Afonso de Albuquerque (Alhandra, 1453 — Goa, 16 de Dezembro de 1515), nomeado O Grande, César do Oriente, Leão dos Mares, o Terribil e o Marte Português, foi um fidalgo, militar e o segundo governador da Índia portuguesa cujas acções militares e políticas foram determinantes para o estabelecimento do império português no oceano Índico.
Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico - no Atlântico, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e oceano Pacífico - construindo uma cadeia de fortalezas em pontos chave para transformar este oceano num mare clausum português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados hindus.
Destacou-se tanto pela ferocidade em batalha como pelos muitos
contactos diplomáticos que estabeleceu. Nomeado governador após uma
longa carreira militar no Norte de África, em apenas seis anos - os
últimos da sua vida - com uma força nunca superior a quatro mil homens
sucedeu a estabelecer a capital do Estado Português da Índia em Goa; conquistar Malaca, ponto mais oriental do comércio Índico; chegar às ambicionadas "Ilhas das especiarias", as ilhas Molucas; dominar Ormuz, entrada do Golfo Pérsico; e estabelecer contactos diplomáticos com numerosos reinos da Índia, Etiópia, Reino do Sião, Pérsia e até a China. Áden
seria o único ponto estratégico cujo domínio falhou, embora tenha
liderado a primeira frota europeia a navegar no Mar Vermelho, a montante
do estreito Bab-el-Mandeb. Pouco antes da sua morte foi agraciado com o título de vice-rei e "Duque de Goa" pelo Rei D. Manuel I,
que nunca usufruiu, no que foi o primeiro português a receber um título
de além-mar e o primeiro duque nascido fora da família real. Foi o
segundo europeu a fundar uma cidade na Ásia, o primeiro foi Alexandre o
Grande.
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