Mostrar mensagens com a etiqueta Tonicha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tonicha. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, março 08, 2024

Tonicha faz hoje 78 anos

 
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas, mais conhecida como Tonicha (Beja, 8 de março de 1946) é uma cantora portuguesa

     

(...)

    

Conhece Ary dos Santos através do compositor Nuno Nazareth Fernandes. Os dois serão os autores de "Menina do Alto da Serra" que venceu o Festival RTP da Canção no ano de 1971. O tema fica em 9.º lugar no Festival da Eurovisão, em Dublin, o melhor resultado obtido até essa altura pelo nosso País.

 

in Wikipédia

 


quarta-feira, março 08, 2023

Tonicha celebra hoje 77 anos

 
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas, mais conhecida como Tonicha (Beja, 8 de março de 1946) é uma cantora portuguesa

     

(...)

    

Conhece Ary dos Santos através do compositor Nuno Nazareth Fernandes. Os dois serão os autores de "Menina do Alto da Serra" que venceu o Festival RTP da Canção no ano de 1971. O tema fica em 9.º lugar no Festival da Eurovisão, em Dublin, o melhor resultado obtido até essa altura pelo nosso País.

 

in Wikipédia

 


quarta-feira, dezembro 07, 2022

Hoje é dia de ouvir a poesia de Ary dos Santos ser cantada...

 

 
Menina do Alto da Serra - Tonicha
 

Menina de olhar sereno
Raiando pela manhã
De seio duro e pequeno
Num coletinho de lã

Menina cheirando a feno
Casado com hortelã

Menina que no caminho
Vais pisando formosura
Trazes nos olhos um ninho
Todo em penas de ternura

Menina de andar de linho
Com um ribeiro à cintura

Menina da saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina do riso aos molhos
Minha seiva de pinheiro
Menina da saia aos folhos
Alfazema sem canteiro

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada
Que se levanta primeiro
Do que a terra alvoroçada

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada

Menina da saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina de fato novo
Avé-Maria da terra
Rosa brava rosa povo
Brisa do alto da serra

Rosa brava rosa povo
Brisa do alto da serra

terça-feira, março 08, 2022

Tonicha - 76 anos

 
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas, mais conhecida como Tonicha (Beja, 8 de março de 1946) é uma cantora portuguesa

     

(...)

    

Conhece Ary dos Santos através do compositor Nuno Nazareth Fernandes. Os dois serão os autores de "Menina do Alto da Serra" que venceu o Festival RTP da Canção no ano de 1971. O tema fica em 9.º lugar no Festival da Eurovisão, em Dublin, o melhor resultado obtido até essa altura pelo nosso País.

 

in Wikipédia

 


segunda-feira, março 08, 2021

Tonicha nasceu há 75 anos

 
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas, mais conhecida como Tonicha (Beja, 8 de março de 1946) é uma cantora portuguesa

   

(...)

  

Conhece Ary dos Santos através do compositor Nuno Nazareth Fernandes. Os dois serão os autores de "Menina do Alto da Serra" que venceu o Festival RTP da Canção no ano de 1971. O tema fica em 9.º lugar no Festival da Eurovisão, em Dublin, o melhor resultado obtido até essa altura pelo nosso País.

A cantora participa com sucesso em vários festivais internacionais. "Poema Pena" fica em 4.º nas Olimpíadas da Canção de Atenas, na Grécia, onde Tonicha obteve o 2.º prémio de interpretação e Augusto Algueró conseguiu o 1.º prémio ex-aequo de orquestração. Fica também em 3.º no Festival de Brasov (Roménia). Com "Manhã Clara" ganhou o Prémio da Crítica no VI Festival do Rio de Janeiro e com "Rosa de Barro" venceu o 1.º Prémio de Interpretação no Festival de Split (ex-Jugoslávia). 

  

in Wikipédia

   

 

Menina do Alto da Serra - Tonicha

Menina de olhar sereno
Raiando pela manhã
De seio duro e pequeno
Num coletinho de lã

Menina cheirando a feno
Casada com hortelã

Menina cheirando a feno
Casado com hortelã

Menina que no caminho
Vais pisando formosura
Trazes nos olhos um ninho
Todo em penas de ternura

Menina de andar de linho
Com um ribeiro à cintura

Menina de andar de linho
Com um ribeiro à cintura

Menina de saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina do riso aos molhos
Minha seiva de pinheiro
Menina de saia aos folhos
Alfazema sem canteiro

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada
Que se levanta primeiro
Do que a terra alvoroçada

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada

Menina de saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina de fato novo
Ave-maria da terra
Rosa-brava rosa povo
Brisa do alto da serra

Rosa-brava rosa povo
Brisa do alto da serra...

segunda-feira, dezembro 07, 2020

Ary dos Santos nasceu há 83 anos

(imagem daqui)
    
José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de dezembro de 1937 - Lisboa, 18 de janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.
Ficou na história da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções participantes no Festival Eurovisão da Canção: Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973), interpretada por Fernando Tordo e Portugal no Coração (1977), interpretada pelo grupo Os Amigos.
  
   

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Ary dos Santos nasceu há 75 anos

Ary dos Santos
(imagem daqui)

José Carlos Pereira Ary dos Santos (Lisboa, 7 de Dezembro de 1936 - Lisboa, 18 de Janeiro de 1984) foi um poeta e declamador português.

Proveniente de uma família da alta burguesia, era filho do médico Carlos Ary dos Santos (1905-1957) e de Maria Bárbara de Miranda e Castro Pereira da Silva (1899-1950).

Estudou no Colégio de São João de Brito, em Lisboa, onde foi um dos primeiros alunos. Após a morte da mãe, vê publicados pela mão de vários familiares, alguns dos seus poemas. Tinha catorze anos e viria, mais tarde, a rejeitar esse livro. Ary dos Santos revelaria, verdadeiramente, as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade. Várias poesias suas integraram então a Antologia do Prémio Almeida Garrett.

Pela mesma altura, Ary abandona a casa da família. Para seu sustento económico exerce as mais variadas actividades, que passariam pela venda de máquinas para pastilhas elásticas, até ao trabalho numa empresa de publicidade. Não cessa de escrever e, entretanto, dá-se a sua estreia literária efetiva, com a publicação de A Liturgia do Sangue (1963). Em 1969 adere ao Partido Comunista Português, com qual participa activamente nas sessões de poesia do então intitulado Canto Livre Perseguido.

Através da música chegará ao grande público, concorrendo, por mais que uma vez, ao Festival RTP da Canção, sob pseudónimo, como exigia o regulamento. Classificar-se-ia em primeiro lugar com as canções Desfolhada Portuguesa (1969), com interpretação de Simone de Oliveira, Menina do Alto da Serra (1971), interpretada por Tonicha, Tourada (1973) e Portugal no Coração (1977), interpretações do conjunto Os Amigos.

Após o 25 de Abril, torna-se um activo dinamizador cultural da esquerda, percorrendo o país de lés a lés. No Verão Quente de 1975, juntamente com militantes da UDP e de outras forças radicais, envolve-se no assalto à Embaixada de Espanha, em Lisboa.

Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes. Notabilizou-se também como declamador, tendo gravado um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira. À data da sua morte tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade, que pretendia ser uma autobiografia romanceada.

Depois de falecer, a 18 de Janeiro de 1984, o seu nome foi dado a um largo do Bairro de Alfama, descerrando-se uma lápide evocativa na fachada da sua casa, na Rua da Saudade, onde viveu praticamente toda a sua vida. Ainda em 1984 foi lançada a obra VIII Sonetos de Ary dos Santos, com um estudo sobre o autor de Manuel Gusmão e planeamento gráfico de Rogério Ribeiro, no decorrer de uma sessão na Sociedade Portuguesa de Autores, da qual o autor era membro. Em 1988, Fernando Tordo editou o disco O Menino Ary dos Santos, com os poemas escritos por Ary dos Santos na sua infância. Em 2009, Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti dão voz ao álbum de tributo Rua da Saudade - canções de Ary dos Santos.

Hoje, o poeta do povo é reconhecido por todos e todos conhecem José Carlos Ary dos Santos, pois a sua obra permanece na memória de todos e, estranhamente, muitos dos seus poemas continuam actualizados. Todos os grandes cantores o interpretaram e ainda hoje surgem boas vozes a cantá-lo na perfeição. Desde Fernando Tordo, Simone de Oliveira, Tonicha, Paulo de Carvalho, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, Maria Armanda, Teresa Silva Carvalho, Vasco Rafael, entre outros, até aos mais recentes como Susana Félix, Viviane, Mário Barradas, Vanessa Silva e Katia Guerreiro.



Menina do Alto da Serra - Tonicha

Menina de olhar sereno
Raiando pela manhã
De seio duro e pequeno
Num coletinho de lã

Menina cheirando a feno
Casada com hortelã

Menina cheirando a feno
Casado com hortelã

Menina que no caminho
Vais pisando formosura
Trazes nos olhos um ninho
Todo em penas de ternura

Menina de andar de linho
Com um ribeiro à cintura

Menina de andar de linho
Com um ribeiro à cintura

Menina de saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina do riso aos molhos
Minha seiva de pinheiro
Menina de saia aos folhos
Alfazema sem canteiro

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada
Que se levanta primeiro
Do que a terra alvoroçada

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada

Menina de corpo inteiro
Com tranças de madrugada

Menina de saia aos folhos
Quem na vê fica lavado
Água da sede dos olhos
Pão que não foi amassado
Menina de fato novo
Ave-maria da terra
Rosa-brava rosa povo
Brisa do alto da serra

Rosa-brava rosa povo
Brisa do alto da serra...

sábado, novembro 26, 2011

Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (VIII)


Poema da Auto-estrada

Voando vai para a praia
Leonor na estrada preta.
Vai na brasa, de lambreta.

Leva calções de pirata,
vermelho de alizarina,
modelando a coxa fina,
de impaciente nervura.
como guache lustroso,
amarelo de idantreno,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.

Fuge, fuge, Leonoreta:
Vai na brasa, de lambreta.

Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa e bem segura.

Com um rasgão na paisagem
corta a lambreta afiada,
engole as bermas da estrada
e a rumorosa folhagem.
Urrando, estremece a terra,
bramir de rinoceronte,
enfia pelo horizonte
como um punhal que se enterra.
Tudo foge à sua volta,
o céu, as nuvens, as casas,
e com os bramidos que solta,
lembra um demónio com asas.

Na confusão dos sentidos
já nem percebe Leonor
se o que lhe chega aos ouvidos
são ecos de amor perdidos
se os rugidos do motor.

Fuge, fuge, Leonoreta
Vai na brasa, de lambreta.

in
Máquina de Fogo (1961) - António Gedeão

NOTA: com o seu habitual humor e ironia, António Gedeão retoma o poema e a personagem de Camões, imprimindo-lhe um modernismo curioso:

Descalça vai para a fonte

Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.

Luís Vaz de Camões

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Recordar Ary dos Santos



Original é o poeta

Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.

Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.

Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce á rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.

Original é o poeta
que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.




Poeta castrado não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!