O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
É um dos maiores expoentes do fado tradicional e lusitano. Monárquico
e tradicionalista, os seus fados falam essencialmente, mas não
exclusivamente, da nostalgia dos tempos perdidos, de um Portugal já
perdido e esquecido, das touradas e da tradição.
O seu fado mais conhecido será, sem sombra de duvida, o Fado do Embuçado. Composição singular, com música do Fado Tradição,
da cantadeira Alcídia Rodrigues, e letra de Gabriel de Oliveira, é
incontornável em qualquer noite ou tertúlia fadista. O tema mais uma
vez é o tempo de antigamente, uma curiosa história de um "embuçado"
(disfarçado com capote) que todas as noites ia ouvir cantar fados e
que, tendo um dia sido desafiado a revelar-se, se manifesta como sendo o
Rei de Portugal, que após o beija-mão real, cantou o Fado, entre o povo.
Em 1965 adquire um espaço, no Beco dos Cortumes, em Alfama, a que
chamou a Taverna do Embuçado. Abrindo no ano seguinte, esta casa viria a
marcar toda uma era do Fado ao longo dos 20 anos que se seguiram, até
que Ferreira Rosa deixa a gestão, nos anos 80. O espaço, contudo, ainda
hoje existe.
Nos anos 60 adquire ainda o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, que
estava praticamente em ruínas e destinado a converter-se num complexo
de prédios. Ferreira Rosa recupera o Palácio, lutando contra diversos
obstáculos burocráticos e administrativos que lhe foram sendo
colocados. Nas palavras de João Ferreira-Rosa o Instituto Português do
Património Arquitetónico (IPPAR) "estragou-lhe" os últimos 30 anos dos
70 que já leva de vida. Abriu o Palácio Pintéus as suas portas ao
público em 2007 e lá se realizam diversos eventos ligados ao fado. Muito
antes disso nele se realizaram várias sessões de fados transmitidas,
ainda a preto e branco, pela RTP.
É dentro das paredes do Palácio Pintéus que é gravado, em 1996, o 2º
disco de um dos seus mais sublimes trabalhos, "Ontem e Hoje".
Ferreira-Rosa (tal como Alfredo Marceneiro,
de resto) tem uma certa aversão a estúdios de gravação e à
comercialização do fado, preferindo cantar o fado entre amigos, como
refere nos versos do Fado Alcochete.
Nutre uma especial paixão por Alcochete,
onde tem vivido nos últimos anos. A esta vila escreveu o fado
Alcochete, que costuma cantar na música do Fado da Balada, de Alfredo
Marceneiro.
Foi casado com a pianista Maria João Pires, antes de casar em Loures, Santo Antão do Tojal, a 24 de julho de 1987, com Ana Maria de Castelo-Branco Gago da Câmara Botelho de Medeiros (Lisboa, 27 de janeiro de 1936).
Entre 2001 e 2003,
amigos e seguidores de João Ferreira Rosa tiveram ainda a oportunidade
de o ouvir regularmente em ciclos de espetáculos organizados no Wonder
Bar do Casino Estoril.
Entre os seus maiores sucessos podemos encontrar como casos do emblemático "Embuçado", "Triste Sorte" , "Acabou o Arraial", "Fragata" ou "Fado dos Saltimbancos".
Em novembro de 2012 recebeu a Medalha de Mérito Municipal, grau Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa.
João Ferreira-Rosa morreu na manhã do dia 24 de setembro de 2017, aos oitenta anos, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
É um dos maiores expoentes do fado tradicional e lusitano ainda vivos. Monárquico e tradicionalista, seus fados falam essencialmente, mas não exclusivamente, da nostalgia dos tempos perdidos, de um Portugal já perdido e esquecido, das touradas e da tradição.
O último concerto de Zeca Afonso, em 29 de Janeiro de 1983, no Coliseu - uma emotiva despedida, com uma música em que se despede dos seus amigos e da música:
Balada do Outono - José Afonso
Águas passadas do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'rás bandas do mar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar