O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore
por pais adolescentes. Quando nasceu, o seu pai, Clarence Holiday,
tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. O seu
pai, tocador de guitarra e banjo,
abandonou a família enquanto Billie ainda era bebé, seguindo viagem
com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a
deixava com familiares e ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos
possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada
numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze,
trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com a sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
A sua vida como cantora começou em 1930.
Estando a mãe e a filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento
de sua moradia, Billie sai para a rua, em desespero, na busca de algum
dinheiro. Entrando em um bar do Harlem,
ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o
pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um
emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos a cantar em diversas casas, atraiu a atenção do crítico
John Hammond, através de quem ela gravou o seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou o seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie, sendo uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 30). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz da sua
época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, seu
fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível
profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe chamou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia na sua voz.
Pouco antes de sua morte, em parte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou a sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico
disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo
voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os
seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram
levá-la para um hospital, mas ela recusou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital
Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos.
Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no
hospital, até morrer, sendo então o seu quarto invadido pelas
autoridades, com polícias a ficaram de guarda na porta do seu quarto.
Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que
morreu, de edema pulmonar e insuficiência cardíaca, causada por cirrose
hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos
seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares
(pagos por um tabloide) por um artigo sobre a sua vida. A cerimónia
fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o
narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e
escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na
sexta-feira, dia 17 de julho de 1959, na cama em que estava presa há
pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de
narcóticos; no quarto de onde um polícia se tinha retirado - por ordem
judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua
vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas
desgastou-se fisicamente, reduzindo-se a uma reduzida e
grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de
excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A
probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta
mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44
anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela
teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em
qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer
tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore
por pais adolescentes. Quando nasceu, o seu pai, Clarence Holiday,
tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. O seu
pai, tocador de guitarra e banjo,
abandonou a família enquanto Billie ainda era bebé, seguindo viagem
com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a
deixava com familiares e ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos
possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada
numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze,
trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com a sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
A sua vida como cantora começou em 1930.
Estando a mãe e a filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento
de sua moradia, Billie sai para a rua em desespero, na busca de algum
dinheiro. Entrando em um bar do Harlem,
ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o
pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um
emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico
John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou o seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz da sua
época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, seu
fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível
profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe chamou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia na sua voz.
Pouco antes de sua morte, em parte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou a sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico
disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo
voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os
seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram
levá-la para um hospital, mas ela recusou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital
Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos.
Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no
hospital, até morrer, sendo então o seu quarto invadido pelas
autoridades, com polícias a ficaram de guarda na porta do seu quarto.
Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que
morreu, de edema pulmonar e insuficiência cardíaca causada por cirrose
hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos
seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares
(pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia
fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o
narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e
escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na
sexta-feira, dia 17 de julho de 1959, na cama em que estava presa há
pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de
narcóticos; no quarto de onde um polícia se tinha retirado - por ordem
judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua
vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas
desgastou-se fisicamente, reduzindo-se a uma reduzida e
grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de
excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A
probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta
mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44
anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela
teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em
qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer
tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore
por pais adolescentes. Quando nasceu, o seu pai, Clarence Holiday,
tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. O seu
pai, tocador de guitarra e banjo,
abandonou a família enquanto Billie ainda era bebé, seguindo viagem
com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a
deixava com familiares e ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos
possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada
numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze,
trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com a sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
A sua vida como cantora começou em 1930.
Estando a mãe e a filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento
de sua moradia, Billie sai para a rua em desespero, na busca de algum
dinheiro. Entrando em um bar do Harlem,
ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o
pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um
emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico
John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou o seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz da sua
época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, seu
fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível
profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe chamou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia na sua voz.
Pouco antes de sua morte, em parte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou a sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico
disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo
voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os
seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram
levá-la para um hospital, mas ela recusou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital
Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos.
Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no
hospital, até morrer, sendo então o seu quarto invadido pelas
autoridades, com polícias a ficaram de guarda na porta do seu quarto.
Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que
morreu de edema pulmonar e insuficiência cardíaca causada por cirrose
hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos
seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares
(pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia
fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o
narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e
escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na
sexta-feira, dia 17 de julho de 1959, na cama em que estava presa há
pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de
narcóticos; no quarto de onde um polícia se tinha retirado - por ordem
judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua
vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas
desgastou-se fisicamente, reduzindo-se a uma reduzida e
grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de
excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A
probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta
mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44
anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela
teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em
qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer
tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Saddy Fagan, apenas treze. O seu pai, guitarrista e banjoista,
abandonou a família quando Billie ainda era bebé, seguindo viagem com
uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a
deixava com familiares, ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos
possíveis. Aos dez anos foi violentada sexualmente por um vizinho, e
internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos
doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com a sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
Carreira
A sua vida como cantora começou em 1930.
Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento do
aluguer da sua casa, Billie sai à rua, em desespero, na busca de algum
dinheiro. Entrando num bar do Harlem,
ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o
pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um
emprego novo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico
John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 30). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua
época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, o
seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível
profundidade de emoção, aproximaram-na do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes da sua morte, por overdose de drogas, Billie Holiday publicou a sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Morte
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico
disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo
voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os
seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram
levá-la para um hospital, mas ela não aceitou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano,
em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de
prisão, por posse de drogas, enquanto estava no hospital, morrendo,
sendo o seu quarto invadido pelas autoridades e polícias ficaram de
guarda à porta do seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da
polícia no hospital até que morreu, de edema pulmonar e insuficiência
cardíaca, causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus
ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares
(pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia
fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o
narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e
escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na
sexta-feira, 17 de julho de 1959, na cama em que havia sido presa pouco
mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de
narcóticos; no quarto de onde um polícia se havia retirado - por ordem
judicial - apenas algumas horas antes da sua morte, que, como a sua
vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas
desgastou-se fisicamente a uma reduzida e grotesca caricatura de si
mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um -
tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os
últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana,
generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria
acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora
talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se,
finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, o seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. O seu pai, tocador de guitarra e banjo, abandonou a família enquanto Billie ainda era bebé, seguindo viagem com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares e ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
A sua vida como cantora começou em 1930. Estando a mãe e a filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai para a rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou o seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz da sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe chamou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia na sua voz.
Pouco antes de sua morte, em parte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela recusou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no hospital, até morrer, sendo então o seu quarto invadido pelas autoridades, com polícias a ficaram de guarda na porta do seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu de edema pulmonar e insuficiência cardíaca causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, dia 17 de julho de 1959, na cama em que estava presa há pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um polícia se tinha retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente, reduzindo-se a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Saddy Fagan, apenas treze. O seu pai, guitarrista e banjoista, abandonou a família quando Billie ainda era bebé, seguindo viagem com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares, ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada sexualmente por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com a sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
Carreira
A sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento do aluguer da sua casa, Billie sai à rua, em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando num bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego novo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 30). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, o seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, aproximaram-na do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes da sua morte, por overdose de drogas, Billie Holiday publicou a sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Morte
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela não aceitou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no hospital, morrendo, sendo o seu quarto invadido pelas autoridades e polícias ficaram de guarda à porta do seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu, de edema pulmonar e insuficiência cardíaca, causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, 17 de julho de 1959, na cama em que havia sido presa pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um polícia se havia retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes da sua morte, que, como a sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, o seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. O seu pai, tocador de guitarra e banjo, abandonou a família enquanto Billie ainda era bebé, seguindo viagem com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares e teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
A sua vida como cantora começou em 1930. Estando a mãe e a filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai para a rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou o seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz da sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe chamou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia na sua voz.
Pouco antes de sua morte, em parte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela recusou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no hospital, até morrer, sendo então o seu quarto invadido pelas autoridades, com polícias a ficaram de guarda na porta do seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu de edema pulmonar e insuficiência cardíaca causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, dia 17 de julho de 1959, na cama em que estava presa há pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um polícia se tinha retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente, reduzindo-se a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Saddy Fagan, apenas treze. O seu pai, guitarrista e banjoista, abandonou a família quando Billie ainda era bebé, seguindo viagem com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares, ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada sexualmente por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com a sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
Carreira
A sua vida como cantora começou em 1930. Estando mãe e filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento do aluguer da sua casa, Billie sai à rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego novo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, o seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, aproximaram-na do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe apelidou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia em sua voz.
Pouco antes da sua morte, por overdose de drogas, Billie Holiday publicou a sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Morte
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela não aceitou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão por posse de drogas enquanto estava no hospital, morrendo, sendo o seu quarto invadido pelas autoridades e polícias ficaram de guarda à porta do seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu, de edema pulmonar e insuficiência cardíaca, causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo sobre sua pessoa. A cerimônia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, 17 de julho de 1959, na cama em que havia sido presa pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um polícia se havia retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes da sua morte, que, como a sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."
Lester, cuja alcunha era "Prez", cresceu numa família família de músicos de relevo. O seu irmão, Lee Young foi um baterista notável e vários dos outros membros da família eram músicos profissionais. A família mudou-se para Nova Orleães, Luisiana, quando Lester era ainda uma criança. O pai ensinou-lhe a tocar trompete, violino e bateria, além de saxofone. Saiu da banda familiar em 1927 porque se recusou a ir em tournée pelo Sul dos Estados Unidos, onde as leis de Jim Crow (de segregação racial) estavam em vigor.
Tornou-se proeminente nos anos 30, tocando num estilo relaxado que contrastava vivamente com a abordagem agressiva de Coleman Hawkins, o saxofonista-tenor mais importante da época. Com efeito, quando Young saiu da banda de Count Basie para substituit Hawkins na banda de Fletcher Henderson, o seu estilo aborreceu tanto os fãs de Henderson que rapidamente saiu para ir tocar com Andy Kirk. Mais tarde regressou à banda de Basie.
Visto que o jazz já tinha um "rei do swing" com Benny Goodman, um "duque" com Duke Ellington, e um "conde" com Count Basie, Lester Young ficou conhecido como Pres ou Prez (diminutivo de "presidente"), nome que lhe foi dado por Billie Holiday. Ele devolveu o favor chamando à cantora "Lady Day".
Young virou-se para o bebop nos anos 40. No entanto, depois da Segunda Guerra Mundial começou a sofrer de problemas mentais e alcoolismo, em geral atribuídos a maus-tratos racistas que teria recebido durante a guerra no exército americano, onde era frequente não ser autorizado a tocar o seu saxofone. Apesar disso, manteve uma grande qualidade na interpretação. É geralmente considerado um dos maiores músicos de jazz de todos os tempos.
Nascida Eleanora Fagan Gough, em 7 de abril de 1915, em Filadélfia, Pensilvânia, foi criada em Baltimore por pais adolescentes. Quando nasceu, o seu pai, Clarence Holiday, tinha quinze anos de idade e sua mãe, Sarah Fagan, apenas treze. O seu pai, tocador de guitarra e banjo, abandonou a família enquanto Billie ainda era bebé, seguindo viagem com uma banda de jazz. A sua mãe, também inexperiente, frequentemente a deixava com familiares e ela teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos foi violentada por um vizinho, e internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze anos, morando com sua mãe em Nova York, caiu na prostituição.
A sua vida como cantora começou em 1930. Estando a mãe e a filha ameaçadas de despejo por falta de pagamento de sua moradia, Billie sai para a rua em desespero, na busca de algum dinheiro. Entrando em um bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina, mostrando-se um desastre. Penalizado, o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo.
Billie nunca teve educação formal de música e a sua aprendizagem deu-se ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.
Após três anos cantando em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, através de quem ela gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o real início de sua carreira. Começou a cantar em casas noturnas do Harlem (Nova York), onde adotou o seu nome artístico.
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie. E foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, em uma época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong. Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz da sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, seu fraseado, a sensualidade à flor da voz, expressando incrível profundidade de emoção, a aproximaram do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Lester Young foi quem lhe chamou "Lady Day".
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se refletia na sua voz.
Pouco antes de sua morte, em parte por overdose de drogas, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
No início de 1959, Billie soube que tinha cirrose hepática. O médico disse-lhe para parar de beber, o que fez por pouco tempo, mas logo voltou a beber bastante. Em maio, havia perdido quase dez quilos. Os seus amigos Leonard Feather, Joe Glaser e Allan Morrison tentaram levá-la para um hospital, mas ela recusou.
Em 31 de maio de 1959, Billie foi levada para o Hospital Metropolitano, em Nova York, com problemas hepáticos e cardíacos. Recebeu voz de prisão, por posse de drogas, enquanto estava no hospital, até morrer, sendo então o seu quarto invadido pelas autoridades, com polícias a ficaram de guarda na porta do seu quarto. Billie Holiday permaneceu sob guarda da polícia no hospital até que morreu de edema pulmonar e insuficiência cardíaca causada por cirrose hepática, em 17 de julho de 1959.
Nos últimos anos de vida, havia sido progressivamente enganada nos seus ganhos e morreu com 70 centavos de dólar no banco e 750 dólares (pagos por um tablóide) por um artigo sobre a sua pessoa. A cerimónia fúnebre foi realizado na Igreja de São Paulo Apóstolo, em Nova York.
Gilbert Millstein, do jornal The New York Times, que tinha sido o narrador dos shows de Billie Holiday no Carnegie Hall, em 1956, e escrito parte da contracapa do álbum O Essencial de Billie Holiday, descreveu a morte dela na contracapa do mesmo álbum, relançado em 1961:
"Billie Holiday morreu no Hospital Metropolitano, em Nova York, na sexta-feira, dia 17 de julho de 1959, na cama em que estava presa há pouco mais de um mês antes, já mortalmente doente, por posse ilegal de narcóticos; no quarto de onde um polícia se tinha retirado - por ordem judicial - apenas algumas horas antes de sua morte, que, como sua vida, foi desordenada e lamentável. Havia sido belíssima, mas desgastou-se fisicamente, reduzindo-se a uma reduzida e grotesca caricatura de si mesma. Os vermes de todos os tipos de excesso - drogas eram apenas um - tinham-na devorado... A probabilidade existe de que - entre os últimos pensamentos desta mulher cínica, sentimental, profana, generosa e muito talentosa de 44 anos - estava a crença de que seria acusada na manhã seguinte. Ela teria sido, eventualmente, embora talvez não tão rapidamente. Em qualquer caso, ela retirou-se, finalmente, da jurisdição de qualquer tribunal terreno."