sábado, dezembro 30, 2017

Saddam foi (barbaramente) executado há onze anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003 e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma dos principais lideres ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath com sede em Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual criou uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
Como vice-presidente do enfermo General Ahmed Hassan al-Bakr e numa época em que muitos grupos eram considerados capazes de derrubar o governo, Saddam criou forças de segurança através do qual controlou rigidamente o conflito entre o governo e as forças armadas. No início dos anos 70, Saddam nacionalizou o petróleo e outras indústrias. Os bancos estatais foram postos sob o seu controle, deixando o sistema eventualmente insolvente, principalmente devido à Guerra Irão-Iraque, à Guerra do Golfo e às sanções da ONU. Até ao fim da década de 70 Saddam cimentou a sua autoridade sobre o aparelho de estado com os lucros obtidos do petróleo, que ajudou a economia do Iraque a crescer a um ritmo rápido. As posições de poder no país foram preenchidas pelos sunitas, uma minoria com apenas um quinto da população.
Saddam suprimiu vários ameaças, especialmente de movimentos xiitas e curdos que pretendiam derrubar o governo ou ganhar a independência, respectivamente. Saddam manteve o poder durante a Guerra Irão-Iraque de 1980 a 1988. Em 1990, ele invadiu e saqueou o Kuwait. Uma coligação internacional interveio, para libertar o Kuwait na Guerra do Golfo de 1991, mas não pôs fim a ditadura de Saddam. Enquanto alguns o veneravam pela sua postura agressiva contra Israel, incluindo o ataque com mísseis em alvos israelitas, foi amplamente condenado pela brutalidade de sua ditadura.
Em março de 2003, uma coligação de países liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido invadiu o Iraque para depor Saddam, depois do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush  ter acusado o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma aparente transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003, na Operação Red Dawn, o julgamento de Saddam ocorreu sob o mandato do novo governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado, por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982, à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.


Em 30 de dezembro de 2006, foi levado do cárcere para ser executado. O governo iraquiano lançou um vídeo oficial da sua execução, mostrando-o a ser levado para a forca, e terminando depois que a sua cabeça já estava no laço do carrasco. Saddam foi executado na presença de um clérigo, um médico e um juiz, além de um grande número de testemunhas, todos de origem iraquiana.
Num vídeo filmado com um telemóvel, no momento da execução, ouve-se o ex-líder iraquiano enfrentando dialeticamente os seus carrascos. Saddam Hussein recusou que cobrissem a sua cabeça com um capuz antes do enforcamento e disse a frase da profissão de lei islâmica: "Não há outro Deus senão Alá e Maomé é seu profeta".
Várias controvérsias internacionais públicas surgiram quando uma gravação não autorizada de telemóvel do enforcamento mostrou-o caindo pelo alçapão do patíbulo. A alegada atmosfera pouco profissional e indigna da execução provocou críticas em todo o mundo, tanto de nações que se opõem como as que apoiam a pena capital. Em 31 de dezembro de 2006, o corpo de Saddam Hussein foi devolvido ao seu local de nascimento de Al-Awja, perto de Tikrit, e foi sepultado perto do túmulo dos outros membros da família. O corpo de Saddam nunca foi mostrado.

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