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terça-feira, julho 23, 2024

Maria João Pires comemora hoje oitenta anos...!


Maria João Alexandre Barbosa Pires (Lisboa, Pena, 23 de julho de 1944) é uma pianista portuguesa com dupla nacionalidade (portuguesa e suíça), residente em Portugal. 

    

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Muito cedo aprendeu a tocar piano: aos cinco anos deu o seu primeiro recital e aos sete tocou publicamente concertos de Mozart. Com nove anos recebeu o prémio da Juventude Musical Portuguesa. Entre 1953 e 1960 estuda com o Professor Campos Coelho no Conservatório de Lisboa. Prossegue os estudos musicais na Alemanha, primeiro na Musikakademie em Munique com Rosl Schmid e depois em Hanôver com Karl Engel.

Maria João Pires torna-se reconhecida internacionalmente ao vencer o concurso internacional do bicentenário de Beethoven em 1970, que se realizou em Bruxelas.

Fez na sua carreira numerosas digressões, onde interpretou obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms, Chopin e muitos outros compositores dos períodos clássico e romântico. Maria João Pires é convidada com regularidade pelas grandes orquestras mundiais para tocar nas melhores salas de concerto, apresentando-se regularmente na Europa, Canadá, Japão, Israel e nos Estados Unidos.

 

 


segunda-feira, agosto 22, 2022

domingo, agosto 22, 2021

Claude Debussy nasceu há 159 anos

  
A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Em França, só se aponta Ravel como influenciado, e só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prélude à l'après-midi d'un Faune ("Prelúdio ao entardecer de um Fauno"), com que, para Pierre Boulez, começou a Música moderna, até Jeux ("Jogos"), toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.

Vida
A vocação musical do jovem foi descoberta por Mme Fauté de Fleurville, que o preparou para o Conservatório, onde foi admitido em 1873.
Em 1884 recebe o Grande Prémio de Roma de composição. Viaja para Moscovo, com Mme von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.
Após uma estada na Villa Médici, em Roma, regressa a Paris, em 1887, entrando em contacto com a vanguarda artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé (reuniões semanais realizadas às terças-feiras, na casa do poeta simbolista Stéphane Mallarmé). No mesmo ano conhece Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do Oriente.
Por volta de 1887, inicia uma relação com Gabrielle Dupont. Os dois viverão juntos durante quase dez anos - Debussy levando uma vida boémia.
Debussy se separa de Gabrielle para se casar, em 19 de outubro de 1899 em Paris, com Marie-Rosalie (Lilly) Texier, uma costureira de Bichain, um povoado de Villeneuve-la-Guyard (Yonne), a 80 km a sul de Paris, onde ele passará os verões de 1902 a 1904. Lá, Debussy compõe a maior parte de La Mer.
Quatro anos mais tarde, ele encontra Emma Bardac, esposa de um banqueiro e ex-amante de Gabriel Fauré, iniciando com ela uma nova relação sentimental. Deixa, então, Lilly, que, abalada pela separação, tenta matar-se com um tiro no peito, mas sobrevive. O caso provoca um escândalo, e Debussy é duramente criticado pela sua atitude, mesmo pelos amigos mais próximos. De todo modo, ele consegue o divórcio e casa com Emma em 1908. O casal terá uma filha, Claude-Emma Debussy, a que chamava de Chouchou, nascida a 30 de outubro de 1905, a quem ele dedica a sua suíte para piano Children's Corner, composta entre 1906 e 1908.
A vida de Debussy corre sem grandes acontecimentos, excetuando-se o escândalo doméstico do seu divórcio e a tumultuada estreia de Pelléas et Mélisande, em 1902.
Em 1909, Debussy soube que sofria de cancro.
A maior parte da sua obra tardia constitui-se de música de câmara, incluindo três extraordinárias sonatas para violoncelo, para violino e para flauta, viola e harpa. Com o organismo em colapso, Debussy trabalhou com notável coragem. A eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, roubou-lhe todo o interesse pela música. Após um ano de silêncio, ele percebeu que tinha de contribuir para a luta da única maneira que podia, "criando com o melhor de minha capacidade um pouco daquela beleza que o inimigo está atacando com tanta fúria." Uma de suas últimas cartas fala de sua "vida de espera - a minha existência de sala de espera, eu poderia assim chamá-la - porque sou um pobre viajante, esperando por um comboio que não virá." O seu último trabalho, a Sonata para Violino e Piano L 140, foi executado em maio de 1917, com ele ao piano. Ele tocou essa mesma peça em setembro, em Saint-Jean-de-Luz. Foi a última vez que tocou em público.
Debussy morreu a 25 de março de 1918, durante o bombardeamento de Paris, na última ofensiva alemã da Primeira Guerra Mundial. Encontra-se sepultado no Cemitério de Passy, em Paris. Pouco tempo depois, a 14 de julho de 1919, também morreria a sua filha, Chouchou, de difteria. Ela foi sepultada no túmulo do seu pai, em Passy.