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quinta-feira, abril 10, 2014

Sebastião da Gama nasceu há 90 anos!

 (imagem daqui)
   
Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 - Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.
Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Sebastião da Gama) e, em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal, motivada pela doença que o vitimou precocemente, a tuberculose.
Uma carta sua, enviada em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da Serra da Arrábida, constituiu a motivação para a criação da LPN, Liga para a Protecção da Natureza, em 1948, a primeira associação ecologista portuguesa.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.
   
   
Pelo sonho é que vamos

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

─Partimos. Vamos. Somos.


in
Pelo sonho é que vamos (1953) - Sebastião da Gama

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Sebastião da Gama morreu há 62 anos

(imagem daqui)

Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 - Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.
Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Sebastião da Gama) e, em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal, motivada pela doença que o vitimou precocemente, a tuberculose.
Uma carta sua, enviada em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da Serra da Arrábida, constituiu a motivação para a criação da LPN, Liga para a Protecção da Natureza, em 1948, a primeira associação ecologista portuguesa.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.


Elegia para uma gaivota

Morreu no mar a gaivota mais esbelta,
a que morava mais alto e trespassava
de claridade as nuvens mais escuras com os olhos.

Flutuam quietas, sobre as águas, suas asas.
Água salgada, benta de tantas mortes angustiosas,
aspergiu-a.
E três pás de ar pesado para sempre as viagens lhe vedaram.

Eis que deixou de ser sonho apenas sonhado. 
-:É finalmente sonho puro,
sonho que sonha finalmente, asa que dorme voos.

Cantos de pescadores, embalai-a! Versos dos poetas, embalai-a!
Brisas, peixes, marés, rumor das velas, embalai-a!

Há na manhã um gosto vago e doce de elegia,
tão misteriosamente, tão insistentemente,
sua presença morta em tudo se anuncia.

Ela vai, sereninha e muito branca.
E a sua morte simples e suavíssima
é a ordem-do-dia na praia e no mar alto.


in Campo Aberto (1950) - Sebastião da Gama

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Sebastião da Gama morreu há 61 anos

 (imagem daqui)

Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 - Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.
Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Sebastião da Gama) e, em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal, motivada pela doença que o vitimou precocemente, a tuberculose.
Uma carta sua, enviada em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da Serra da Arrábida, constituiu a motivação para a criação da LPN Liga para a Protecção da Natureza, em 1948, a primeira associação ecologista portuguesa.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.


Os que Vinham da Dor

Os que vinham da Dor tinham nos olhos
estampadas verdades crudelíssimas.
Tudo que era difícil era fácil
aos que vinham da Dor diretamente.

A flor só era bela na raiz,
o Mar só era belo nos naufrágios,
as mãos só eram belas se enrugadas,
aos olhos sabedores e vividos
dos que vinham da Dor diretamente.

Os que vinham da Dor diretamente
eram nobres de mais pra desprezar-vos,
Mar azul!, mãos de lírio!, lírios puros!
Mas nos seus olhos graves só cabiam
as verdades humanas crudelíssimas
que traziam da Dor diretamente.

in
Campo Aberto (1951) - Sebastião da Gama

ADENDA: corrigimos (às 20.30 horas de 07.02.2013) este post (e a entrada na Wikipédia sobre Sebastião da Gama aqui citada), depois de termos recebido o seguinte comentário, que agradecemos:

Caríssimos,
É bom ter havido a lembrança do aniversário da morte de Sebastião da Gama. No entanto, no registo biográfico que reproduzem, há uma informação que não corresponde à verdade: Sebastião da Gama não foi fundador da LPN; o que aconteceu foi que uma carta por ele enviada, em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da serra da Arrábida, constituiu uma motivação para a criação da LPN no ano seguinte. Mais informação pode ser vista em AQUI ou no síte da própria LPN.
João Reis Ribeiro (Associação Cultural Sebastião da Gama)

terça-feira, outubro 26, 2010

Espeleologia na Arrábida

ESPELEOLOGIA | LAPA DA FURADA | 13 NOVEMBRO 2010

Duração: 1 Dia

Grau de dificuldade: Médio/Alto

Preço: € 28

Data limite de inscrição: 12 Novembro de 2010

Ponto e local de encontro: 09.30 horas – Perto do campo de futebol da Azóia

Breve descrição
Manhã – Formação teórica e prática em verticais.
Tarde – Visita completa à gruta incluindo as galerias inferiores cujo o acesso se faz por via de rappel. A gruta da Lapa da Furada situa-se em pleno Parque Natural da Arrábida e apresenta vestígios de ocupação humana que podem ser observados pelos seus visitantes e trata-se de uma gruta ideal para quem quer ter um 1º contacto com a espeleologia e as suas técnicas de progressão vertical.

Advertências: Deve trazer calçado prático de sola aderente, roupa prática para desporto ao ar livre, pequena mochila e alimentação (almoço + reforço alimentar).
Sugerimos ainda que traga fato de macaco.

Inclui: Arnês, capacete, lanterna frontal com pilhas, acompanhamento da equipa de monitores de Vertente Natural e seguro de acidentes pessoais.

A realização da actividade está sujeita a um numero mínimo de participantes.

Os valores apresentados incluem IVA à taxa em vigor.

segunda-feira, março 02, 2009

Património espeleológico em perigo

Derrocada ameaça Gruta do Zambujal
ROBERTO DORES, Setúbal

Sesimbra. Associação alerta para estado de degradação

A Gruta do Zambujal, em Sesimbra, foi descoberta em 1978, aquando de uma explosão de uma pedreira, e viria a ser a primeira cavidade do género em Portugal a merecer a classificação de património natural de interesse nacional, mas nem esse estatuto impediu o abandono a que tem sido votada. Segundo denuncia o presidente do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul (NECA), Francisco Rasteiro, depois de ter sido alvo de frequentes actos de vandalismo, aquele património, com cem milhões de anos, sofreu agora uma derrocada com a construção de uma estrada na zona.

Francisco Rasteiro, que recentemente visitou o interior gruta, revelou ao DN que o cenário é "desolador", tendo encontrado formações únicas completamente destruídas, como consequência das obras de construção dos acessos a uma torre de controlo de tráfico marítimo na Serra dos Pinheirinhos. "Houve a necessidade de retirar rocha num processo que durou seis meses. Nós denunciámos o risco que isso representava para a gruta, até porque se avançou para os trabalhos sem um estudo de impacte ambiental que permitisse apurar os danos que as obras iriam causar. A derrocada que se registou não nos surpreendeu totalmente", lamenta o presidente do NECA.

A Gruta do Zambujal, que pode ser visitada apenas com fins científicos, comporta um extenso complexo geológico de galerias e passagens, emergindo várias formações litoquímicas como estalactites e bandeiras de formas raras, como as asas-de- -borboleta ou as argolas, acolhendo também uma importante colónia de morcegos.

Integra um sistema de grutas da Serra da Arrábida, inserida num terreno que pertence a uma pedreira, mas, de acordo com Francisco Rasteiro, "nunca mereceu a devida atenção do Parque Natural da Arrábida [tutelado pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade]. A gruta está fechada e o potencial turístico não é aproveitado", refere, alertando que a legislação prevê que qualquer património classificado, em estado de degradação, dispõe de dois anos para ser recuperado, caso contrário perderá o estatuto.

"Já avisei que, se isso acontece, então é que a gruta será abandonada para sempre", adianta o presidente do NECA, que desde 1994 tem procurado "salvar este património único na Península Ibérica."

in DN - ler notícia