No dia 25 de Julho, conforme aqui referimos anteriormente, participei (mais o filho, mulher e uma colega reformada) na Geologia no Verão que dá nome a este post.
Foi uma excelente actividade: permitiu ver antigo professores da Universidade em plena forma, rever o Senhor Virgílio Sousa (ex-funcionário do Departamento e nosso colega de diversas Geologias no Verão...), conhecer as maravilhas das profundezas de Coimbra e perceber melhor o passado da cidade.
Começámos junto à estátua de El-Rei D. Dinis, junto a uma curiosa amostra fotográfica 3D das lutas académicas de 69 (é curioso ver o Almirante Américo Thomaz e o José Hermano Saraiva à porta das Matemáticas, com uma turbe de capa-e-batina do lado oposto da rua...). Daí fomos até ao Hospital Velho (Colégio de S. Jerónimo), onde entrámos numa cisterna deste edifício.
Em seguida fomos para o Jardim da Sereia, onde nos dividimos em dois grupos: o meu começou pela Mina de Água que abastece o Jardim Botânico (nas cercanias da Escola Secundária José Falcão) e passou depois para o Túnel de Ribelas (que passa debaixo da Praça da República) - tendo, o outro grupo, feito ao contrário.
Foi excelente para quem, como eu, gosta de buracos: a apresentação inicial, vista na Cisterna, era excelente (e até com novidades científicas fresquinhas...), as explicações muito boas, o convívio fantástico, a imprensa, que se portou bem, tudo correu de forma perfeita (faltou só dizer que os participantes deviam trazer fato-macaco - no túnel de Rebela era a farda ideal...).
Ficámos com vontade de voltar para o ano (não, não o faço, pois haverá muita gente interessada se os Doutores a repetirem...).
Para sublinhar os nossos pontos de vista aqui ficam algumas fotos:
Recordar as lutas académicas de 1969 - os estudantes
Recordar as lutas académicas de 1969 - o Regime Descendo para a Cisterna
Debate na Cisterna
PowerPoint na Cisterna - locais a visitar
Sorrisos...!
PowerPoint na Cisterna - localização da Mina que abastece o Jardim Botânico
JB - não, não tem nada a ver com a água da vida celta...!
Explicações - parte I
Explicações - parte II
É bom ser pequeno...!
A mina - vista de zona só escavada e conduta de água
Conversa num antigo poço de ventilação
Falha
Na mina- zona mais baixa...
À entrada do buraco do Túnel da Ribela
O buraco...
Descendo 10 metros até ao Túnel
Numa parte larga do túnel
Pequeno arco, de sustentação, e antigo nível intermédio de transporte de águas
Jovens exploradores do Túnel da Ribela
Estalactites calcárias - túnel da Ribela (debaixo da Praça da República) A saída do buraco, junto à fonte do Jardim da Sereia ADENDA: faz hoje 10 anos que morreu o poeta
Alexandre Pinheiro Torres - apenas um poema para o recordar:
MORTE: SUAS CONTAS DE DIVIDIR
O horizonte divide-nos nas suas mentiras:
ou é uma árvore ou um rio e todos os anzóis que engoliu
ou uma mandíbula de peixe ou o sol: o velho incendiário ambulante.
A morte essa é um maravilhoso número indivisível.
in A Flor Evaporada - Alexandre Pinheiro Torres