quinta-feira, novembro 17, 2005

Pré e Proto-história na bacia do Lis


No âmbito de um Mestrado em Evolução Humana do Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra está a decorrer em Leiria, no seu castelo altaneiro, uma Exposição Temporária de 30 de Setembro 2005 a 30 de Março 2006, com entrada gratuíta. Esta é descrita no site da Câmara Municipal de Leiria do seguinte modo:

A extraordinária capacidade de Adaptação Humana aos mais variados ambientes criou, durante milénios, uma relação de simbiose, em que habitantes e habitats se fundiam num só” é a frase que introduz o visitante nesta viagem pela Arqueologia e Evolução Humana.

A iniciativa surge, em primeiro lugar, como um balanço actualizado, dos imensos trabalhos arqueológicos desenvolvidos ao longo dos últimos anos, na região de Leiria e que revelaram novos dados de grande importância no contexto dos conhecimentos relativos à ocupação humana destes territórios.

Muitas são as vertentes da arqueologia que têm convivido em Leiria, desde a municipal (através da Oficina de Arqueologia, criada em 2003), passando por investigadores dos meios académicos, até aos muitos trabalhos de emergência ou de minimização de impactos patrimoniais em acompanhamentos de obra.

Destas intervenções, que englobam cronologias desde a Pré-história Antiga até à Arqueologia Industrial, a opção foi o enfoque na área da Pré e Proto-história, já que Leiria tem sido palco de descobertas arqueológicas e antropológicas (Menino do Lapedo) de muita relevância no contexto nacional e internacional, que importava trazer a público de uma forma didáctica, abrangente e actual.

Constata-se ainda a realização de actividades para alunos, a saber:

Os ateliers pedagógicos pretendem incentivar a aprendizagem, promover a divulgação e valorização do património cultural, fazer a ponte entre o passado e o presente de forma criativa, despertando o público-alvo para as ciências em torno da Pré-história e Evolução Humana.

Informações:
Os ateliers decorrem uma ou duas vezes por semana durante duas horas. Estes definem-se como um espaço lúdico-pedagógico destinado, preferencialmente, a alunos do 1.º e 2º Ciclos do Ensino Básico.
Cada atelier não deve exceder 20 crianças.
A participação dos grupos organizados realiza-se mediante marcação prévia. Os alunos devem ser acompanhados pelo professor responsável.
Horário: Das 10h00 às 12h00 ou das 14h30 às 16h30, nos Paços Novos do Castelo de Leiria.

Ateliers:

“Talhar a pedra na Pré-história - Como se faziam as ferramentas?”

“Riscos e Rabiscos - A Arte na Pré-história ”

“Como são os ossos dos animais?”

“Brincar com a Grande Árvore da Evolução Humana”

“Procurar, escavar e conservar!”

Finalmente, a acompanhar estas actividades decorrerá um ciclo de Conferências de elevado valor científico, como facilmente se comprovará:

Calendário de Conferências e oradores:
Novembro 2005 | Dia 25
“Atapuerca: O Homo heilderbergensis”
- Juan Luis Arsuaga, Co-Director do Projecto de Atapuerca, Prof. Catedrático da Universidade de Complutense de Madrid.

Dezembro 2005 | Dia 09
“Chimpanzés: os nossos parentes mais próximos”
- Cláudia Sousa, Primatóloga, especialista em Chimpanzés, Prof. Auxiliar da Universidade Nova de Lisboa.

Janeiro 2006 | Dia 27
“O Neandertal”
- Bernard Vandermeersch, Responsável pela descoberta de vários fósseis de Neandertais, Prof. Emérito.

Fevereiro 2006 | Dia 24
“Evolução Humana Um Balanço Actual”
- Eugénia Cunha, Profª. Catedrática, Antropologia Biológica, Universidade de Coimbra.

Março 2006 | Dia 03
“O Menino do Lapedo e as origens do Homem Moderno na Europa”
- João Zilhão, Arqueólogo, Prof. da Universidade de Lisboa. Co-responsável pela descoberta do “Menino do Lapedo”.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Semana da Ciência e Tecnologia - Nazaré


Quando as Câmaras Municipais se decidem a contratar Geólogos, às vezes os resultados são surpreendentes. O Turismo SSS (Sun, Sand, Sex...) pode ser complementado por um Turismo Ambiental, Patrimonial e Geopatrimonial, como, e muito bem, descobriu a Câmara Municipal da Nazaré...!

O Colóquio (com Saída de Campo) intitulado Lagoa da Pederneira - Geologia e História, leva à Nazaré caras conhecidas e cientistas afamados, como se poderá ver pelo Programa:

09.00h Recepção dos participantes e entrega de documentação
09.30h Sessão de abertura com o Presidente da Câmara Municipal da Nazaré
10.00h “A Lagoa da Pederneira no contexto da evolução Holocénica do Litoral Centro”, Mª Conceição Freitas (Faculdade de Ciências da Univ. de Lisboa)
10.30h “O vale da Lagoa da Pederneira: condicionantes geológicas e evolução do Diapiro das Caldas da Rainha”, Jorge Dinis (Dep. de Ciências da Terra da Univ. de Coimbra)
11.00h Intervalo para café
11.30h “Da Lagoa da Pederneira à Planície Aluvial da Nazaré. Evolução histórico-geográfica” , Mª Virgínia Henriques (Dep. de Geociências da Univ. de Évora)
12.00h “O Pelourinho da Pederneira e o impacto dos fósseis na cultura e religião Popular”, Carlos Neto Carvalho (Câmara Municipal de Idanha-a-Nova)
12.30h Debate
13.00h Almoço
15.00h “A Lagoa da Pederneira do Romano ao Medieval”, Carlos Guardado Silva e Pedro Gomes Barbosa (Fac. de Letras da Univ. de Lisboa)
15.30h ”Os Graffitis da Batalha e a Lagoa da Pederneira”, Jorge Estrela
16.00h Intervalo para café
16.30h “A antiga religião popular da Lagoa da Pederneira”, Moisés Espírito Santo (Fac. de Ciências Sociais e Humanas da Univ. Nova de Lisboa)
17.00h “Notas Sobre a Lagoa da Pederneira e Alfeizerão”, Adriano Monteiro (Centro de Estudos Nazarenos)
17.30h Debate
18.00h Conclusões e Encerramento do Colóquio

A não faltar...

Semana da Cultura Científica

Semana da Ciência e da Tecnologia e Dia Nacional da Cultura Científica

Na semana em que se comemoram os 99 anos do nascimento de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, nome do cientista e pedagogo também conhecido pelo pseudónio literário de António Gedeão, a Unidade Ciência Viva celebra este evento com as XIX Edições da Semana da Cultura Científica e do Dia Nacional da Cultura Científica.

Recordemos agora, com muita saudade, um dos meus favoritos - o poeta-cientista...


Pedra filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral
pináculo de catedral
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo de Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

in Movimento Perpétuo, 1956


Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

in Máquina de Fogo (1961)


Poema para Galileo

Estou olhando para o teu retrato, meu velho pisano,
aquele retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.
Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria...
Eu sei... Eu sei...
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!
Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar – que disparate, Galileo!
– e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação –
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente; Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?

Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.

Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se estivesse tornando num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas – parece-me que estou a vê-las –,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
a meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e escrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai, Galileo!
Mal sabiam os teus doutos juizes, grandes senhores deste pequeno mundo.
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa dos quadrados dos tempos.

in Linhas de Força (1967)


Poema do eterno retorno

Se não houvesse mais nada
(mesmo mais nada)
senão átomos,
se a mesma causa desse sempre o mesmo efeito
e para o mesmo efeito houvesse sempre a mesma causa,
então o meu salgueiro
havia um dia de ressuscitar.

Se não houvesse mais nada
(mesmo mais nada)
senão átomos,
eu próprio,
na efemeridade eternamente repetida
deste momento de agora,
tornaria a rever o meu salgueiro.

Se não houvesse mais nada
(mesmo mais nada)
senão átomos,
os milhões de milhões de milhões de átomos
que compõem os milhões de milhões de milhões de galáxias
dispostos de milhões de milhões de milhões de maneiras diferentes,
teriam forçosamente de repetir,
daqui a milhões de milhões de milhões de séculos,
exactíssimamente a mesma posição que agora têm.

E então,
nesse dia infinitamente longínquo mas finitamente próximo,
eu, Fulano de Tal,
Filho legítimo de Fulano de Tal e de Dona Fulana de Tal,
nascido e baptizado na freguesia de Tal,
a tantos de Tal,
neto paterno de Fulanos de Tal,
e materno de Tal e Tal,
etc. e tal,
se não houvesse mais nada
(mesmo mais nada)
senão átomos,
encontrar-me-ia no mesmo ponto do mesmo Universo
a olhar parvamente para o meu salgueiro.

Isto, é claro,
se não houvesse mais nada
(mesmo mais nada)
senão átomos.

in Novos Poemas Póstumos (1990)


Poema do homem novo

Niels Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.
No calendário da História sublinhou-se
com espesso traço o memorável feito.

Tudo nele era novo.
Vestia quinze fatos sobrepostos.
Primeiro, sobre a pele, cobrindo-o de alto a baixo,
um colante poroso de rede tricotada
para ventilação e temperatura próprias.
Logo após, outros fatos, e outros e mais outros,
catorze, no total,
de película de nylon
e borracha sintética.
Envolvendo o conjunto, do tronco até aos pés,
na cabeça e nos braços,
confusíssima trama de canais
para circulação dos fluidos necessários,
da água e do oxigénio.

A cobrir tudo, enfim, como um balão ao vento,
um envólucro soprado de tela de alumínio.
Capacete de rosca, de especial fibra de vidro,
auscultadores e microfones,
e, nas mãos penduradas, tentáculos programados,
luvas com luz nos dedos.

Numa cama de rede, pendurada
das paredes do módulo,
na majestade augusta do silêncio,
dormia o Homem Novo a caminho da Lua.

Cá de longe, na Terra, num borborinho ansioso,
bocas de espanto e olhos de humidade,
todos se interpelavam e falava,
do Homem Novo,
do Homem Novo,
do Homem Novo.

Sobre a Lua, Armstrong pôs finalmente os pés.
caminhava hesitante e cauteloso,
pé aqui,
pé ali,
as pernas afastadas,
os braços insuflados como balões pneumáticos,
o tronco debruçado sobre o solo.

Lá vai ele.
Lá vai o Homem Novo
medindo e calculando cada passo,
puxando pelo corpo como bloco emperrado.
Mais um passo.
Mais outro.

Num sobre-humano esforço
levanta a mão sapuda e qualquer coisa nela.
com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira, com o coração pequeno e ressequido
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar, no chão poeirento da Lua, a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.

in Novos Poemas Póstumos (1990)

terça-feira, novembro 15, 2005

APOD - 13.11.2005

Astronomy Picture of the Day

O Astrónomo Amador português António Cidadão teve novamente a honra de ver publicada uma astrofoto, intitulada Lunation, neste célebre site de Astronomia.

Ver foto - carregar aqui.

Eis o texto, em inglês, que a acompanha.

Explanation: Our Moon's appearance changes nightly. This time-lapse sequence shows what our Moon looks like during a lunation, a complete lunar cycle. As the Moon orbits the Earth, the half illuminated by the Sun first becomes increasingly visible, then decreasingly visible. The Moon always keeps the same face toward the Earth. The Moon's apparent size changes slightly, though, and a slight wobble called a libration is discernable as it progresses along its elliptical orbit. During the cycle, sunlight reflects from the Moon at different angles, and so illuminates different features differently. A full lunation takes about 29.5 days, just under a month (moon-th).




segunda-feira, novembro 14, 2005

Escavação de Fósseis de Dinossáurios


Citando o site do Museu Nacional de História Natural, aqui fica uma notícia interessante:


Realizou-se, de 15 a 27 de Julho de 2005, com enorme sucesso, uma escavação para fósseis de dinossáurio (principalmente o carnívoro Allosaurus) em Andrés (Pombal) sob direcção dos paleontólogos Pedro Dantas, do MNHN-MMG, e Francisco Ortega, do Museu do Jurássico das Astúrias.

Participaram também o dr. Bruno Ribeiro (MNHN-MMG), Fernando Escaso e Jose Miguel Gasulla (Universidade Autónoma de Madrid) colaboradores do projecto Dinos, do MNHN-MMG, e ainda Elisabete Malafaia, do Laboratório de História Natural da Batalha, instituição cuja direcção científica e técnica é assegurada pelo Museu. Os trabalhos foram financiados e apoiados logisticamente pela CM Pombal e Junta de Freguesia de Santiago de Litém.

De salientar a atitude exemplar dos proprietários do terr
eno, Senhor José Amorim e Senhora D.ª Maria de Fátima, que facultaram acesso ao seu terreno com enorme espírito cívico e vontade de que os achados sejam postos ao serviço da ciência e da cultura. O espólio recolhido é muito importante, incluindo ossos grandes, muitos deles do crânio. Com esta escavação, o conjunto de ossos cranianos de Andrés passa a ser o mais importante do país e um dos mais importantes da Europa.


terça-feira, novembro 08, 2005

Concurso Ciência Viva VI

A Unidade Ciência Viva, do Ministério da Ciência e do Ensino Superior (...viva o Mariano Gago...!) lançou, em 26.10.2005, o Concurso Ciência Viva VI na área de "Ensino experimental das ciências na escola". O prazo de candidatura é de 26 de Outubro a 16 de Dezembro de 2005, pelo que, quem estiver interessado, é só inscrever-se no site da Ciência Viva, receber a password e começar a trabalhar on-line.

Boa sorte a todos...

P.S. - O meu marido (Fernando Martins) vende (empresta...) Projectos na área da Astronomia, visto estar a trabalhar num de Geologia para a sua Escola.

Confusões marcianas

O seguinte texto, escrito por Nuno Crato, inicialmente publicado no Expresso e adaptado para o Blog Sorumbático, vai aqui ser citado na integra...

Como acontece quase sempre que se regista um fenómeno astronómico raro, apareceram notícias sensacionalistas sobre a aproximação de Marte que agora se regista. Houve quem dissesse que o planeta ia aparecer tão grande como a Lua e quem previsse marés mais altas que o habitual. Já disso aqui falámos.

Mas houve agora quem se confundisse e trocasse os pés pelas mãos.

O que está a acontecer com Marte é um fenómeno cíclico que se regista aproximadamente cada 780 dias e a que se chama oposição. Trata-se do alinhamento de Marte, da Terra e do Sol, situando-nos nós entre o planeta vermelho e a nossa estrela. Nessas alturas, Marte aparece-nos visualmente oposto ao Sol.

Os fenómenos de oposição são interessantes por razões várias. Visto da Terra, o planeta está então frontalmente iluminado pelo Sol, portanto mais brilhante. Está também mais perto de nós, pois tanto a Terra como Marte se encontram do mesmo lado das órbitas. Para dar um exemplo clássico, imagine-se uma pista de corridas onde um carro mais lento se move na faixa exterior e um mais rápido circula na interior. De volta e meia em volta e meia o carro interior (a Terra) alcança por trás o carro exterior (Marte). Alcança-o e ultrapassa-o. No momento da ultrapassagem os dois carros alcançam a distância mínima entre eles. Quase que se tocam. Com os planetas passa-se algo semelhante, mas como as órbitas não são circulares - e sim elípticas, com eixos não alinhados -, o momento de oposição difere uns dias do de maior proximidade. O primeiro tem lugar esta segunda-feira dia 7, enquanto o segundo teve lugar no passado domingo, dia 30.

Felizmente para nós, o maior brilho aparente de Marte devido à oposição não é um fenómeno instantâneo. A luminosidade espectacular do planeta vermelho irá manter-se por mais umas noites. Este fim-de-semana, por exemplo, será interessante vê-lo levantar-se a leste por alturas do pôr-do-sol. É um inconfundível ponto de luz avermelhada e fixa, que se ergue no céu à medida que a noite avança.

O fenómeno recebeu algum destaque na imprensa, mas nem sempre com o rigor necessário ao bom jornalismo. Um despacho da Lusa reproduzido no "Público" de sábado passado, dia 29, acumula tantos erros que é difícil saber por onde começar.

Aí se diz, por exemplo, que Marte aparece de dois em dois anos no céu, quando a realidade é que o planeta está habitualmente visível no céu nocturno e só quando está visualmente perto do Sol é que se torna impossível observá-lo. Diz-se também que Marte está agora num alinhamento perfeito entre a Terra e o Sol, quando a verdade é que Marte é um planeta superior, com órbita externa à da Terra, e por isso nunca aparece entre nós e o Sol - nós é que estamos agora entre os dois astros.

Os jornalistas não têm de ser astrónomos nem têm de ser especialistas em todos os fenómenos e acontecimentos. Mas em jornalismo há uma regra de ouro: quando não se sabe procura-se e pergunta-se. E há no nosso país muito boa gente capaz de esclarecer o que se passa nestes eventos celestes. O papel do jornalista é o de mediador entre as fontes e o público. Mal estaríamos se apenas os cientistas pudessem falar de ciência. É bom que os jornalistas o façam. E é o seu dever. Mas, como em tudo, com respeito pelos factos. O Carmo e a Trindade cairiam com grande estrondo se um jornalista se enganasse no partido de um político ou no clube de um treinador de futebol. Não será desrespeito pela ciência e pelos leitores ter menor rigor nos fenómenos astronómicos?

Saudades de Coimbra II - Zeca Afonso

Capa negra, rosa negra

Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.

Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.

Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.


Milho verde

Milho verde, milho verde
Milho verde maçaroca
À sombra do milho verde
Namorei uma cachopa

Milho verde, milho verde
Milho verde miudinho
À sombra do milho verde
Namorei um rapazinho

Milho verde, milho verde
Milho verde folha larga
À sombra do milho verde
Namorei uma casada

Mondadeiras do meu milho
Mondai o meu milho bem
Não olheis para o caminho
Que a merenda já lá vem


Vira de Coimbra

Dizem que amor de estudante
Não dura mais que uma hora
Só o meu é tão velhinho
Inda não se foi embora.

Coimbra p'ra ser Coimbra
Três coisas há-de contar
Guitarras, tricanas lindas,
Capas negras a adejar

Ó Portugal trovador
Ó Portugal das cantigas
A dançar tu dás a roda
A roda com as raparigas

Se Coimbra fosse minha
Como é dos Estudantes
Mandava os livros à m...a
Punha garrafas na estante

Fui encher a bilha e trago-a
Vazia como a levei
Mondego que é da tua água
que é dos prantos que eu chorei.


Balada do Outono

Águas e pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar


Traz outro amigo também

Amigo maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também


Coimbra do Mondego

Oh Coimbra do Mondego
E dos amores que eu lá tive
Quem te não viu anda cego
Quem te não ama não vive

Do Choupal até à Lapa
Foi Coimbra meus amores
A sombra da minha capa
Deu no chão abriu em flores


Vejam bem

Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar

E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder

Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer

Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão

E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vai
ninguém vai levantá-lo do chão

domingo, novembro 06, 2005

Observação Astronómica - ADIADA

Como membro da Organização irei participar, na noite de terça-feira (08.11.2005), no recinto da Escola Secundária da Batalha, numa Observação Astronómica aberta ao público em geral. Haverá, antes da observação, partilha de lanche convívio (pelas 19.30 horas) e visualização de Filme sobre Astronomia (às 20.30 horas). Depois, das 21.30 às 24.00 horas, poderemos observar Planetas (Vénus e Marte) , Constelações, Estrelas (Simples, Duplas e Múltiplas), Nebulosas, Enxames e outros que tais, se a Meteorologia (ou S. Pedro) permitir(em)...

A Organização está a cargo das seguintes pessoas e Instituições: Clube de Astronomia da Escola Secundária da Batalha; Casa Museu João Soares — Fundação Mário Soares; Núcleo de Astronomia Galileu Galilei da Escola EB 2.3 Dr. Correia Mateus - Leiria; Coordenação de Leiria do Ano Internacional da Física e Professores João Ferreira, Adelaide Pinho, Fernando Martins e Paulo Costa.

Teremos à disposição dos interessados 3 Telescópios (um Newtoniano em montagem Dobson de 10'', um Newtoniano clássico de 8'' e Catadióptrico de 4,5''), 2 binóculos (10x50, uns em tripé), livros e revistas, programas informáticos de Astronomia e todo o tempo para responder a questões...

Vem e traz:

Um amigo ou familiar
Telescópio ou binóculos
Agasalhos
Vontade de aprender

Link para Cartaz aqui - LINK

NOTA: A Meteorologia (ou S. Pedro, ainda não decidimos qual dos dois...) impediram a realização da actividade (não, não temos Livro de Reclamações...). Inicialmente marcada para o dia 11.10.2005, passou para esta data (08.11.2005) e, sine die, irá agora ser novamente remarcada...

Fartar, vilanagem...

sábado, novembro 05, 2005

Adivinha da Semana


Caros Amigos... mais uma adivinha relacionada com a Mineralogia :)

Do que se trata?

sexta-feira, novembro 04, 2005

Saudades de Coimbra...

Samaritana

Dos amores do Redentor
Não reza a História Sagrada
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor

Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
Assim como qualquer mortal
Que um dia de amor palpitou

Samaritana plebeia de Cicar
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde, quando foste encontrá-Lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob

E tu serena acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
E Jesus Cristo corou

Corou por ver quanta luz
Irradiava da tua fronte
Quando disseste - Oh Meu Jesus
Que bem eu fiz Senhor em vir à fonte!



Balada da Despedida do 6º Ano Médico
(Fernando Machado Soares - Edmundo Bettencourt)

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

E as lágrimas do meu pranto
São a luz que me dão vida.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Não me tentes enganar,
Com a tua formosura,
Que para além do luar,
Há sempre uma noite escura.

Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida.

Quem me dera estar contente,
Enganar a minha dor,
Mas a saudade não mente,
Se é verdadeiro o amor.

Os novos membros do Blog

Venho através deste meio congratular-me pela entrada de novos membros do nosso Blog, que, por acaso, foram nossos professores da Universidade - ai que saudades de Coimbra e das nossas aulas...!

Assim, em meu nome e em nome dos ex-alunos do Curso de Geologia de 85/89 da Universidade de Coimbra, venho saudar os Doutores Gama Pereira, Jorge Dinis, Manuela Vinha e Lídia Catarino. Caros Professores, este espaço é também vosso, para partilharem tudo o que bem desejarem ou, se assim o entenderem, nos ensinarem ou recordarem aspectos importantes de Geologia e/ou vivências nesta área. Existe em cada texto também a possibilidade de colocar comentários - venham eles...!

É bom termos sido vossos alunos (as).
É bom continuar a aprender convosco, caros professores...!
Obrigado...

quarta-feira, novembro 02, 2005

Novidades em Astronomia


Um planeta (ou talvez não...) novo, mais dois satélites de Plutão, um satélite feito com a participação de estudantes portugueses e uma sonda quase a partir para Plutão e Cintura de Kuiper, novidades que nunca mais acabam...

Planeta novo...?


Descoberto através de um Telescópio do Monte Palomar, em 2003, por Mike Brown (Caltech), Chad Trujillo (Gemini Observatory) e David Rabinowitz (Yale University), este possível planeta chama-se temporariamente 2003 UB313, embora já haja sugestões para o nome (corre o boato de que se irá chamar Xena, nome que a IAU nunca aceitará...). De facto trata-se de um OTN (Objecto Trans-Neptuniano) semelhante a Plutão (e a outros OTN's famosos, como Quaoar ou Sedna) e que, tal como o nono planeta, o 2003 UB313 tem também um satélite. Este possível planeta, cuja órbita vemos em cima, poderá ser um pouco maior de que Plutão.
Seria mais correcto ir preparando as pessoas para o facto de que vivem num sistema estelar com oito planetas principais...

http://www.gps.caltech.edu/~mbrown/planetlila/index.html#paper


Plutão tem (pelo menos) 3 satélites...


O Telescópio Espacial Hubble (HST) foi apontado para Plutão e permitiu observar dois novos satélites deste planeta (o já conhecido Caronte e os novos satélites, apelidados temporariamente de S/2005 P1 e S/2005 P2).

O número de satélites dos nove (?!?) planetas principais do Sistema Solar eleva-se agora a 156...

Para ler mais sobre o assunto:
http://online.expresso.clix.pt/
http://www.ca2000pt.com/
http://www.nineplanets.org/pluto.html#new
http://hubblesite.org/

Link para lista completa de satélites dos planetas do Sistema Solar, em formato Word - AQUI


Satélite construídos por estudantes portugueses


Lançado em 27.10.2005, foram mais de 100 os estudantes, provenientes de 13 universidades europeias, que estiveram envolvidos na concepção e montagem do satélite de nome SSETI Express (Student Space Exploration and Technology Initiative). Este projecto resulta de uma iniciativa do departamento de Educação da Agência Espacial Europeia (ESA) que pretende assim motivar os jovens para a ciência e a tecnologia espacial. Após o PoSAT 1, Portugal de novo no espaço...


Notícia em:
http://dn.sapo.pt/


Sonda "New Horizons" quase a partir para Plutão


Dia 11.01.2006 partirá finalmente a sonda para investigar Plutão e os Objectos Trans-Neptunianos existentes na Cintura de Kuiper. Depois de uma viagem de 10 anos, chegará a este planeta em Julho de 2015, se tudo correr bem.

Página da sonda "New Horizons":

http://pluto.jhuapl.edu/

terça-feira, novembro 01, 2005

250 anos...


Data histórica esta, para Portugal, para a Ciência e para a Geologia... Em Lisboa, a formidável capital de um vasto império, celebrava-se o Feriado do Dia de Todos os Santos. Então, pela manhã, caiu, literalmente, o Carmo e a Trindade, e o que não caiu foi rés-vés Campo de Ourique...

Depois, veio o Marquês de Pombal, que sepultou os mortos e consolou e tratou dos feridos... Veio uma Cidade nova... Veio uma Ciência, chamada Sismologia, após o levantamento dos estragos no império, feito por ordem do Primeiro-Ministro, em que todas as paróquias responderam ao primeiro inquérito sobre os efeitos de um Sismo.

E, hoje, onde está o Marquês de Pombal para, como se sabe que irá acontecer, tudo (não) se repetir novamente...

Estava, de manhã, a ouvir a RTP 1 e quem falava não era um Geólogo, era o respeitável Pai do 1º Satélite português (PoSAT 1) Professor Doutor Carvalho Rodrigues, um brilhante comunicador desterrado em Bruxelas, mas, geólogos, viste-los...

Não seria tempo de as pessoas pensarem um pouco mais no que aconteceu há 250 anos e começarem a precaver-se, falando com QUEM SABE...?

segunda-feira, outubro 31, 2005

Crise sísmica nos Açores VI

Últimos sismos nos Açores, em véspera de data importante para a Sismologia, com crise (aparentemente) a passar...

Data (TU) Lat. Lon. Mag. Ref. Grau Local
2005-10-28 07:48 37.7760 -25.4530 2.5 Maciço do Fogo --- ---
2005-10-25 18:54 37.7710 -25.3740 2.9 Maciço das Furnas IV Vila Franca
2005-10-25 16:35 39.4370 -29.8290 3.1 Crista Média Atlântico N --- ---
2005-10-21 18:53 38.3380 -29.6860 3.5 W Faial --- ---
2005-10-19 10:02 37.8250 -25.4140 1.7 Maciço das Furnas III Porto Formoso
2005-10-18 21:45 37.7640 -25.4560 2.8 Maciço do Fogo III Vila Franca
2005-10-13 12:50 38.6350 -29.0070 3.2 W Faial --- ---
2005-10-13 08:17 39.3760 -29.6840 3.2 Crista Média Atlântico N --- ---
2005-10-10 18:06 38.8320 -29.5780 2.7 W Faial --- ---
2005-10-08 22:11 38.6510 -29.6770 2.5 W Faial --- ---

quinta-feira, outubro 27, 2005

Carta dos Açores...

Não, não foi o nosso colega açoreano e micaelense Rui Machado de Medeiros que nos escreveu... Mas, mesmo assim, vale a pena ler:

 
Agradecimento em nome do OVGA

Exmos "Geopedrados":

Em nome do OVGA (Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores) quero agradecer a disponibilização de um link para o nosso site, mais informamos que a nossa página é actualizada diariamente.

Lanço um pequeno desafio aos geopedrados que é fazerem-se sócios do OVGA http://www.ovga-azores.org/pdf/ficha_inscricao.pdf , não tem joía e a inscrição é a aquisição de uma publicação nossa, os preços variam entre 1€ e 50€.

As publicações que temos actualmente são: ATLAS BÁSICO DOS AÇORES (http://www.ovga-azores.org/atlasbasico/index.htm) (obra de referência) 50€, Cartograma do Algar do Carvão 1€, Vulcão Oceânico da Serreta 10€, Guia Geológico do Vulcão das Sete Cidades 5€, Carta Fisiográfica de São Miguel 1:75 000 (em reedição) e mais cartas a publicar no primeiro trimestre de 2006.

Com os melhores cumprimentos,
João Fontiela


Post-scriptum: Nós é que agradecemos a atenção do OVGA, que tem um site interessante e sempre actual, parecendo-me que a sugestão de nos fazermos sócios do OVGA é, de facto, atraente e interessante, dada a qualidade das obras por eles publicadas.

terça-feira, outubro 25, 2005

Petição - Museu Geológico do ex-IGM

"Mais uma vez a existência do Museu Geológico do ex-Instituto Geológico e Mineiro, agora integrado no INETInovação, está ameaçada! A Academia das Ciências de Lisboa, com o pretexto de querer ocupar a totalidade do edifício do antigo Convento de Jesus, tem vindo a pressionar o Ministério da Ciência para que o Museu Geológico seja transferido para o Lumiar! Sublinhe-se que a documentação enviada pela Academia a informar o Ministério da Ciência sobre o assunto é feita em termos que, frequentemente, não respeitam a verdade. (...)
O eventual desmantelamento do Museu Geológico representaria um gravíssimo atentado ao património nacional, situação tanto mais chocante quando a iniciativa parte duma instituição com um passado cultural notável, congregando numerosas personalidades das Ciências e das Letras portuguesas."

Podem assinar em:


http://www.petitiononline.com/museu/


Mais informações sobre o Museu, consultar em:

http://www.igm.ineti.pt/UO/UO/?UO=10716


sexta-feira, outubro 21, 2005

Observação de Chuvas de Estrelas

Começa hoje à noite a altura ideal do ano para observar Chuvas de Estrelas, com as Oriónidas. Como observar? É simples, basta ir para um local escuro (sem luzes) e com um bom horizonte (sobretudo para Oeste, de onde surgem, neste caso, mais meteoros) e ficar atento ao céu, sem nenhum material (não é necessário telescópio ou binóculos...!). Atenção - levar roupa quente, algo quente para beber e cadeira, se possível...

(Clicar na figura para ver em maior tamanho)

Por uma ilusão óptica, os rastos dos meteoróides (que, ao arderem na atmosfera terrestre, se passam a chamar de meteoros) parecem provir de um único ponto da abóbada celeste (o chamado Radiante) e que, naturalmente coincide com o local para o qual o movimento de translação da Terra a faz dirigir neste dia (e, que hoje, coincide com um ponto dentro da Constelação de Orion - marcado com uma cruz vermelha na figura, feita no SkyMap 6 - e daí o facto de esta Chuva de Estrelas se chamar Oriónidas...). Hoje, depois das 22.00 horas, começaram a aparecer os primeiros meteoros visíveis (ver post anterior).

A título de exemplo, eis o Radiante - ponto a vermelho - de outra Chuva de Estrelas já próxima, as Leónidas, tal como se viram, em Novembro de 2001, no nosso país.


terça-feira, outubro 11, 2005

Sismo no Paquistão

NOTA: Balanço oficial, em início de Novembro, feito pelas autoridades paquistanesas, dá conta de 73276 mortos e 69 mil feridos, bem como de 3,3 milhões de desalojados.
Magnitude 7.6
Data-Horas Sábado, 08.10.2005 (03:50:38 UTC)
Localização
(Epicentro)
34.402°N, 73.560°E
Profundidade
(Hipocentro)
10 km
País PAQUISTÃO
Localidades
próximas

A 90 km NNE de ISLAMABAD - Paquistão
A 115 km ESE de Mingaora
- Paquistão
A 120 km WNW de Srinagar, Índia (Caxemira)
A 165 km N of Jhelum
- Paquistão

Crise sísmica nos Açores V

Aparentemente a crise sísmica de S. Miguel (Açores) está a acabar - ou será apenas o silêncio antes do grande tremor de terra...?

Últimos sismos dos Açores

Data (TU) Lat. Lon. Mag. Ref. Grau Local
2005-10-08 22:11 38.6510 -29.6770 2.5 W Faial --- ---
2005-10-05 11:49 37.7500 -25.3990 2.6 Congro (S. Miguel) --- ---
2005-10-05 11:46 37.7540 -25.4050 2.6 Congro (S. Miguel) --- ---
2005-10-05 04:05 37.7450 -25.3990 2.8 Congro (S. Miguel) III Vila Franca