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domingo, abril 13, 2025

Descoberta paleontológica interessante na África do Sul...

Descoberto fóssil “de dentro para fora” de criatura mais antiga que os dinossauros



O fóssil é particularmente notável por ter preservado todos os seus tecidos moles, enquanto as partes mais duras se decompuseram.

Um novo estudo publicado na revista Papers in Paleontology revelou a descoberta de um fóssil com 444 milhões de anos que apresenta tecidos moles excecionalmente preservados, oferecendo novas perspetivas sobre os primeiros artrópodes.

Encontrado na África do Sul, este espécime, denominado Keurbos susanae, terá vivido durante o período Ordovícico (superior), na altura da extinção em massa que eliminou quase 85% da vida marinha.

O fóssil, apelidado de “Sue”, é um dos mais raros achados do seu género, com o seu interior – incluindo músculos, tendões e vísceras – preservado em grande detalhe, enquanto a sua carapaça, pernas e cabeça se decompuseram ao longo de milhões de anos.

A descoberta foi feita no xisto de Soom, um local conhecido por produzir fósseis com tecidos moles preservados. A equipa de investigação, liderada pela paleontóloga Sarah Gabbott, da Universidade de Leicester, identificou a espécie como um artrópode marinho primitivo.

No entanto, a preservação “de dentro para fora” do fóssil deixou os cientistas inseguros quanto às suas relações evolutivas exactas. Ao contrário da maioria dos fósseis, que preservam partes duráveis como os exoesqueletos, os tecidos moles de Sueestão notavelmente intactos, sugerindo um processo único de preservação, possivelmente ligado ao ambiente ácido e de baixo oxigénio em que foi enterrado.

A fossilização da Sue ocorreu num oceano antigo, onde os níveis de oxigénio eram baixos e a água continha elevadas concentrações de sulfureto de hidrogénio. Este ambiente pode ter contribuído para a preservação dos tecidos moles, enquanto os exoesqueletos mais resistentes de criaturas semelhantes se dissolveram devido às condições ácidas, explica o Live Science.

A nova espécie, que foi batizada em honra da mãe de Gabbott, representa um raro vislumbre da vida durante o evento de extinção do Ordoviciano Superior, um período marcado por mudanças ambientais dramáticas. Apesar da sua extraordinária preservação, a posição exacta do fóssil na árvore evolutiva permanece pouco clara, uma vez que a ausência da sua concha e membros complica as comparações com outras espécies de artrópodes da mesma época.

Os cientistas acreditam que, após 25 anos de busca, parece improvável que sejam encontrados outros espécimes de Keurbos susanae com pernas ou cabeças intactas, especialmente porque a atividade de extração de pedras enterrou o local original.

 

in ZAP

quinta-feira, abril 11, 2024

Mais uma notícia triste para os malucos da "terra jovem"...

Há fósseis marinhos no topo do Evereste (e não, não é culpa de uma grande inundação)

 

O monte Evereste, a montanha mais alta do Mundo

 

No topo do Monte Evereste, na cordilheira dos Himalaias, há fósseis de animais marinhos no calcário sedimentar. Mas como?

No cume da montanha mais alta do mundo existem fósseis de animais marinhos, mais concretamente no calcário sedimentar, conhecido como o Calcário de Qomolangma.

Segundo o IFL Science, depois de esta informação ter sido disseminada pela Internet, vários internautas ficaram intrigados com a questão: como teriam estes restos de criaturas do mar chegado ao topo da montanha?

Os fósseis são de criaturas do período Ordovícico, entre 488 milhões e 443 milhões de anos atrás, e incluem trilobites, braquiópodes, ostracodes e crinóides, todos organismos já extintos.

Vários utilizadores apontaram, no Facebook, que o mistério é explicado por uma grande inundação, mas não. A presença dos fósseis é resultado da dinâmica das placas tectónicas, na altura em que os Himalaias ainda não eram uma cordilheira.

Quase todas as rochas sedimentares são formadas pela erosão hídrica, que tritura os minerais ao longo de milhares ou milhões de anos, antes de serem compactados e transformados sob pressão em rochas sedimentares.

A rocha e a presença de antigas criaturas marinhas são um sinal de que o cume do Monte Evereste já esteve submerso e que algo aconteceu para que aquela rocha alcançasse os mais de oito mil metros de altura.

O Evereste e os Himalaias foram formados após uma colisão entre as placas continentais da Eurásia e da Índia, que chocaram há cerca de 40-50 milhões de anos.

A placa da Eurásia foi parcialmente amassada e curvada acima da placa indiana, mas, como ambas têm uma baixa densidade e alta flutuabilidade, nenhuma pôde entrar em subducção, isto é, nenhuma delas mergulhou sob o manto.

Isso fez com que a crosta continental engrossasse e criasse falhas devido às forças de compressão, elevando os Himalaias e o planalto tibetano.

Esta é a razão que explica a presença de fósseis marinhos na montanha.

O Monte Evereste é a montanha de maior altitude do nosso planeta, com o seu pico a posicionar-se a 8849 metros acima do nível do mar. Contudo, há outras montanhas a crescer a um ritmo mais elevado, o que significa que vão ultrapassar o Evereste mais tarde ou mais cedo.

Nanga Parbat, uma montanha localizada na parte paquistanesa da cordilheira dos Himalaias, é a que se encontra mais perto de o ultrapassar. Atualmente, tem 8126 metros de altitude e cresce a um ritmo de sete milímetros por ano.

As previsões indicam que se torne a montanha mais alta do mundo numa questão de um quarto de milhão de anos.

 

in ZAP

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Água de pedra

Do blog Pedras Soltas, do geopedrado Ricardo Pimentel, roubámos o seguinte post:

“É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.”

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Fotografias tiradas a 1 de Dezembro de 2008 a caminho de S. João do Deserto.

PS - Belas fotos - o Ordovícico da Serra do Espinhal fica tão bem vestido de branco...!