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sábado, dezembro 30, 2023

O ditador Saddam Hussein foi barbaramente enforcado há 17 anos...

     
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
        
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

quarta-feira, dezembro 13, 2023

O ditador genocida Saddam Hussein foi capturado há vinte anos

Fotografia tirada por soldados americanos durante a captura de Saddam
       
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdad, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros chefes do regime, com o deliberado objetivo de assassiná-lo.
Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coligação invadiram Bagdad, em 9 de abril. Escondido, continuou tentando motivar os seus antigos combatentes, que se mostraram mais frágeis do que se imaginava e não resistiram ao poderio militar dos Estados Unidos - nem tão pouco usaram as supostas armas químicas que motivaram o ataque.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado, militando na resistência à ocupação, e preso num cave de uma quinta da cidade de Adwar, próximo de Tikrit, a sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas americanas e rebeldes curdos. As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo, camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e dois AK-47, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar os seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa mala. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima de Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou a sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana - as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável da Convenção de Genebra acerca do tratamento de prisioneiros de guerra capturados.
Em 1 de janeiro de 2004, o Pentágono reconheceu-o como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu a sua custódia judicial para o novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças norte-americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano, patrocinado pelos Estados Unidos, que, em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador e o condenou à morte, por enforcamento, em 5 de novembro de 2006.
   

sexta-feira, dezembro 30, 2022

Saddam Hussein foi barbaramente executado há 16 anos...

     
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
        
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

terça-feira, dezembro 13, 2022

O ditador genocida Saddam Hussein foi capturado há dezanove anos

Fotografia tirada por soldados americanos durante a captura de Saddam
     
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdad, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros chefes do regime, com o deliberado objetivo de assassiná-lo.
Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coligação invadiram Bagdad, em 9 de abril. Escondido, continuou tentando motivar os seus antigos combatentes, que se mostraram mais frágeis do que se imaginava e não resistiram ao poderio militar dos Estados Unidos - nem tão pouco usaram as supostas armas químicas que motivaram o ataque.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado, militando na resistência à ocupação, e preso num cave de uma quinta da cidade de Adwar, próximo de Tikrit, a sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas americanas e rebeldes curdos. As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo, camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e dois AK-47, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar os seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa mala. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima de Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou a sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana - as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável da Convenção de Genebra acerca do tratamento de prisioneiros de guerra capturados.
Em 1 de janeiro de 2004, o Pentágono reconheceu-o como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu a sua custódia judicial para o novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças norte-americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano, patrocinado pelos Estados Unidos, que, em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador e o condenou à morte, por enforcamento, em 5 de novembro de 2006.
   

quinta-feira, dezembro 30, 2021

O ditador genocida Saddam Hussein foi barbaramente executado há quinze anos...

  
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
        
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

segunda-feira, dezembro 13, 2021

O ditador Saddam Hussein foi capturado há dezoito anos

Fotografia tirada por soldados americanos durante a captura de Saddam
     
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdad, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros chefes do regime, com o deliberado objetivo de assassiná-lo.
Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coligação invadiram Bagdad, em 9 de abril. Escondido, continuou tentando motivar os seus antigos combatentes, que se mostraram mais frágeis do que se imaginava e não resistiram ao poderio militar dos Estados Unidos - nem tão pouco usaram as supostas armas químicas que motivaram o ataque.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado, militando na resistência à ocupação, e preso num cave de uma quinta da cidade de Adwar, próximo de Tikrit, a sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas americanas e rebeldes curdos. As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo, camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e dois AK-47, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar os seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa mala. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima a Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou a sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana — as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável à Convenção de Genebra acerca do tratamento a prisioneiros de guerra capturados.
Em 1 de janeiro de 2004, o Pentágono reconheceu-o como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu a sua custódia judicial para o novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças norte-americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano, patrocinado pelos Estados Unidos, que, em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador e o condenou à morte, por enforcamento, em 5 de novembro de 2006.
   

quarta-feira, dezembro 30, 2020

Saddam Hussein foi enforcado há catorze anos

  
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
   
(...)
  
(imagem daqui)
     
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
    

domingo, dezembro 13, 2020

O ditador Saddam Hussein foi capturado há dezassete anos

Fotografia tirada por soldados americanos durante a captura de Saddam
     
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdad, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros chefes do regime, com o deliberado objetivo de assassiná-lo.
Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coligação invadiram Bagdad, em 9 de abril. Escondido, continuou tentando motivar os seus antigos combatentes, que se mostraram mais frágeis do que se imaginava e não resistiram ao poderio militar dos Estados Unidos - nem tão pouco usaram as supostas armas químicas que motivaram o ataque.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado, militando na resistência à ocupação, e preso num cave de uma quinta da cidade de Adwar, próximo de Tikrit, a sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas americanas e rebeldes curdos. As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo, camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e dois AK-47, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar os seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa mala. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima a Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou a sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana — as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável à Convenção de Genebra acerca do tratamento a prisioneiros de guerra capturados.
Em 1 de janeiro de 2004, o Pentágono reconheceu-o como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu a sua custódia judicial para o novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças norte-americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano, patrocinado pelos Estados Unidos, que, em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador e o condenou à morte, por enforcamento, em 5 de novembro de 2006.
   

segunda-feira, dezembro 30, 2019

O ditador Saddam Hussein foi cruelmente executado há treze anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
    
(...)
    
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.
  
(...)
  
(imagem daqui)
   
Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que a sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração islâmica "Só há um Deus e Maomé é o seu profeta".
   

quinta-feira, dezembro 13, 2018

O ditador Saddam Hussein foi capturado há quinze anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath baseado em Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath - Região do Iraque, a qual expôs uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio de longo prazo no Iraque.
Como vice-presidente do enfermo General Ahmed Hassan al-Bakr e numa época em que muitos grupos eram considerados capazes de derrubar o governo, Saddam criou forças de segurança através do qual controlou rigidamente o conflito entre o governo e as forças armadas. No início dos anos 1970, Saddam nacionalizou o petróleo e outras indústrias. Os bancos estatais foram postos sob seu controle, deixando o sistema eventualmente insolvente, principalmente devido à Guerra Irão-Iraque, a Guerra do Golfo e as sanções da ONU. Até o fim da década de 1970, Saddam cimentou a sua autoridade sobre o aparelho de governo com os lucros obtidos do petróleo que ajudou a economia do Iraque a crescer a um ritmo rápido. As posições de poder no país foram preenchidas com os sunitas, a minoria que compunha apenas um quinto da população.
Saddam suprimiu vários movimentos, especialmente os movimentos xiitas e curdos que pretendiam derrubar o governo ou ganhar a independência, respectivamente. Saddam manteve o poder durante a Guerra Irã-Iraque de 1980 a 1988. Em 1990, ele invadiu e saqueou o Kuwait. Uma coligação internacional interveio para libertar o Kuwait na Guerra do Golfo de 1991, mas não pôs fim à ditadura de Saddam. Enquanto alguns o veneravam pela sua postura agressiva contra Israel, incluindo o ataque com mísseis em alvos israelitas,  ele foi amplamente condenado pela brutalidade de sua ditadura.
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unidoinvadiu o Iraque para depor Saddam, depois do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush ter acusado o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após sua captura, a 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
   
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Fotografia tirada por soldados americanos durante a captura de Saddam
  
Prisão
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdad, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros hierarcas do regime, com o deliberado objetivo de assassiná-lo.
Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coligação invadiram Bagdad, em 9 de abril. Escondido, continuou tentando motivar os seus antigos combatentes, que se mostraram mais frágeis do que se imaginava e não resistiram ao poderio militar dos Estados Unidos - nem tão pouco usaram as supostas armas químicas que motivaram o ataque.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado, militando na resistência à ocupação, e preso num porão de uma fazenda da cidade de Adwar, próxima a Tikrit, sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas americanas e rebeldes curdos. As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo, camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e dois fuzis AK-47, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa maleta. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima a Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana — as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável à Convenção de Genebra acerca do tratamento a prisioneiros de guerra capturados.
Em 1 de janeiro de 2004, o Pentágono reconheceu-o como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu a sua custódia judicial para o novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças norte-americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano, patrocinado pelos Estados Unidos, que, em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador e o condenou à morte, por enforcamento, em 5 de novembro de 2006.
   

terça-feira, dezembro 30, 2014

O ditador Saddam Hussein foi cruelmente executado há oito anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.

(...)

Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada a 30 de dezembro de 2006.

(...)

Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas, que o custodiavam, alguns minutos antes do seu enforcamento, no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou para o ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta do seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Segundo o conselheiro da Segurança Nacional do Iraque, Mouwafak al-Rubai, durante a execução estiveram presentes um juiz do Tribunal de Apelação iraquiano, um representante da Promotoria, outro do Governo e "um grupo de testemunhas". Através de um telemóvel foram ilegalmente filmados os instantes finais de Saddam, em que se comprova outra versão, de que sua execução não foi o formal cumprimento de sentença judicial, mas com os presentes o humilharam e insultaram, tentando impedir-lhe que morresse proclamando a oração "Só há um Deus e Muhammad é o seu profeta".

sexta-feira, dezembro 13, 2013

O ditador Saddam Hussein foi capturado há 10 anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath baseado em Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath - Região do Iraque, a qual expôs uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio de longo prazo no Iraque.
Como vice-presidente do enfermo General Ahmed Hassan al-Bakr e numa época em que muitos grupos eram considerados capazes de derrubar o governo, Saddam criou forças de segurança através do qual controlou rigidamente o conflito entre o governo e as forças armadas. No início dos anos 1970, Saddam nacionalizou o petróleo e outras indústrias. Os bancos estatais foram postos sob seu controle, deixando o sistema eventualmente insolvente, principalmente devido à Guerra Irão-Iraque, a Guerra do Golfo e as sanções da ONU. Até o fim da década de 1970, Saddam cimentou a sua autoridade sobre o aparelho de governo com os lucros obtidos do petróleo que ajudou a economia do Iraque a crescer a um ritmo rápido. As posições de poder no país foram preenchidas com os sunitas, a minoria que compunha apenas um quinto da população.
Saddam suprimiu vários movimentos, especialmente os movimentos xiitas e curdos que pretendiam derrubar o governo ou ganhar a independência, respectivamente. Saddam manteve o poder durante a Guerra Irã-Iraque de 1980 a 1988. Em 1990, ele invadiu e saqueou o Kuwait. Uma coligação internacional interveio para libertar o Kuwait na Guerra do Golfo de 1991, mas não pôs fim à ditadura de Saddam. Enquanto alguns o veneravam pela sua postura agressiva contra Israel, incluindo o ataque com mísseis em alvos israelitas,  ele foi amplamente condenado pela brutalidade de sua ditadura.
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unidoinvadiu o Iraque para depor Saddam, depois do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush ter acusado o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após sua captura, a 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
   
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Fotografia tirada por soldados americanos durante a captura de Saddam
  
Prisão
O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdad, um bombardeiro B-1 lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros hierarcas do regime, com o deliberado objetivo de assassiná-lo.
Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coligação invadiram Bagdad, em 9 de abril. Escondido, continuou tentando motivar os seus antigos combatentes, que se mostraram mais frágeis do que se imaginava e não resistiram ao poderio militar dos Estados Unidos - nem tão pouco usaram as supostas armas químicas que motivaram o ataque.
Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi localizado, militando na resistência à ocupação, e preso num porão de uma fazenda da cidade de Adwar, próxima a Tikrit, sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas americanas e rebeldes curdos. As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo, camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e dois fuzis AK-47, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa maleta. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima a Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.
Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura. Tais imagens causaram variadas reações pelo mundo, desde aqueles que - tais como grande parte da população americana e até iraquiana — as justificaram por motivos políticos, sociais e militares, até os que (baseando-se em interpretações do direito internacional) argumentaram que as imagens representavam uma violação intolerável à Convenção de Genebra acerca do tratamento a prisioneiros de guerra capturados.
Em 1 de janeiro de 2004, o Pentágono reconheceu-o como "prisioneiro de guerra", e, em 30 de junho, transferiu a sua custódia judicial para o novo Governo provisório iraquiano.
Durante 24 meses, Saddam permaneceu sob custódia das forças norte-americanas, à espera de ser julgado por um Tribunal Especial iraquiano, patrocinado pelos Estados Unidos, que, em 19 de outubro de 2005 iniciou o processo contra o ex-ditador e o condenou à morte, por enforcamento, em 5 de novembro de 2006.