Baviera. A despedida entre os dois irmãos foi muito emotiva.

Casamento
Rodolfo recebeu uma educação destinada a convertê-lo em digno sucessor de seu pai e continuador do seu regime político, mas o príncipe-herdeiro tinha o temperamento artístico da sua mãe. Foi um reconhecido mulherengo e, na política, simpatizava com as ideias liberais e os movimentos nacionalistas húngaros.
O seu casamento, de conveniência, em 1881, com Estefânia da Bélgica, filha do rei Leopoldo II da Bélgica, foi uma farsa desde o início, pois Rodolfo jamais renunciou às suas aventuras amorosas. Eles tiveram apenas uma filha, Elisabeth Marie da Áustria, que ficou conhecida na história como a "arquiduquesa vermelha".
Em 1888, conheceu Mary Vetsera, uma bela e aristocrata de origem húngara.

Morte
Em 30 de janeiro de 1889, Rodolfo foi encontrado morto no seu quarto do pavilhão de caça de Mayerling, no que ficou conhecido como incidente de Mayerling. Junto a ele, estava a pistola que supostamente teria usado para disparar sobre si e, sobre a cama, o corpo também sem vida da sua amante, Mary Vetsera, de dezassete anos, com uma bala na cabeça. Tudo apontava para um caso de pacto de suicídio, mas ninguém podia acreditar que Rodolfo, de trinta anos, tivesse tirado a sua própria vida voluntariamente.
Além disso, as torpes tentativas do governo austríaco para ocultar os pormenores do acontecimento e a presença de alguns estranhos em Mayerling induziam a pensar que poderia tratar-se de um assassinato. Houve mesmo rumores de que o cadáver do arquiduque tinha cortes feitos por sabre e que lhe faltava uma mão, que havia sido cortada pelos seus supostos assassinos e que, para ocultá-lo, lhe teriam posto luvas com recheio a fingir de mão.
A partir daí, formularam-se todos os tipos de teorias sobre a sua morte:
  • Que se suicidou com a sua amante porque a sua conspiração política contra o pai tinha fracassado;
  • Que se suicidou "por amor", já que não podia divorciar-se da sua esposa, que detestava e que não podia dar-lhe filhos varões, e casar-se com a sua amante húngara. Tinha chegado a pedir ao Papa que anulasse o seu matrimónio para casar-se com a baronesa Vetsera, o que evidentemente lhe foi negado;
  • Que não se suicidou, mas que foi assassinado pelos próprio serviço secreto austríaco, já que as suas ideias tinham colocado em perigo o Império em caso de suceder a seu pai, ou porque já tinha conspirado com os nacionalistas húngaros, ou porque poderia proclamar-se Rei de uma Hungria independente. Tal teoria acusa Francisco José I de mandar assassinar o filho;
  • A Imperatriz da Áustria, Zita de Bourbon-Parma, disse antes de morrer que Rodolfo tinha sido vítima de um golpe organizado pelos serviços secretos franceses, obrigados a silenciá-lo após o herdeiro arrepender-se de ter chegado a um acordo com eles para trair o seu pai e ocupar o trono, com o fim de isolar a Alemanha;
  • Outras versões sustentam que se trata de um simples caso de amor e ciúme, um crime organizado pela mulher de Rodolfo depois da sua decisão de repudiá-la para casar-se com Vetsera.

domingo, agosto 18, 2013

O Imperador Francisco José I nasceu há 183 anos

Francisco José I (em alemão: Franz Joseph I; Palácio de Schönbrunn, Viena, 18 de agosto de 1830 - Palácio de Schönbrunn, Viena, 21 de novembro de 1916) foi Imperador da Áustria (1848-1916), Rei da Hungria (1867-1916) e último governante influente da dinastia dos Habsburgos. Restabeleceu a ordem no Império e restaurou o domínio da Áustria na Confederação Germânica (1849-1850). O seu reinado, que durou 68 anos, é o terceiro mais longo da história europeia, depois de Luís XIV da França e de Johann II de Liechtenstein. O seu lema era Viribus Unitis (União de Forças).

sexta-feira, dezembro 02, 2011

O Imperador D. Pedro II do Brasil nasceu há 186 anos

D. Pedro II do Brasil (nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga; Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 - Paris, 5 de dezembro de 1891), chamado O Magnânimo, foi o segundo e último Imperador do Brasil.
D. Pedro II foi o sétimo filho de D. Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria, porem ele era um dos filhos que mais se destacava . Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à qual renunciara em nome da filha mais velha, D. Maria da Glória. Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno, sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Napoleão II da França, Francisco José I da Áustria e Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também fora tio de D. Pedro V e D. Luís I, reis de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registos históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registadas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Ele é, ainda hoje, um dos personagens mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur e ganhando a admiração de pensadores como Charles Darwin, Richard Wagner, Henry Wadsworth Longfellow e Friedrich Nietzsche. Durante todo a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento económico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.