Em 1741, Händel recebeu um convite do Lord Lieutenant da Irlanda para ajudar a angariar dinheiro para três instituições de caridade de Dublin através de apresentações musicais. Embora doente nessa época, Händel estava determinado a compor um novo oratório sacro para a ocasião, pedindo a Charles Jennens (libretista de Saul e Israel in Egypt) um tema apropriado. Jennens respondeu com uma criteriosa recolha de versículos e escrituras do Velho e Novo Testamentos arranjados num "argumento" em três partes (como ele o descreveu). O resultado foi o mais conhecido e amado oratório de Händel. A obra estreou-se em Dublin, no período da Páscoa, em 13 de abril de 1742.
À época, o texto suscitou controvérsia com jornais ponderando sobre sua natureza "blasfema". A obra acabada, contudo, teve outra recetividade, sendo elogiada em Berlim e depois em Londres. Händel fez várias revisões subsequentes, incluindo uma versão criada em 1754 para o "Thomas Coram's Foudling Hospital" (fundação para a educação de crianças abandonadas à qual Händel passa a dedicar mais tempo a partir de 1749). Atualmente ainda é um obra muito apreciada e requisitada para os eventos natalícios, embora frequentemente apenas a 1ª Parte e o "Aleluia" (com que encerra a 2ª Parte) sejam interpretados, não respeitando a integridade do oratório.
O costume de o público colocar-se de pé para ouvir o coro "Aleluia" se origina da crença de que, na estreia de Londres, o rei George II o fez, o que obrigaria a todos a permanecerem de pé. Não há evidências convincentes de que o rei estivesse presente ou que ele tenha assistido a qualquer performance subsequente de O Messias; a primeira referência da prática de permanecer em pé aparece numa carta datada de 1756, três anos antes da morte de Handel.
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