O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
PAULO SARAIVA (1964 - 2012). Faz hoje, dia 26 de janeiro de 2013, 49 anos
que nasceu Paulo Saraiva.
PAULO JORGE PEDROSO BARATA FEIO SARAIVA, nasceu em Coimbra, a 26 de janeiro
de 1964, e faleceu, em Lisboa, a 6 de fevereiro de 2012, estando sepultado no
cemitério da Conchada, em Coimbra. Morre aos 48 anos, na sua casa perto de
Lisboa, de acidente vascular cerebral. Mais um jovem talentoso, na voz e no
dedilhar da viola, algo envelhecido, que parte tão cedo.
Aos 11 anos, foi aluno da Escola de Guitarra Clássica, do extinto F.A.O.J.,
no ano de 1975, tendo como professor Luis Filipe Roxo. Frequenta o Conservatório
de Música de Coimbra, estudando guitarra clássica (viola), começando a cantar
por volta dos anos 80, na Escola de Fado do Chiado. Aqui, sob a orientação do
professor Jorge Gomes, que cedo se apercebe das suas qualidades de cantor, e
assim, decide abraçar decididamente o canto. Mais tarde, vem a pertencer à Tuna
Académica da Universidade de Coimbra, integrando a Orquestra e um Grupo de
Fados. Também faz parte da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra,
onde colabora na Orxestra Pitagórica e na Estudantina Universitária de
Coimbra.
É fundador do Grupo de Fados e Guitarradas "Torre d'Anto" e colaborou com
o Grupo "Toada Coimbrã", com o qual participou numa Serenata Monumental da
Queima das Fitas, que teve um impacto extraordinário. A partir daqui, começa a
cantar no grupo de António Portugal, com António Brojo, Aurélio Reis e Luis
Filipe, no qual se mantém até à morte de Portugal, em 26 de junho de 1994.
Cantou ao lado de grandes figuras da Canção de Coimbra, como Luiz Goes (1933 -
2012), António Bernardino (1941 - 1996), Augusto Camacho Vieira, Fernando Rolim,
e muitos outros. Foi acompanhado pelos guitarristas, como António Portugal,
António Brojo (1927 - 1999), Octávio Sérgio, António José Moreira, Henrique
Ferrão, António Vicente, entre outros. À viola, teve o acompanhamento de Aurélio
Reis, Luis Filipe, Durval Moreirinhas, Rui Pato, Luis Santos, e também muitos
outros.
Considerava-se especialmente influenciado por José Afonso (1929 - 1987),
António Portugal (1931 -1994) e Adriano Correia de Oliveira (1942 - 1982).
Gravou alguns discos, como a "Estudantina Passa", em 1988, depois em 1997, com
33 anos, grava "Canção com Lágrimas", da etiqueta Ovação, disco que obtém um êxito
assinalável. Colabora depois na fase de Lisboa, noutras gravações. Com efeito no
início dos anos 90 do século passado, radica-se em Lisboa, atuando por mais de
uma década na casa de fados "Sr. Vinho", onde de há muito se encontrava
Fernando Machado Soares. A sua carreira de cantor, passou por participações em
programas televisivos e radiofónicos, percorrendo o nosso país e o estrangeiro,
em países como Espanha, Holanda, França, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo,
Marrocos, Brasil, Cuba, Canadá, Tailândia, Malásia, Singapura e São Tomé e Príncipe.
O seu repertório incluía sobretudo Fados de Coimbra, Canção de
Intervenção e Música Popular Portuguesa, interpretando temas de grandes figuras
como Luiz Goes, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, suas e muitos
outros.
Paulo Saraiva, deixa uma enorme saudade, em todos os que o conheceram,
saudade que passa muito para além da controvérsia gerada na sua opção de
radicação em Lisboa. Deixa amigos, que jamais o esquecerão, recordando o homem,
e o artista, que precocemente envelheceu, e aquela voz magnífica e bem
timbrada, que se fazia acompanhar na sua viola.
"Augusto Hilário da Costa Alves nasceu em Viseu em 1864. No entanto, ao consultarmos a sua Certidão de Edade
no Arquivo da Universidade de Coimbra, reparamos que na transcrição do
seu registo de Baptismo, afinal, foi exposto na roda desta cidade
[Viseu] pelas cinco horas da manhã e que em vez de se chamar Augusto
Hilário refere a quem dei o nome de Lázaro Augusto.
Fica então a questão do porquê de Augusto Hilário. A resposta vem num documento anexo à Certidão de Edade referindo que no seu crisma solicitou para daí em diante se chamar Augusto Hilário (em 1877).
Quanto ao seu percurso escolar segundo João Inês Vaz e Júlio Cruz terá
principiado no Liceu de Viseu pois frequentou o Liceu de Viseu com o
intuito de fazer os estudos preparatórios para admissão à Faculdade de
Filosofia. Certo é que, em 1889, vem para Coimbra fazer os preparatórios
de Medicina. Dos Anuários da Universidade de Coimbra conclui-se que
esteve matriculado em Filosofia entre os anos lectivos de 1889/1890 e
1891/1892 como aluno obrigado, sendo de destacar também que no ano
lectivo de 1890/1891 frequentou a cadeira o Curso Livre de Língua Grega.
Nos anos lectivos de 1892/1893 a 1895/1896 esteve matriculado em
Medicina, tendo repetido o primeiro ano, tendo falecido quase a terminar
o Curso.
Viveu na Rua Infante D. Augusto n.º 60, no Largo do Observatório n º 5, e
na Travessa de S. Pedro n.º 14. No entanto, segundo os autores já
citados, quando veio para Coimbra também se inscreveu na Marinha para
receber subsídio do Estado Português.
É claro que durante o seu tempo de estudante cantou e tocou guitarra,
tendo feito parte da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (no tempo
em que o Doutor Egas Moniz, futuro Prémio Nobel da Medicina, era o
Presidente da Tuna). Participou também na célebre homenagem a João de
Deus, durante a qual, segundo João Inês Vaz e Júlio Cruz, após a
actuação, terá atirado a guitarra para a assistência e, claro está,
nunca mais a viu. Para obviar a falta da Guitarra, valeu-lhe o Ateneu
Comercial de Lisboa que lhe ofereceu a derradeira guitarra em 1895 (a
Guitarra do Hilário que hoje conhecemos).
Depois de ter actuado em diversos locais do país, acabou por falecer em
Viseu no dia 3 de abril de 1896. Segundo a cópia da Certidão de Óbito na
obra dos autores referenciados, morreu pelas nove horas da noite e sem
sacramentos. Além disso, foi sepultado no cemitério público desta cidade
[Viseu]."