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quinta-feira, maio 25, 2017

Gonçalo Ribeiro Telles - 95 anos!

Gonçalo Pereira Ribeiro Telles  (Lisboa, 25 de maio de 1922) é um arquiteto paisagista, ecologista e político português.
Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I (Adelino da Palma Carlos), II e III (Vasco Gonçalves) Governos Provisórios. Foi Ministro de Estado e da Qualidade de Vida do VII Governo Constitucional (AD, Francisco Pinto Balsemão), de 1981 a 1983.

Biografia
Figura notável das questões do ordenamento do território e do uso da terra em Portugal, Gonçalo Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e terminou o Curso Livre de Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa (ISA).
Iniciou a sua vida profissional nos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, ao mesmo tempo que lecionava no ISA, tornando-se discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da arquitetura paisagista em Portugal. Com este professor publicará o livro A Árvore em Portugal, obra de referência sobre as espécies arbóreas existentes no nosso País. Mais tarde, na qualidade de professor catedrático convidado, criava as licenciaturas em Arquitectura Paisagista e em Engenharia Biofísica da Universidade de Évora.
Iniciou a sua intervenção pública como membro da Juventude Agrária e Rural Católica, estrutura juvenil ligada à Ação Católica Portuguesa, acentuando a sua oposição ao regime de Salazar nas sessões do Centro Nacional de Cultura, associação de que foi um dos fundadores em 1945 e da qual é ainda Presidente da Assembleia Geral. Com Francisco Sousa Tavares fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares. Em 1958 manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado. Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes.
Em 1969 integra a Comissão Eleitoral Monárquica, que se junta às listas da Acção Socialista Portuguesa, de Mário Soares, na coligação Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), liderada por Soares, para concorrer à Assembleia Nacional. Não seria eleito, tal como os restantes membros das listas da oposição democrática. Em 1971 ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica, reunião de três movimentos da resistência monárquica: o Movimento Monárquico Popular, a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa.
Após o 25 de Abril, com Francisco Rolão Preto, Henrique Barrilaro Ruas, João Camossa de Saldanha, Augusto Ferreira do Amaral, Luís Coimbra, entre outros, fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Diretório presidiu. Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares. Em 1979 alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República, consecutivamente, nas legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983 integra o VIII Governo Constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante o seu ministério, assume um papel preponderante no estabelecimento de um regime sobre o uso da terra e o ordenamento do território, ao criar as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Director Municipal.
Em 1984, após sair do governo e já afastado do PPM, fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a eleição como vereador. Em 1985 regressa à Assembleia da República, agora como deputado independente, eleito nas listas do Partido Socialista. Em 1993 fundou o Movimento o Partido da Terra, cuja presidência abandonou em 2007.
Entre os seus projetos, são de assinalar o espaço público do Bairro das Estacas, em Alvalade; os jardins da Capela de São Jerónimo, no Restelo; a cobertura vegetal da colina do Castelo de São Jorge; os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e — recebendo, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975 —; o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII, em 1996; e o conjunto de projetos que concebeu, entre 1998 a 2002, por solicitação da Câmara Municipal de Lisboa, das estruturas verdes principal e secundária da Área Metropolitana de Lisboa, e que se encontram hoje em diferentes fases de implementação: o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
Em abril de 2013 foi galardoado com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, a mais importante distinção internacional no âmbito da arquitetura paisagista.
Em 2010, integrando a Plataforma Cidadania e Casamento, manifestou-se publicamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, recentemente legalizado em Portugal
Em 2009 e 2013 apoiou a candidatura encabeçada por António Costa nas eleições autárquicas para o Município de Lisboa.
Em 2016, no festival de cinema IndieLisboa, foi apresentado o documentário A Vossa Terra - paisagens de Gonçalo Ribeiro Teles, do realizador João Mário Grilo.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Há três anos a incúria humana e um autêntico dilúvio martirizaram a Madeira

Ribeira de Santa Luzia transbordando para a Rua 5 de Outubro

O temporal na ilha da Madeira em 2010 foi uma sequência de acontecimentos iniciados por forte precipitação durante a madrugada do dia 20 de fevereiro, seguida por uma subida do nível do mar. Estes acontecimentos (conhecidos localmente como aluvião) provocaram inundações e derrocadas ao longo das encostas da ilha, em especial na parte sul.

Causas
Na origem do fenómeno esteve um sistema frontal de forte atividade associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores, segundo o Instituto de Meteorologia. O choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que aliada à elevada temperatura da água do oceano acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo. A orografia da ilha contribuiu para aumentar os efeitos da catástrofe. É possível que, aliado a valores de precipitação recorde, erros de planeamento urbanístico, tais como o estreitamento de leitos das ribeiras e a construção legal ou ilegal dentro ou muito próximo dos cursos de água, bem como falta de limpeza e acumulação de lixo nos leitos de ribeiras de menor dimensão tenham tornado a situação ainda mais grave.

Efeitos
A parte baixa da cidade do Funchal foi inundada e a circulação viária foi impedida por pedras e troncos de árvore arrastados pelas ribeiras de São João, Santa Luzia e João Gomes. Na freguesia do Monte, a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao Largo das Babosas, foi levada pela força das águas, junto com algumas das residências vizinhas. Alguns populares conseguiram salvar a imagem da virgem e vários ornamentos.
Atualmente foram confirmados cerca de 47 mortos, 600 desalojados e 250 feridos. O Curral das Freiras esteve acessível, embora com acesso condicionado. A freguesia da Serra de Água, a montante da Ribeira Brava, esteve completamente inacessível. Eram evidentes os sinais de destruição provocados pelas enxurradas, com as zonas altas do concelho do Funchal e, também, no concelho da Ribeira Brava a serem as mais afetadas.
A quantidade de água que caiu no dia 20 de fevereiro de 2010 sobre a Ilha da Madeira, em particular no Pico do Areeiro, foi o valor mais alto jamais registado em Portugal. Neste cume, o segundo mais alto da ilha, foram registados 185 litros por metro quadrado, sendo que os valores mais altos registados em Portugal até à altura não chegavam aos 120. O Funchal, com uma média anual de 750 l/m²,  registou em poucas horas 114 l/m² de precipitação.
Salvamento, limpeza e vítimas
O elevado número de vítimas transformou este evento na pior catástrofe da história da Madeira em mais de dois séculos. O governo nacional ponderou decretar estado de emergência. O governo autónomo da região, coordenou os salvamentos e a limpeza e deu abrigo às centenas de desalojados.
Rui Pereira, ministro da Administração Interna de Portugal, enviou à Região equipas de socorro no dia 21, que incluíam seis mergulhadores da Força Especial de Bombeiros, para ajudar na busca de cadáveres perdidos no mar, e cinco médicos do Instituto de Medicina Legal, para auxiliar nas autópsias. Enviou também pontes militares e um corpo de 15 elementos das Forças Armadas Portuguesas, para restabelecer as comunicações viárias nos locais afetados. A fragata Corte-Real chegou à Ilha da Madeira com meios humanos e materiais para auxiliarem nas buscas.
O primeiro-ministro português, José Sócrates, deslocou-se na noite de dia 20 ao Funchal, numa visita de solidariedade. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, expressou igualmente as suas condolências, visitando a Região no dia 24 de fevereiro de 2010.
O governo português declarou a observância de três dias de luto nacional.
NOTA: quem, como eu, tinha família na Madeira, também passou um mau bocado. Eu tive acesso, porque o meu cunhado esteve na primeira linha da ajuda às populações, a fotos muito impressionantes. Esperemos que os políticos, empresários e legisladores tenham aprendido com a tragédia, para que, da próxima (sim, porque haverá próxima vez...) haja menos mortos e prejuízos...

sexta-feira, maio 25, 2012

Gonçalo Ribeiro Telles - 90 anos!

Gonçalo Pereira Ribeiro Telles (Lisboa, 25 de maio de 1922) é um arquitecto paisagista e político português.
Figura notável das questões do ordenamento do território e do uso da terra em Portugal, Gonçalo Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e terminou o Curso Livre de Arquitectura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia. Iniciou a sua vida profissional como assistente deste instituto, tornando-se discípulo de Francisco Caldeira Cabral. Mais tarde seria professor catedrático convidado da Universidade de Évora, criando as licenciaturas em Arquitectura Paisagista e em Engenharia Biofísica.
Iniciou a sua intervenção pública como membro da Juventude Agrária e Rural Católica, acentuando a sua oposição ao regime nas sessões do Centro Nacional de Cultura. Com Francisco Sousa Tavares fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares, assumindo-se claramente contra o salazarismo. Em 1958 manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado. Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes. Em 1971 ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica.
Após o 25 de Abril fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Directório presidiu. Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional. Em 1979 integrou a Aliança Democrática, liderada por Francisco Sá Carneiro. Deputado à Assembleia da República, eleito em 1980, 1983, 1985, integrou o VIII Governo Constitucional, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante esse período criou as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e lançou as bases do Plano Director Municipal. Em 1984 fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleito vereador. Posteriormente fundou o Movimento o Partido da Terra, de que é presidente honorário, desde 2007.
Entre os seus restantes projectos, referenciem-se os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e com o qual recebeu, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975. Projectou também o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII, em 1996. De 1998 a 2002, por iniciativa da presidência da Câmara Municipal de Lisboa, coordenou uma equipa técnica responsável por um conjunto muito vasto de projectos, em Lisboa e na Área Metropolitana, relativos às estruturas verdes principal e secundária, hoje em diferentes fases de implementação, tais como o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa, da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
Em 1994 recebeu do então Presidente Mário Soares, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.

quinta-feira, julho 22, 2010

Armazenagem de gás natural no Carriço - notícia

Carriço alberga quatro novas cavernas de armazenagem de gás natural


O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse hoje que a construção de quatro novas cavernas de armazenagem subterrânea de gás no concelho de Pombal garantirá uma “forte capacidade de acréscimo da sustentabilidade” energética nacional.

“O país passa a ter uma capacidade acrescida de melhor gerir a sua relação com o gás natural, uma matéria-prima extremamente importante do ponto de vista do sistema de energia”, declarou Vieira da Silva aos jornalistas.

O ministro da Economia da Inovação e do Desenvolvimento presidiu à assinatura, no complexo industrial do Carriço, de um memorando de entendimento entre a Redes Energéticas Nacionais (REN) e a Galp Energia para a construção conjunta de quatro cavernas de armazenagem de gás natural.

Este combustível “tem uma potencialidade grande para se combinar com as energias renováveis”, já que “contribui cada vez mais para a produção de electricidade”, disse.

Vieira da Silva frisou que a construção das cavernas representará “um investimento de grande importância, quer do ponto de vista da segurança quer da competitividade”, criando “condições mais favoráveis para o armazenamento de gás em Portugal”.

A reserva estratégia nacional de gás natural ronda actualmente os 215 milhões de metros cúbicos.

Em caso de necessidade, essa reserva sustentaria o sector eléctrico durante 15 dias e a indústria e o consumo doméstico durante 20 dias.

A capacidade de armazenamento das quatro cavernas a escavar no subsolo do Carriço, nas jazidas de sal-gema, corresponderá a 240 milhões de metros cúbicos.

Na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento, intervieram ainda o secretário de Estado Carlos Zorrinho, o presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, e o presidente executivo da REN, Rui Cartaxo.

in Notícias do Centro (jornal on-line) - ler notícia


ADENDA: podem ainda ler o resumo da REN sobre a armazenagem de gás no Carriço AQUI ou ver o seguinte filme: