Voo Malaysia Airlines 17 (
MH17/
MAS17) foi a identificação de uma rota aérea de passageiros regular e internacional entre
Amesterdão e
Kuala Lumpur, operada pela companhia aérea
Malaysia Airlines. A
17 de julho de 2014, um
Boeing 777-200ER que realizava esta rota, caiu perto de
Grabove, no
oblast de Donetsk, no leste da
Ucrânia, a 40 km da fronteira com a
Rússia, transportando 283 passageiros e 15 tripulantes de vários países. Foi o segundo incidente da companhia aérea em menos de cinco meses, após o desaparecimento do
voo MH370 no início de março de 2014.
Às 15.30
UTC
a Malaysia Airlines informou que tinha perdido o contacto com o voo.
Relatos iniciais do governo ucraniano informaram que a aeronave foi
abatida a uma altitude de 10.000 metros (32
.800 pés) por um
míssil terra-ar disparado utilizando o
sistema de mísseis Buk.
As duas partes envolvidas na
rebelião no leste da Ucrânia a princípio negaram responsabilidade pelo incidente, acusando-se mutuamente. Segundo o
serviço de inteligência dos Estados Unidos,
provavelmente os separatistas pró-Rússia derrubaram o avião; por outro
lado, dirigentes russos disseram que as acusações norte-americanas eram
precipitadas
e acusaram a Ucrânia pela tragédia.
Este é o maior incidente da Malaysia Airlines, com 283 passageiros e
15 tripulantes vitimados, superando o voo 370, que resultou na morte de
227 passageiros, e que não foi encontrado.
(...)
Em setembro de 2014, o relatório preliminar do acidente foi divulgado pelo Conselho de Segurança da Holanda (Dutch Safety Board).
A conclusão foi que não houve evidência de qualquer falha técnica ou
operacional da aeronave e tripulação. Considerando os danos
encontrados em partes da secção dianteira da aeronave, recuperados dos
escombros, uma grande quantidade de objetos com alta energia de impacto
atingiu externamente o avião. Os danos resultantes destes impactos
provocaram a perda da sua integridade estrutural, causando a queda. O
tipo de danos observados não eram consistentes com danos causados por
falhas estruturais, dos motores ou dos sistemas da aeronave. O facto de
haver muitas partes da estrutura encontradas numa extensa área, levou à
conclusão que o avião se desintegrou ainda no ar.
A 28 de setembro de 2016 um novo relatório foi divulgado, após uma
longa investigação, na qual procuradores internacionais chegaram a
conclusão que o míssil que abateu o voo MH17 foi do modelo terra-ar 9M38
Buk, de origem russa.
O relatório ainda indica o local exato do lançamento do míssel, que foi
disparado do território ucraniano controlado por rebeldes separatistas
pro-Rússia, perto de Pervomaisky, 6 quilómetros a sul de Snizhne.
O relatório também mostra que o sistema de mísseis foi transportado da
Rússia para a Ucrânia e posteriormente retornou à Rússia, depois do
acidente.
A investigação consistiu no total de 200 entrevistas a testemunhas,
500.000 fotos e vídeos e analisou 150.000 telefonemas interceptados.