terça-feira, julho 14, 2020

O Matterhorn foi escalado pela primeira vez há 155 anos

O Matterhorn/Cervino visto de Zermatt
   
O Matterhorn ou Cervino (em francês Cervin e em italiano Cervino) é talvez a montanha mais conhecida dos Alpes, a par do Monte Branco. Localizado na fronteira da Suíça com a Itália, com 4.478 metros  de altitude, a sua graciosa silhueta domina a cidade suíça de Zermatt e a cidade italiana de Breuil-Cervinia, no Valtournenche.
Foi a última grande montanha dos Alpes a ser escalada, talvez devido aos receios que provocava em muitos montanhistas. A sua primeira ascensão marca o final da idade de ouro do alpinismo de meados do século XIX. Apesar de se destacar com um desnível alto e forma triangular bem definida, não possui um valor elevado de proeminência topográfica pois muitos montes mais altos são próximos e unidos por tergos de altitude elevada (casos do Monte Rosa, Dom, Liskamm e Weisshorn). O seu cume-pai é o Weisshorn.
A sua vertente norte é uma das "grandes vertentes norte dos Alpes".
A sua forma inspirou a cultura ocidental em numerosas ocasiões, desde o formato dos chocolates Toblerone, ao batismo de outros montes de forma semelhante (como o Machapuchare, o Matterhorn do Nepal), à utilização em capas de álbuns dos grupos Depeche Mode e Goldfrapp.
   
A tragédia do Monte Cervino, em 14 de julho de 1865 - gravura de Gustave Doré
    
Primeira subida e acidente
Foi apenas em 14 de julho de 1865, que depois de muitas tentativas falhadas, que Edward Whymper e o guia Peter Taugwalder tentaram seguir a chamada rota Hörnli, e conseguir subir ao cume do Matterhorn/Cervino, tendo sido surpreendidos pela facilidade do percurso.
Na realidade a cordada que completa era formada pelo guia Michel Croz que acompanhava Charles Hudson, Lord Francis Douglas, Robert Hadow e pelo guia Peter Taugwalder pai, acompanhado pelo seu filho também chamado Peter, e por Edward Whymper, ganhou o cotovelo pela aresta de Hörnli. Mais acima dirigiram-se para a face norte. Edward Whymper foi o primeiro a atingir o cume e para esse fim cortou a corda e poder assim, quase correndo, ser o primeiro a lá chegar. Foi seguido pelo seu guia Michel Croz de Chamonix, que achou por bem não o deixar partir em solitário. Mais lentamente foram chegando os outros composto pelo reverendo Charles Hudson, Lord Francis Douglas, Douglas R. Hadow, o grupo dos ingleses, assim que Peter Taugwalder e o filho.
Na descida, os quatro primeiros da cordada (Croz, Hadow, Hudson e Douglas), fizeram uma queda mortal ao longo da face norte, acima do famoso "cotovelo".

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