terça-feira, dezembro 22, 2020

Jean-Michel Basquiat nasceu há sessenta anos

 
Jean-Michel Basquiat (Nova Iorque, 22 de dezembro de 1960 - Nova Iorque, 12 de agosto de 1988) foi um artista norte-americano.

Ganhou popularidade primeiro como um grafiteiro na cidade onde nasceu e então como neo-expressionista. As pinturas de Basquiat ainda são influência para vários artistas e costumam atingir preços altos em leilões de arte. 

Basquiat por William Coupon - 1986

 

Vida

Basquiat tinha ascendência porto-riquenha por parte de mãe e haitiana por parte de pai. Desde cedo mostrou uma aptidão incomum para a arte e foi influenciado pela mãe, Matilde, a desenhar, pintar e a participar de atividades relacionadas ao mundo artístico. Em 1977, aos 17 anos, Basquiat e um amigo, Al Diaz, começaram a fazer grafitis em prédios abandonados em Manhattan. A assinatura era sempre a mesma: "SAMO" ou "SAMO shit" ("same old shit", ou, traduzindo, "sempre a mesma merda"). Isso gerou curiosidade nas pessoas, principalmente pelo conteúdo das mensagens grafitadas. Em dezembro de 1978, o veículo Village Voice publicou um artigo sobre as escrituras. O projeto "SAMO" acabou com o epitáfio "SAMO IS DEAD" (SAMO está morto) escrito nas paredes de construções do SoHo nova-iorquino.

Em 1978, Basquiat abandonou a escola e saiu de casa, apenas um ano antes de se formar. Mudou-se para a cidade e passou a viver com amigos, sobrevivendo através da venda de t-shirts e postais na rua. Um ano depois, em 1979, contudo, Basquiat ganhou um status de celebridade dentro da cena de arte de East Village em Manhattan pelas suas aparições regulares num programa televisivo. No fim da década de 70, Basquiat formou uma banda chamada Gray, com o então desconhecido músico e ator Vincent Gallo. Com o conjunto, tocaram em clubes como Max's Kansas City, CBGB, Hurrahs e o Mudd Club. Basquiat e Gallo viriam a trabalhar em um filme chamado Downtown 81 (também conhecido por "New York Beat Movie"). A banda sonora deste tinha algumas gravações raras da Gray. A carreira cinematográfica de Basquiat também incluiu uma aparição no vídeo "Rapture" da banda Blondie.

Basquiat começou a ser mais amplamente reconhecido em junho de 1980 quando participou do The Times Square Show, uma exposição de vários artistas patrocinada por uma instituição de nome "Colab". Em 1981, o poeta, crítico de arte e "provocador cultural" Rene Ricard publicou um artigo em que comentava sobre o artista. Isso ajudou a catapultar de vez a carreira de Basquiat internacionalmente. Nos anos consecutivos, Basquiat continuou a exibir a sua obra em Nova York ao lado de artistas como Keith Haring e Barbara Kruger. Também realizou exposições internacionais com a ajuda de galeristas famosos.

Já em 1982, Basquiat era visto frequentemente na companhia de Julian Schnabel, David Salle e outros curadores, colecionadores e especialistas em arte que seriam conhecidos depois como os "neoexpressionistas". Ele começou a namorar, também, uma cantora desconhecida na época, Madonna. Neste mesmo ano, conheceu Andy Warhol, com quem colaborou ostensivamente e cultivou amizade.

Dois anos depois, em 1984, muitos de seus amigos estavam preocupados com seu uso excessivo de drogas e o seu comportamento paranóico. Basquiat, então, já estava viciado em cocaína. No dia 10 de fevereiro de 1985, Basquiat foi capa da revista do The New York Times, numa reportagem dedicada inteiramente a ele. Com o sucesso, foram realizadas diversas exposições internacionais em todas as maiores capitais europeias. Basquiat morreu de uma mistura de drogas, uma combinação de cocaína e heroína conhecida popularmente como "speedball", no seu estúdio, em 1988. Após a sua morte, um filme que levava seu nome foi lançado contando sua vida que foi dirigido por Julian Schnabel e com o ator Jeffrey Wright no papel de Basquiat.

 

Untitled (Skull) (1981)

   

in Wikipédia

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