Arquipélago de Gulag é provavelmente a mais forte e a certamente a mais influente obra sobre como funcionavam os gulags (campos de concentração e de trabalho forçado na antiga União Soviética) nos tempos de Estaline.
“ | Dedico este livro a todos quantos a vida não chegou para o relatar. Que eles me perdoem por não ter visto tudo, por não ter recordado tudo, por não me ter apercebido de tudo. | ” |
Escrito por Alexander Soljenítsin,
o livro de cerca de 600 páginas é uma narrativa sobre factos que foram
presenciados pelo autor, prisioneiro durante onze anos, em Kolima, num
dos campos do arquipélago, e por duzentas e trinta e sete pessoas, que
confiaram as suas cartas e relatos ao autor.
“ | Kolima era a maior e a mais célebre ilha, o pólo de ferocidade desse assombroso Arquipélago de GULAG, desgarrado pela geografia num arquipélago, mas psicologicamente ligado ao continente, a esse quase invisível, quase intangível país habitado pelo povo zek. | ” |
Escrito entre 1958 a 1967, a obra foi publicada no ocidente (em Paris) no ano de 1973 (a 28 de dezembro) e circulou clandestinamente na União Soviética, numa versão minúscula, escondida, até à sua publicação oficial no ano de 1989.
"GULag" é um acrónimo em russo para o termo: "Direção Principal (ou Administração) dos Campos de Trabalho Corretivo" ("Glavnoye Upravleniye Ispravitelno-trudovykh Lagerey"), um nome burocrático para este sistema de campos de concentração.
O título original em russo do livro era "Arkhipelag GULag". A
palavra arquipélago relaciona-se ao sistema de campos de trabalho
forçado espalhados por toda a União Soviética como uma vasta corrente de ilhas, conhecidas apenas por quem fosse destinado a visitá-las.
in Wikipédia
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