terça-feira, fevereiro 26, 2008

Software geologicamente interessante

Sugestões interessantes, via mailing-list da GEOPOR:

1.Software gratuito para a construção de logs, desenvolvido pelo departamento de Geologia do Royal Holloway College.
Reports de bugs encontrados no programa são bem vindos!

http://thames.cs.rhul.ac.uk/sedlog/


2. Está disponível através do site www.stratigraphy.org da International Commision on Stratigraphy um programa que cria tabelas estratigráficas com uma panóplia de acessórios como biozonas de vários organismos, variações eustáticas, magnéticas, etc.

http://www.tscreator.com/download.php

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Conferência: Água no Mundo

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Departamento de Geologia

Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT 2008


Conferência:

Água no Mundo
A importância das águas subterrâneas na gestão
dos recursos hídricos à escala planetária

por
Manuel Oliveira da Silva
GeoFCUL: 27 de Fevereiro, 17h00, anfiteatro 6.2.56


Mais informações, resumo das conferências e programa das comemorações em:
http://geologia.fc.ul.pt/


Para mais informações e divulgação da iniciativa, ver documento em pdf disponível em:
http://geologia.fc.ul.pt/documents/78.pdf

Monitorização da deformação do solo com interferometria de difusores permanentes (PSInSAR)

29 de Fevereiro de 2008
Centro de Congressos do Instituto Superior Técnico
Av. Rovisco Pais, Lisboa



Potenciais aplicações:
• Subsidência em áreas urbanas
• Monitorização geotécnica
• Deslizamentos de terras
• Águas subterrâneas
• Microzonagem sísmica

COMISSÃO ORGANIZADORA:
Sandra Heleno ICIST
João Matos IST
Pedro Serrano Certitecna
Ana Paula Falcão IST
Carlos Sousa Oliveira IST
João Fonseca IST

PATROCÍNIO: NPA Satellite Mapping (GMES TERRAFIRMA)

O PSInSAR (“Permanent Scatterers SAR Interferometry”) é uma técnica inovadora de processamento de imagens de satélite que permite a detecção e mapeamento, com alta resolução espacial, de movimentos milimétricos do solo. Estes movimentos podem estar relacionados com fenómenos tão diversos como compactação dos terrenos, deslizamentos de vertente, tectónica activa, variações do nível freático, ou instabilidade de edifícios, estruturas e túneis.
Pretende-se com esta iniciativa apresentar os fundamentos e as potenciais aplicações da técnica PSInSAR.

O seminário é parte das actividades de disseminação do Projecto GMES TERRAFIRMA, coordenado pela NPA Satellite Mapping, no qual o ICIST participa através de um Service Level Agreement.

PROGRAMA
09.00 - Inscrições
09.45 - Abertura
10.00 - O radar na Detecção Remota(Ana Fonseca, LNEC)
10.40 - Interferometria de radar de abertura sintética - InSAR(Paulo Marques, ISEL, IT/IST)
11.20 - Pausa para café
11.40 - PSInSAR – fundamentos e validação(Michele Crosetto, Inst. Geomatica, Barcelona)
12.20 - Análise espacial de resultados PSInSAR(Jorge de Sousa, CERENA/IST)
13.30 - Almoço (Hotel Holiday Inn)
15.00 - O PSInSAR vs. técnicas geodésicas convencionais(João Matos, ICIST/IST)
15.40 - Terrafirma Project – Some case studies(Nigel Press, NPA, Reino Unido)
16.20 - Pausa para café
16.40 - Resultados do projecto TERRAFIRMA em Lisboa(Sandra Heleno, ICIST/IST)
17.20 - Discussão
18.00 - Encerramento


PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONTACTAR:

Sónia Martins, tel. 218418349, soniam@civil.ist.utl.pt
Sandra Heleno, sandra.heleno@ist.utl.pt
Sobre o Projecto TERRAFIRMA: www.terrafirma.eu.com

Call for participation to session GHZ-09

Call for participation to session GHZ-09

Dark Nature Project: Natural hazards and Environmental Catastrophes in the
late Holocene

The International Geological Congress, known as 33IGC, is scheduled for Oslo, Norway, from August 6-14, 2008.

Scientists worldwide are encouraged to submit abstracts for the Dark Nature symposium and participate in oral and poster sessions.

Abstracts should be submitted through the IGC 33 web site by Feb. 29, 2008, at 24:00. Please specify that your abstract is for Dark Nature, code GHZ-09

The conveners are:
- suzanne leroy
- alessandro michetti
- leonello serva

For information about abstract submission, meeting registration, and the IGC
33 science program, please visit http://www.33igc.org

domingo, fevereiro 24, 2008

Jornadas Científicas de Espeleologia

A Federação Portuguesa de Espeleologia, tem a honra e o prazer de o convidar, a participar nas "Jornadas Científicas de Espeleologia - Maciço Calcário Estremenho 2008", a realizar em na cidade de Leiria, de 1 a 4 de Maio.

Um evento da Comissão Científica da FPE, com a co-organização do Núcleo de Espeleologia de Leiria e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria.

Durante 4 dias, o participante terá a oportunidade de assistir, experimentar e aprender sobre as mais variadas Ciências das Grutas.


Inscrições:
Sócios de associadas da FPE: GRÁTIS
Estudantes: 15 €
Outros: 20 €
Inscrições e dúvidas: ciencia@fpe-espeleo.org
Web: http://www.fpe-espeleo.org/

in Blog GeoLeiria

LPN: Avaliação de Impactes Ambientais: uma verdade difícil!

25 Fevereiro de 2008
Museu República e Resistência
Rua Alberto de Sousa, n.º 10 A, Lisboa


O processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) tem falhas cada vez mais evidentes e contestadas. Exemplo disso são, por vezes, a duvidosa isenção e competência de quem elabora os estudos, a qualidade técnica destes, os critérios de avaliação (das comissões), o processo de consulta pública, a pós-avaliação, a aprovação de projectos contra pareceres técnicos claramente contra, ou a sua aprovação atropelando espaços e espécies supostamente protegidas pelo direito nacional e comunitário, em particular quanto há pressão da tutela nos projectos ditos de interesse público.

Museu República e Resistência - Lisboa

O processo de AIA é mesmo considerado por alguns simplesmente burocrático, teórico e inútil. Um mero pró-forma legal que retarda a aprovação de projectos, sem credibilidade aos olhos dos promotores e da sociedade civil.
Porque não funciona na prática o processo de AIA, cumprindo realmente os objectivos para os quais foi definido? Será possível solucionar as falhas existentes? O que fazer?


Entrada Gratuita
17.00-19.30 horas

Mediante inscrição prévia
Telefone:21 778 00 97
Correio electrónico: anasofia.ribeiro@lpn.pt


Oradores convidados
António Gonçalves Henriques
APA


João Joanaz de Mello
FCT-UNL


Manuel Duarte
Inovação e Projectos em Ambiente



Moderador
Henrique Cabral
LPN

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Poesia

Hoje, dia de longa noite para os que irão ver o Eclipse, vamos pôr aqui um poema inédito de homenagem aos que pouco vão dormir...


Noite

Silenciosa, a noite, impôs os seus ditames:
pintou o horizonte a pastel, primeiro a fogo
depois a azul, púrpura e negro.

Mandou calar as cotovias e melros
e semeou de estrelas o Céu.
Assustou as crianças e arrefeceu as casas com a sua sombra.

E depois, dona de meio Mundo, adormeceu em paz.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Actividade de Observação - Eclipse de 21.02.2008


Na noite de 20 para 21 de Fevereiro de 2008 ocorrerá um Eclipse Total da Lua que iremos observar na Senhora do Monte, logo depois das Antenas de Rádio, entre as 23.00 e as 04.00 horas e se as condições climatéricas o permitirem e enquanto houver interessados.

NOTA 1: Link para o Cartaz (é favor divulgar...) - AQUI.

NOTA 2: Para conseguirem localizar fica aqui ainda um mapa interactivo GoogleMaps (o ponto B é o local da observação - usar o + e - para aumentar a área ou diminuir e o rato para ir para outros locais):


Ver mapa maior

NOTA 3: Mais informação sobre eclipses AQUI.

Post originalmente publicado no Blog AstroLeiria

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Professores - A mesma luta em todo o país!

Professores de luto na escola
2008/02/14

Os professores da Escola Básica Integrada de Eixo, Aveiro, marcaram para esta quinta-feira às 10.00 horas uma concentração à porta do estabelecimento de ensino, vestidos de preto.

António Duarte Morais, do Agrupamento de Escolas de Eixo, escreveu numa carta a todos os professores: «todos os dias irei para a escola vestindo uma T-Shirt preta com a seguinte inscrição em letras brancas na parte da frente: “Estou de luto pela Educação” e na parte detrás da mesma “Estou em luta pela Educação”. Espero que todos os colegas adiram a esta forma de resistência, mas a sua adesão pode eventualmente ser mais subtil e discreta. Cada docente poderá usar apenas um fato preto, ou uma bracelete preta, ou um lenço preto ou qualquer outro adereço. O importante é que o mesmo seja preto e se distinga do resto da indumentária, para que seja evidente para todos os que nos rodeiam que estamos de luto».

O "Movimento de Luto" começou há duas semanas, e o mesmo professor do 2º Ciclo do Ensino Básico anuncia que os docentes estão contra uma «catadupa incessante e incontinente de legislação tem sido emanada directamente do Ministério de Educação para ser implementada com uma velocidade estonteante e virtualmente impossível de cumprir, pondo mesmo em risco real o normal funcionamento das actividades lectivas».

Num "Manifesto convivencial ou a arte de resistir" escreve ainda: «Pensava eu que o aluno era um ser humano único e irrepetível, um tesouro incomensurável que nunca poderia ser reduzido à dimensão de um objecto, pela sua transcendência e grandeza. Afinal estava enganado!

Pensava eu que a relação pedagógica se revestia de um carácter extraordinário, quase miraculoso. Julgava que o professor era muito mais que um mero executante ou manipulador de objectos. Concebia o professor como um ser especial com a mais digna e nobre missão: ajudar a formar pessoas. Confesso que estava errado nos meus pressupostos.

No início da legislatura, a Sra. Ministra utilizou um argumento absolutamente definidor da sua concepção de Educação. O investimento no ensino cresceu – dizia – nos últimos vinte anos tanto por cento (não me lembro quanto!) e o sucesso escolar não acompanhou esse crescimento; retirava daí o seguinte corolário: os professores são culpados e devemos fazer com que os professores produzam mais sucesso. Para que os professores se tornem mais produtivos devem passar mais tempo nas escolas e em paralelo é necessário que os alunos também passem mais tempo a aprender(...)».

in On Line News - ver notícia

NOTA: Post conjunto com o Blog Em defesa da Escola Pública.

Cupid's Day

À minha namorada e esposa, com amor...

UN DÍA


A tí, amor, este día
a tí te lo consagro.
Nació azul, con un ala
blanca en mitad del cielo.
Llegó la luz
a la inmovilidad de los cipreses.
Los seres diminutos
salieron a la orilla del sol en una piedra.
Y el día sigue azul
hasta que entre en la noche como un río
y haga temblar la sombra con sus aguas azules.
A tí, amor, este día.

Apenas, desde lejos, desde el sueño,
lo presentí y apenas
me tocó su tejido
de red incalculable
yo pensé: es para ella.
Fue un latido de plata,
fue sobre el mar volando un pez azul,
fue un contacto de arenas deslumbrantes,
fue el vuelo de una flecha
que entre el cielo y la tierra
atravesó mi sangre
y como un rayo recogí en mi cuerpo
la desbordada claridad del día.

Es para tí, amor mío.

Yo dije: es para ella.
Este vestido es suyo.
El relámpago azul que se detuvo
sobre el agua y la tierra
a tí te lo consagro.

A tí, amor, este día.

Como una copa eléctrica
o una corola de agua temblorosa,
levántalo en tus manos,
bébelo con los ojos y la boca,
derrámalo en tus venas para que arda
la misma luz en tu sangre y en la mía.

Yo te doy este día
con todo lo que traiga:
las transparentes uvas de zafiro
y la ráfaga rota
que acerque a tu ventana
los dolores del mundo.

Yo te doy todo el día.
De claridad y de dolor haremos
el pan de nuestra vida,
sin rechazar lo que nos traiga el viento
ni recoger sólo la luz del cielo,
sino las cifras ásperas
de la sombra en la tierra.

Todo te pertenece.
Todo este día con su azul racimo
y la secreta lágrima de sangre
que tú encontrarás en la tierra.

Y no te cegará la oscuridad
ni la luz deslumbrante:
de este amasijo humano
están hechas las vidas
y de este pan del hombre comeremos.

Y nuestro amor hecho de luz oscura
y de sombra radiante
será como este día vencedor
que entrará como un río
de claridad en medio de la noche.

Toma este díá, amada.
Todo este día es tuyo.

Se lo doy a tus ojos, amor mío,
se lo doy a tu pecho,
te lo dejo en las manos y en el pelo,
como un ramo celeste.
Te lo doy para que hagas un vestido
de plata azul y de agua.
Cuando llegue
la noche que este día inundará
con su red temblorosa,
tiéndete junto a mí,
tócame y cúbreme
con todos los tejidos estrellados
de la luz y la sombra
y cierra tus ojos entonces
para que yo me duerma.

in Las uvas y el viento, Pablo Neruda

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Não esquecer - 6ª-feira há Reunião de professores em Leiria

6ª feira, 15/2, 18 horas, nova reunião do Movimento...



REUNIÃO IMPORTANTE


6ª feira, 15/2, 18 horas,

nova reunião

Movimento de Escolas e de professores de Leiria

Em defesa da Escola Pública


na Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo


Participação aberta a todos os professores de todos os graus de ensino

e a representantes de Escolas


Passa a palavra! Traz outro amigo também!

NOTA: Post conjunto com o Blog Em defesa da Escola Pública.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Charles Darwin nasceu há 199 anos

Charles Robert Darwin (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da selecção natural e sexual. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na Biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.

Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do Beagle e textos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. As suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Selecção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele confiou-as apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objecções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta da teoria em 1858.

No seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de selecção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele ingressou na Royal Society e continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais, incluindo a espécie humana, v.g. "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" (The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex, 1871) e "A Expressão da Emoção em Homens e Animais" (The Expression of the Emotions in Man and Animals, 1872).

Como reconhecimento do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo das sepulturas de Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton.

Adaptado do artigo sobre Charles Darwin da Wikipédia

Ministério da Educação forçado a suspender Avaliação dos Professores

0528a.jpg

Cartoon do Antero - Blog Anterozóide

Comunicado da FENPROF:


M.E. FOI OBRIGADO A SUSPENDER PRAZOS DA AVALIAÇÃO E TERÁ, AGORA, DE CUMPRIR REQUISITOS EM FALTA!

O Ministério da Educação conheceu um sério revés na sua intenção de impor prazos apertados e ilegais para que as escolas aprovassem os instrumentos de registo e os indicadores de medida no âmbito da avaliação de desempenho dos docentes (até 25 de Fevereiro) e se fixassem os objectivos individuais de avaliação (até 10 de Março). É que, na sequência da interposição de 5 providências cautelares (4 das quais interpostas pela FENPROF), foi suspensa a aplicação do despacho que atribuía à presidente do CCAP as funções de todo o conselho científico (e que, em anexo, divulgava recomendações que não foram elaboradas pelo CCAP), bem como do que estabelecia os novos prazos intermédios a respeitar pelas escolas.

Mantém, contudo, os prazos finais, já previstos na lei, para a classificação dos docentes com base nas fichas de avaliação: final deste ano lectivo para os contratados; final do próximo ano lectivo para os docentes dos quadros.

Informou o ME, agora, que a utilização de prazos mais largos do que os que, entretanto, foram suspensos, exigirá uma justificação por parte das escolas. Ora, essas justificações são, para os professores, as que constam das inúmeras posições aprovadas pelas escolas e assumidas pela FENPROF nesta batalha jurídica em curso.

De facto, para que os procedimentos de avaliação, a aprovar em cada escola, tivessem lugar seria necessário que:

- o conselho científico para a avaliação dos professores tivesse sido constituído;

- este conselho tivesse elaborado, aprovado e divulgado as recomendações referidas no Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro;

- as escolas tivessem podido alterar aspectos relevantes dos seus Projectos Educativos e Regulamentos Internos;

- fossem conhecidas as fichas de avaliação e as ponderações dos parâmetros classificativos, sabendo-se que estas ainda se encontram em fase de negociação, não sendo sequer conhecidos os projectos de algumas delas;

- tivessem sido testadas as fichas de avaliação para que se conhecessem eventuais perversões e erros, alguns dos quais já detectados e denunciados pela FENPROF;

- fosse conhecida a forma de avaliação de todos os docentes, designadamente dos presidentes dos órgãos de gestão, dos directores dos centros de formação, dos coordenadores de departamento (desconhece-se, ainda, os termos da avaliação que é da responsabilidade da IGE), dos docentes em situação de mobilidade…

- estivessem definidos os moldes de implementação e acompanhamento de todo o processo, que é da responsabilidade do CCAP em articulação com a IGE.

É neste quadro que a FENPROF exige o adiamento do processo de avaliação, por não estarem reunidas as condições para que este avance.

Depois de o ME ter anunciado a suspensão dos prazos intermédios da avaliação, nada se alterou, por não se terem reunido as condições que faltavam.

Em suma, após começar a ser notificado, na sequência das providências cautelares apresentadas, o ME fez o inevitável e sacode agora as responsabilidades para as escolas. Ao mesmo tempo, faz chantagem, passando a ideia de que, sem avaliação no final do ano, os professores contratados poderão perder tempo de serviço. O que o ME não diz é que tal só acontecerá se for essa a intenção política dos responsáveis ministeriais.

A FENPROF reitera a posição já tornada pública:

1. O novo regime de avaliação não deverá ser aplicado este ano;

2. O ME deverá tornar claros todos os quadros legais e instrumentos de avaliação, indispensáveis para o trabalho das escolas;

3. As escolas deverão ter o tempo necessário para, no quadro de um amplo debate a realizar pelos seus órgãos, serem tomadas as medidas de carácter organizacional que são indispensáveis;

4. As fichas de avaliação deverão continuar a ser negociadas com os Sindicatos, devendo ser conhecidos, também, os termos em que serão avaliados todos os docentes;

5. Até final do ano lectivo deverão ser testadas as fichas, para que possam ser corrigidas em função do resultado desse teste;

6. Ao ME caberá garantir que, por razões que são da sua exclusiva responsabilidade, não haverá qualquer perda de tempo de serviço para os docentes. Na R. A. Açores, onde as novas fichas regionais de avaliação estão a ser testadas, aplica-se, provisoriamente, o regime de avaliação que vigorou até à entrada em vigor do novo ECD.

Ao contrário do que tem sido referido por responsáveis ministeriais, a FENPROF já formalizou estas propostas, no dia 8 de Fevereiro, junto da Ministra da Educação, aguardando uma resposta da tutela. A FENPROF está disponível para negociar estas medidas de carácter transitório, mas reafirma que o Conselho das Escolas, com quem o ME tem reunido sobre esta matéria, não representa professores, não substitui as organizações sindicais, nem a sua natureza lhe atribui qualquer competência negocial.

Por fim, a FENPROF exorta as escolas a prosseguirem na aprovação de posições que reforcem as que, justamente, têm vindo a ser aprovadas e apela a que nenhuma escola incorra em procedimentos ilegais, por exemplo, aprovando instrumentos internos de avaliação que, por força das providências cautelares interpostas, seriam de validade nula.


Lisboa, 11 de Fevereiro de 2008

O Secretariado Nacional

Tribunal trava avaliação de professores

Em Leiria os professores estão a organizar-se para defender a Escola Pública e a dignidade de uma profissão que amam... Dentro da comunidade de docentes foi decidido que nos iremos reunir na próxima 6ª-feira, às 18.00 horas na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, para debater livremente a maneira de obstar à tentativa de destruição da Escola Pública e da sanidade mental dos que nela diariamente labutam. Eis o texto, retirado do Blog Em defesa da Escola Pública, que mostra a nossa revolta e a nossa esperança:


Só a união nos dará força
Só a união de todos os professores pode combater este indigno e inexequível processo. Os tribunais suspenderam-no totalmente. Curiosamente, só a Ministra pensa estar acima dos tribunais, "legislando" nos media.

Por isso, dentro de toda a legalidade, os professores devem dar o seu contributo para este modelo de avaliação, isto é, dizendo que não serve para os Professores, para a Educação, nem para o ambiente de tranquilidade das Escolas.

Como? Aprovando em reuniões de departamento as moções que manifestem o seu repúdio pela actual proposta ministerial e a vontade de ter uma avaliação diferente, desburocratizada, exequível e formativa.

O Conselho de Escolas (um órgão consultivo do Ministério da Educação, constituído com o objectivo de contribuir para uma participação mais efectiva das escolas na definição da política educativa) já tinha manifestado a sua convicção de que este modelo de avaliação não era exequível e que continha inúmeras ilegalidades. O que fez a Ministra? Não lhe deu ouvidos!

Os Tribunais, finalmente, puseram um ponto de ordem a esta insane e pérfida tentativa de humilhar os Professores.

Os professores estão, sempre estiveram, dentro da legalidade. Fora dela, tentando sobreviver, estão a Ministra da Educação e seus Secretários.

Formação em Astronomia em Leiria - 16 e 17 de Fevereiro


Vamos fazer, no próximo fim-de-semana (dias 16 e 17 de Fevereiro de 2008), conforme nós aqui anteriormente anunciámos, na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, uma Acção de Formação, não-creditada, para professores, na área da Astronomia. Esta será dada pela astrónoma Maria Luísa Almeida, do PT-HOU (http://www.pt.euhou.net/) e NUCLIO-Núcleo Interactivo de Astronomia(http://www.nuclio.pt/) e é especialmente dirigida a professores de Físico-Química, Biologia/Geologia, Geografia, Matemática e/ou de outros grupos de docência, desde que interessados em Astronomia, observações astronómicas, controlo remoto de telescópios e astrofotografia.

Recorda-se que se aceitam inscrições (no máximo 20 professores) até à véspera (15.02.2008) às 16.00 horas, para o e-mail (fernando.oliveira.martins@gmail.com) ou Fax (244 854 019), indicando Nome, Grupo Disciplinar, e-mail e Escola onde leccionam.

O Programa (ainda provisório, dependendo das características e área de ensino dos participantes) será o seguinte:

Sábado, 16 de Fevereiro de 2008
09.45 – 10.00: Recepção e apresentação dos participantes;
10.00 – 10.15: Apresentação do projecto Hands-On Universe: EU-HOU e G-HOU
10.15 – 11.30: Software de manuseamento de imagens astronómicas SalsaJ;
11.30 – 11.45: Intervalo para café;
11.45 – 13.15: Telescópios ópticos operados remotamente: planeamento e observação;
13.15 – 14.45: Intervalo para almoço;
14.45 – 16.15: Exercício “Distâncias no Universo” (Cefeidas);
16.15 – 16.30: Intervalo para café;
16.30 – 18.00: Exercício “A vida das estrelas e os seus espectros” (SpectraJ).

Domingo, 17 de Fevereiro de 2008
10.00 – 11.30: Exercício “A massa de uma galáxia”;
11.30 – 11.45: Intervalo para café;
11.45 – 13.15: Exercício “Detecção de planetas extra-solares”;
13.15 – 14.45: Intervalo para almoço;
14.45 – 16.15: Exercício “Os braços espirais da nossa galáxia”;
16.15 – 16.30: Intervalo para café;
16.30 – 17.30: Projectos: supernovas e descoberta de asteróides
17.30 – 18.00: Propostas de projectos de investigação científica nas Escolas;
18.00 – 18.15: Encerramento.

Pede-se às pessoas que divulguem a actividade e se inscrevam...

LINKS:
NOTA: Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Movimento de Professores Revoltados

Mais um grupo decidido a actuar em defesa da escola pública


COLEGAS PROFESSORES!

De uma vez por todas VAMO-NOS UNIR!

O FUTURO não será cor-de-rosa e 'estranhamente' temos consciência disso ... e estamos a ser coniventes. Sempre concordamos que os Sindicatos nada fazem ... e nós? Somos o MPR - Movimento Professores Revoltados, formado inicialmente por um pequeno grupo de professores INCONFORMADOS e a espalhar-se POR TODO O PAÍS com uma ENORME e galopante adesão.

REENVIEM para TODOS os vossos contactos de professores os endereços do E-MAIL (movimentoprofesoresrevoltados@gmail.com) e do BLOG (http://movimentoprofessoresrevoltados.blogspot.com) com o propósito de mobilizar TODO O CORPO DOCENTE para as iniciativas que nos propomos desenvolver.

Consultem com regularidade o BLOG, comentem e/ou enviem artigos vossos para o nosso e-mail.

Este BLOG pretende ser uma FORÇA ACTIVA!

REENVIEM este e-mail, comentem com os vossos colegas na escola, COLABOREM por um OBJECTIVO ÚNICO!

VAMOS LUTAR!


Atenciosamente,
Movimento Professores Revoltados.

27 ano do Departamento de Geologia da Universidade de Lisboa

Via mailing-list da GEOPOR, com os nossos parabéns à Instituição e as pessoas que a constituem:

Estimados Colegas, Funcionários Não Docentes, Colaboradores e Estudantes:

Como é do vosso conhecimento, o Departamento de Geologia cumpre 27 anos de existência no próximo dia 4 de Fevereiro. Atendendo a que, este ano, a data em causa coincide com a pausa lectiva (Férias de Carnaval - 3 a 9 de Fevereiro) a Comissão Executiva decidiu adiar o evento comemorativo para o dia 12 (3ªfeira). Assim, temos a honra de convidá-lo(a) a participar nas comemorações do aniversário do GeoFCUL, dia 12 de Fevereiro, com o seguinte programa:

1) 10h30-11h30 (Sala 6.1.36) - Conferência proferida pelo Professor Doutor António Ribeiro, subordinada ao tema "Evolução Geodinâmica Ante-Mesozóica do SW Europeu".

2) 11h45-12h30 (Sala 6.1.36) - Entrega de Menções Honrosas aos Licenciados em Geologia no ano 2006/07 com melhor classificação.

3) 13h00- Almoço de confraternização (espaço bar do C6).

Solicita-se a todos os interessados em participar no almoço que manifestem a sua intenção junto da Sr.ª D. Cleta Melo até ao próximo dia 6 de Fevereiro.

O custo do almoço por pessoa é de EUR 20,00.


Com os melhores cumprimentos,

A Comissão Executiva do Departamento
António Mateus

Dep. Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa
Edificio C6, Piso 4
Campo Grande
1749-016 Lisboa
Portugal

Tel: 351-217.500.066 (ext 26449); 351-217.500.373
Fax: 351-217.500.064

Mais informações AQUI.

Pegadas de dinossáurio ibéricas candidatadas a Património Mundial

Portugal e Espanha apresentaram, no dia 31.01.2008, candidatura conjunta de jazidas com pegadas de dinossáurio ibéricas a Património Mundial da UNESCO

Icnofóssil de pegada de dinossauro terópode
Vale de Meios. Jurássico
CMS/2007
 
A candidatura:

As jazidas fossilíferas com pegadas de dinossauros encontradas na Península Ibérica foram apresentadas à UNESCO para classificação como Património da Humanidade.

A candidatura das jazidas portuguesas foi coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente com base na investigação paleoicnológica desenvolvida pela paleontóloga Vanda Santos, do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa (e diplomada do GeoFCUL).

As jazidas portuguesas incluidas na candidatura são: Pedreira do Galinha e Vale de Meios (ver foto da manchete), ambas no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, e Pedra da Mua, no Parque Natural da Arrábida, toda elas de idade jurássica.

"As jazidas com pegadas de dinossauros constituem locais de excepcional interesse geológico e paleontológico e têm valor universal do ponto de vista científico, didático e patrimonial, pois constituem relevantes vestígios de locomoção de dinossauros", afirmou a Comissão Nacional da Unesco de Portugal.

"Outros trilhos, que por razões de ordem técnica não puderam nesta fase ser incluídos na candidatura, oportunamente serão objeto de uma adenda à presente proposta", acrescentou, ainda, a comissão.

A candidatura, apresentada no dia 31 de Janeiro, deve ser analisada na sessão de 2009 do Comité do Património Mundial, que decidirá sobre a sua integração na Lista do Património Mundial da UNESCO.

 
O GeoFCUL e as jazidas de pegadas de dinossáurios:

Várias actividades desenvolvidas pelo GeoFCUL envolvem as jazidas de pegadas de dinossáurios agora apresentadas para classificação como património mundial:
 
  
Para saber mais sobre este tema:
 


CMS/06.02.2008
  
in site GeoFCUL - ver notícia

domingo, fevereiro 10, 2008

Fizemos Asneira, Vocês Que Se Desenrasquem

Do Blog A Educação do meu Umbigo publicamos o seguinte post, de autoria de Paulo Guinote (um professor de esquerda moderada, que um dia destes há-de explicar a frase do final do post...), recomendando a leitura dos comentários:

Ontem já não andei por aqui a tempo para conhecer a tardia decisão do ME (reuniões ao sábado? isto é que é produtividade!), em aparente consenso com o Conselho de Escolas, para lançar borda fora os prazos que, Maria de Lurdes e Jorge o diziam, seriam para cumprir, porque tudo estava a correr bem e as escolas não precisavam mesmo nada de saber mais do que aquilo que o ME ia conseguindo produzir a conta-gotas e contra os prazos que o próprio definira.

Hoje pela manhã o Público confirma que:

Ministério da Educação alarga margem de manobra para avaliação de professores

As datas para que as classificações dos professores sejam expressas mantêm-se, mas a maneira como cada escola irá organizar-se para cumprir essa avaliação poderá ser mais flexível e não obedecer aos prazos intermédios previstos. A decisão foi ontem anunciada pelo Ministério da Educação (ME).
“Vamos dar às escolas liberdade de se organizar, desde que respeitem os objectivos decisivos”, disse ao PÚBLICO o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, depois de uma reunião com a direcção do Conselho das Escolas (órgão consultivo do ME que representa todos os estabelecimentos de ensino).
Nas datas das classificações - o final deste ano lectivo para os professores contratados e o do próximo para os outros - “não há qualquer adiamento”, mantém Jorge Pedreira. Pelo meio é que será possível gerir etapas, sempre que as escolas “fundamentarem a impossibilidade que têm de cumprir” metas calendarizadas.

Esta decisão, o modo como é apresentada e a metodologia usada para lá chegar merecem variadíssimos comentários que certamente não se esgotam num post.

  • Antes de mais o facto do ME usar o Conselho de Escolas como o seu interlocutor para esta matéria visa anular o efeito do parecer negativo deste órgão sobre o processo de avaliação e, por outro lado, co-responsabilizá-lo pela decisão em curso, como se o único problema fossem os prazos e não a metodologia a seguir no processo de avaliação e o CE validasse tudo o resto. Se calhar até valida (por iso é que não gosto de pareceres demasiado abrangente e indefinidos).
  • Em seguida, usa-se novamente o sistema de fazer letra morta do que foi legislado em decreto-lei, ficando eu na expectativa da forma como o ME verterá em diploma a decisão agora tomada.
  • Para além disso, repara-se como o Governo passou a enveredar pelo «recuo, não recuando», expresso nas lamentáveis declarações que sucessivamente Jorge Pedreira vai fazendo sobre todos os assuntos em agenda, começando a ultrapassar Mário Lino em ziguezagues retóricos. Afinidades, respeitinhos, obediências à parte, Jorge Pedreira já deveria ter-se ido embora depois do lamentável desempenho, tanto por ocasião do ECD, como pela chantagem implícita sobre o processo de avaliação e culminando agora neste exuberante flik-flak à retaguarda, quando confrontado com as suas firmes afirmações em contrário proferidas ainda esta semana. Como sempre, continuo a ter dificuldade em distinguir uma mentira política de outro tipo de mentiras. Sei que é feitio ou defeito meu, mas assumo-o. Mas verdade seja dita que Valter lemos também ainda lá está de pedra e C.a, depois de ter assinado despachos sucessivamente desautorizados pelos Tribunais.
  • Entretanto, é óbvio que a medida actual visa apenas ganhar tempo, um pouco de fôlego e apagar a contestação em algumas instâncias das escolas, nomeadamente os seus órgãos de gestão que o Conselho de Escolas representará. Claro que este recuo é um recuo. Mas também é verdade que é um mero recuo táctico que não implica uma mudança de estratégia. O Ministério falhou fragorosamente na implementação no novo modelo de avaliação dos professores (começando desde logo pela admissão da incapacidade de avaliar os avaliadores, seguindo-se depois a incapacidade para colocar em funcionamento o CCAP e agora admitindo que definiu prazos sem sentido para todo o processo). Mas o objectivo é que em 2009 os professores estejam todos manietados pela avaliação, a qual estará dependente da avaliação dos seus alunos e, dessa forma, condicionando os resultados finais no ano lectivo de 2008-09, que são aqueles que se pretendem apresentar em cima das eleições.
  • Para tudo isto usou-se o método chico-esperto do tuga desenrascado: fizemos isto mal, errámos em grande, mas afinal está tudo bem, vocês que se desenrasquem, porque os vossos representantes acham que isto é apenas uma questão de prazos.

Agora fica a questão essencial: o Conselho de Escolas concorda com isto? Acha que só os prazos estão errados? Que tudo o mais está certo e assenta numa metodologia correcta? Se assim for, penso que o Conselho de Escolas representa realmente a minoria dos adesivos que apenas receia não ter tempo para desenhar as grelhas com todos os requintes, com o bold certo nos títulos e os destaques a cor nos sítios certos. Certamente não representa as “Escolas” e está apenas tenta diminuir a tensão causada pelas posições demasiado “autónomas” dos últimos tempos. Porque a questão não está apenas nos prazos, a questão está na forma como este processo pesadamente burocrático tolhe o normal funcionamento do trabalho pedagógico dos docentes. A questão está na necessidade de repensar o modelo e os critérios usados para a avaliação. Enquanto o CE não tiver coragem - ou não achar necessidade nisso - para apontar os erros do modelo, discutir prazos não passa de peanuts, porque tudo dará no mesmo.

Entretanto, acredito «sem a mínima dúvida» que mesmo tendo sido ao sábado, a Presidência da República tenha «acompanhado» mais esta evolução na área da Educação.

(volta Santana, porque afinal…)

Posted by Paulo Guinote under (In)Competência, Avaliação, Coerências, Docentes, Educação, Inversões de Marcha, Truques

De vitória em vitória - é bom ver um SE assumir os erros

Decisão depois de reunião com Conselho das Escolas
Ministério da Educação alarga margem de manobra para avaliação de professores
10.02.2008 - 09h09 Bárbara Simões

As datas para que as classificações dos professores sejam expressas mantêm-se, mas a maneira como cada escola irá organizar-se para cumprir essa avaliação poderá ser mais flexível e não obedecer aos prazos intermédios previstos. A decisão foi ontem anunciada pelo Ministério da Educação (ME).

"Vamos dar às escolas liberdade de se organizar, desde que respeitem os objectivos decisivos", disse ao PÚBLICO o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, depois de uma reunião com a direcção do Conselho das Escolas (órgão consultivo do ME que representa todos os estabelecimentos de ensino).

Nas datas das classificações - o final deste ano lectivo para os professores contratados e o do próximo para os outros - "não há qualquer adiamento", mantém Jorge Pedreira. Pelo meio é que será possível gerir etapas, sempre que as escolas "fundamentarem a impossibilidade que têm de cumprir" metas calendarizadas.

Para o próximo dia 25, por exemplo, estava marcado o fim do prazo para os estabelecimentos de ensino aprovarem as grelhas de avaliação e definirem o que será mais valorizado em cada parâmetro.

Para os docentes, a esperança na suspensão dos procedimentos em curso nas escolas, no âmbito deste modelo de avaliação dos professores, foi reforçada, na sexta-feira, pelo Tribunal Administrativo de Lisboa, que aceitou a providência cautelar, interposta por um sindicato (o Sindep), para adiamento da avaliação do desempenho dos professores. Os sindicatos têm defendido que não há condições para avançar com a avaliação no ano lectivo em curso.

A suspeita de ilegalidade que motivou a acção do Sindicato Independente e Democrático dos Professores (Sindep) tem a ver com um despacho do secretário de Estado Jorge Pedreira. Na antiga inspectora-geral da Educação, Conceição Castro Ramos, foram delegadas competências para emitir recomendações atribuídas por lei ao Conselho Científico para a Avaliação dos Professores, ainda por constituir.

A decisão do tribunal "é importantíssima", considera o secretário-geral do Sindep, Carlos Chagas. A suspensão do que está a ser feito "vai ser um facto e só acabará quando todo o processo de acabamento legislativo sobre a avaliação estiver terminado", diz.

A providência cautelar do Sindep é suspensiva e o Ministério da Educação tem 10 dias para responder. Falta agora conhecer o destino das quatro providências cautelares também já entregues - em Coimbra, Lisboa, Porto e Beja - pelos sindicatos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, espera boas notícias para breve: "Na segunda-feira [amanhã] provavelmente teremos informações do que se passou relativamente à de Coimbra", a primeira das quatro a ser entregue. "E tudo indicia que, se tivesse sido indeferida, já teríamos sido informados." A federação contesta a legalidade de três despachos relativos à avaliação do desempenho.

Nogueira vê na decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa "um óptimo sinal para os professores e para as escolas". E lembra que "a eficácia do despacho é suspensa assim que o ME é notificado", pelo que todos os actos entretanto executados, nesse âmbito, nas escolas "são de validade nula".

Já o secretário de Estado Jorge Pedreira desvaloriza a providência cautelar, argumentando que "não trava o processo" em curso. Até porque, defende, "no limite, as recomendações em causa não são um elemento indispensável cuja inexistência implicasse a suspensão do processo de avaliação". O Ministério da Educação responderá ao tribunal no prazo previsto.

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