sábado, novembro 14, 2020
Dois bisavós do atual Duque de Bragança morreram, com 55 anos de diferença, neste dia de novembro...
Postado por Fernando Martins às 09:09 0 bocas
Marcadores: D. Miguel I, Duque de Bragança, El-Rei, princesa imperial do Brasil, princesa Isabel
sexta-feira, novembro 06, 2020
El-Rei D. João IV, O Restaurador, morreu há 364 anos
Postado por Fernando Martins às 00:36 0 bocas
Marcadores: D. João IV, dinastia de Bragança, Duque de Bragança, El-Rei, Guerra da Restauração, música
terça-feira, outubro 13, 2020
A Mulher (e Rainha) que nos ajudou a separar da Espanha dos Filipes nasceu há 407 anos
Em 1621, na subida ao trono de Filipe IV, o plano de incorporação de Portugal na Coroa de Espanha tinha já realizado duas fases: a fase da união pela monarquia dualista jurada em Tomar (1581) por Filipe II, prometendo o respeito pela autonomia do Governo de Portugal; e a fase da anexação, entretanto operada durante o reinado de Filipe III (1598-1621).
No início do reinado de Filipe IV faltava apenas consumar a absorção de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução dessa fase final da absorção. O conde-duque indicava três caminhos:
- Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
- Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
- Abandonar a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser vice-reis, embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.
Rainha de Portugal
Após a aclamação, instalou-se em Lisboa com os filhos, vivendo para a sua educação. Não teve um papel apagado, pois, aquando da revolta de 1641, foi de parecer que os culpados não mereciam perdão, mesmo o inocente duque de Caminha. Exerceu governo sempre que o Rei acorria à fronteira do Alentejo, como, em julho de 1643, auxiliada nos negócios públicos por D. Manuel da Cunha, bispo capelão-mor, Sebastião César de Meneses e o marquês de Ferreira.
Desde muito cedo, as rainhas de Portugal contaram com os rendimentos de bens, adquiridos na sua grande maioria por doação. Às rainhas cabiam tenças sobre a receita das alfândegas, a vintena do ouro de certas minas, para além dos rendimentos das terras de que dispunham e a nomeação dos respectivos ofícios.
No entanto, e de acordo com o estipulado nas Ordenações Manuelinas, as doações feitas às rainhas, mesmo quando não reservavam para o monarca nenhuma parte da jurisdição cível e crime, deviam ser interpretadas com reserva da mais alta superioridade e senhorio para o Rei. Para além de estipularem as formas de exercício da jurisdição das rainhas, determinavam o regimento do ouvidor, que era desembargador na Casa da Suplicação.
Após o período de domínio filipino, durante o qual cessara o estado, dote e jurisdição das rainhas, D. João IV determinou que sua mulher, D. Luísa Gabriela de Gusmão, detivesse todas as terras que tinham pertencido à anterior rainha D. Catarina: (Silves, Faro, Alvor, Alenquer, Sintra, Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, Óbidos, Caldas da Rainha e Salir do Porto), com as respectivas rendas, direitos reais, tributos e ofícios (vedor, juiz, ouvidor e mais desembargadores, oficiais dos feitos de sua fazenda e estado), padroados, e toda a jurisdição e alcaidarias mores, de acordo com a Ordenação manuelina.
Por Carta de 10 de janeiro de 1643 foram confirmadas as doações e jurisdição das rainhas. A 9 de fevereiro do mesmo ano, foram doadas a D. Luísa as terras da Chamusca e Ulme, mais bens pertencentes ao morgado Rui Gomes da Silva, e ainda o reguengo de Nespereira, Monção e Vila Nova de Foz Côa.
D. Luísa, por Decreto de 16 de julho de 1643, criou o Conselho ou Tribunal do Despacho da Fazenda e Estado da Casa das Senhoras Rainhas, constituído por um ouvidor presidente, dois deputados, um provedor, um escrivão e um porteiro. O Regimento do Conselho da Fazenda e Estado, outorgado em 11 de outubro de 1656, fixou a existência de um vedor da Fazenda, um ouvidor e dois deputados, um dos quais ouvidor geral das terras das rainhas, um procurador da Fazenda e respectivo escrivão, um chanceler e um escrivão da câmara. Esse regimento viria a ser confirmado por alvará de 11 de maio de 1786.
Regente do Reino
No testamento do esposo, D. Luísa foi nomeada regente durante a menoridade de D. Afonso VI, aclamado no Paço da Ribeira em 15 de novembro de 1656, aos 13 anos. Era voz corrente que D. Afonso sofria de grave doença, pelo que chegou-se a pensar no adiamento da cerimónia.
A regente procurou organizar o governo de modo a impor-se às facções palacianas em jogo. Nomeou D. Francisco de Faro e Noronha, conde de Odemira, para aio do monarca e manteve os ofícios da casa real nas mãos dos que os exerciam no tempo do marido. Os negócios públicos continuaram com os secretários de Estado e Mercês, Pedro Vieira da Silva e Gaspar de Faria Severim.
Mas a rivalidade entre o conde de Odemira e D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, dificultou a sua acção. Viu-se assim coagida a nomear a chamada Junta Nocturna (por ter reuniões à noite) com vários conselheiros da sua confiança. Além dos dois nobres, havia ainda o marquês de Nisa, Pedro Fernandes Monteiro, o conde de São Lourenço e, o principal, Frei Domingos do Rosário, hábil diplomata. O sistema durou durante a regência, útil para a boa marcha dos negócios públicos.
Durante sua regência houve a grande vitória portuguesa das Linhas de Elvas, em 14 de janeiro de 1659, batalha decisiva porque a derrota implicaria a perda de Lisboa. Não foi uma vitória decisiva, pois o Tratado dos Pirinéus iria deixar a Espanha sem outros compromissos militares e Portugal voltaria a sentir ameaças mais graves.
O partido afecto a D. Afonso VI lançou-se abertamente na luta contra a regente, sob a orientação de D. Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º conde de Castelo Melhor. Em 1661, a rainha pretendia abandonar o governo, chegando a redigir um papel para justificar a sua atitude e a «monstruosidade que representava o reino com duas cabeças». Mas temendo a desastrosa administração de seu filho, resolveu manter-se regente.
A aliança com Inglaterra, assinada em 1662, foi em grande parte obra sua, bem como a organização das forças que, no ano seguinte, já no governo de D. Afonso VI, vieram a obter as vitórias da Guerra da Restauração. A viúva de D. João IV defendeu os princípios de liberdade e independência da restauração e manteve-se no governo, receosa de que o filho mais velho o comprometesse.
Jaz no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, para onde foi trasladada de Xabregas.
Postado por Fernando Martins às 04:07 0 bocas
Marcadores: dinastia de Bragança, dinastia filipina, Duque de Bragança, duque de Medina-Sidónia, Luísa de Gusmão, Rainha de Portugal, Restauração
quarta-feira, maio 20, 2020
Fartar, vilanagem... - a batalha de Alfarrobeira foi há 571 anos
A Batalha de Alfarrobeira foi o recontro travado entre o jovem rei D. Afonso V e o Infante D. Pedro, seu tio, em 20 de maio de 1449, junto da ribeira do lugar de Alfarrobeira, em Vialonga, perto de Alverca. No princípio do ano de 1448, aconselhado por seu tio bastardo, D. Afonso, Duque de Bragança, pelo filho do anterior, o Conde de Ourém e pelo arcebispo de Lisboa, decidiu D. Afonso V afastar do governo do reino, o seu tio, tutor e sogro, que abandonou a corte, a pretexto da administração das suas terras e se instalou na casa ducal de Coimbra.
Poema da Alfarrobeira
Era Maio, e havia flores vermelhas e amarelas
nos campos de Alfarrobeira.
O homem,
de burel grosso e barba de seis dias,
arrastava os tamancos e o cansaço.
Ao lado iam seguindo os bois puxando o carro,
naquele morosíssimo compasso
que engole o tempo ruminando o espaço.
Era um velho mas tinha a voz sonora
e com ela incitava os bois em andamento,
voz cantada que os ecos prolongavam
indefinidamente.
Era um deus soberano e maltrapilho
a cuja imperiosa voz aquelas massas
de carne musculada
maciça, rude, bruta, inamovível,
obedeciam mansas e seguiam
no sulco aberto
como se um pulso alado as dirigisse,
mornas e sonolentas.
A voz era a de um deus que os mundos cria,
que do nada faz tudo,
que vence a inércia e anula a gravidade,
que levita o que pesa e o trata como leve.
Potência aliciadora alonga-se e prolonga-se
nos plainos da paisagem,
enquanto os animais prosseguem no caminho
do seu quotidiano,
pensativos e absortos.
Lá em baixo, na margem do ribeiro,
estendido sobre a erva,
jaz o infante.
Do seu coração ergue-se a haste de um virote
erecta como um junco,
e já nenhuma voz o acordará.
in Novos Poemas Póstumos (1990) – António Gedeão
Postado por Fernando Martins às 00:57 0 bocas
Marcadores: António Gedeão, Batalha de Alfarrobeira, D. Afonso V, Duque de Bragança, Duque de Coimbra, Ínclita geração, Infante D. Pedro, poesia
sexta-feira, maio 15, 2020
D. Duarte, Duque de Bragança e Chefe da Casa Real Portuguesa, faz hoje 75 anos!
- D. Afonso de Santa Maria de Bragança (Lisboa, 25 de março de 1996) Príncipe da Beira, Duque de Barcelos e Infante de Portugal. Foi baptizado em Braga, pelo Arcebispo de Braga, Eurico Dias Nogueira, a 1 de junho de 1996, e teve como padrinhos, Afonso de Herédia, irmão da Mãe, e Elena Sofia de Bourbon Duas-Sicílias.
- Maria Francisca Isabel de Herédia de Bragança (Lisboa, 3 de março de 1997) Duquesa de Coimbra e Infanta de Portugal. Foi baptizada em Vila Viçosa, pelo Arcebispo de Évora, Maurílio Jorge Quintal de Gouveia, a 31 de maio de 1997, e teve como padrinhos Maria de Liechtenstein, prima por via materna do Pai, e Henrique Nuno de Bragança, irmão do Pai.
- Dinis de Santa Maria de Herédia de Bragança (Lisboa, 25 de novembro de 1999) Infante de Portugal e Duque do Porto. Foi baptizado no Porto, pelo Bispo do Porto, Armindo Lopes Coelho, a 19 de fevereiro de 2000, na Sé Catedral da cidade do Porto, e teve como padrinhos Sebastião de Herédia, irmão da Mãe, e Ana Cecília de Bourbon-Duas Sicílias.
Postado por Fernando Martins às 07:50 0 bocas
Marcadores: D. Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança, Monarquia
quinta-feira, março 19, 2020
El-Rei D. João IV, O Restaurador, nasceu há 416 anos
D. João IV (Vila Viçosa, 19 de março de 1604 - 6 de novembro de 1656) foi o vigésimo primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança.
Postado por Fernando Martins às 04:16 0 bocas
Marcadores: D. João IV, dinastia de Bragança, Duque de Bragança, El-Rei, Monarquia, Restauração
quinta-feira, novembro 14, 2019
Os bisavós do atual Duque de Bragança morreram, com 55 anos de diferença, neste dia de novembro...
Postado por Fernando Martins às 09:08 0 bocas
Marcadores: D. Miguel I, Duque de Bragança, El-Rei, princesa imperial do Brasil, princesa Isabel
quarta-feira, novembro 06, 2019
El-Rei D. João IV, O Restaurador, morreu há 363 anos
Postado por Fernando Martins às 00:36 0 bocas
Marcadores: D. João IV, dinastia de Bragança, Duque de Bragança, El-Rei, Guerra da Restauração, música
segunda-feira, maio 20, 2019
Fartar, vilanagem... - a Batalha de Alfarrobeira foi há 570 anos
A Batalha de Alfarrobeira foi o recontro travado entre o jovem rei D. Afonso V e o Infante D. Pedro seu tio, em 20 de maio de 1449, junto da ribeira do lugar de Alfarrobeira, em Vialonga, perto de Alverca. No princípio do ano de 1448, aconselhado por seu tio bastardo D. Afonso, Duque de Bragança, pelo Conde de Ourém e pelo arcebispo de Lisboa, decidiu D. Afonso V afastar do governo do reino o seu tio, que abandonou a corte, a pretexto da administração das suas terras e se instalou na casa ducal de Coimbra.
D. Pedro Regente de Portugal
Claro em pensar, e claro no sentir,
é claro no querer;
indiferente ao que há em conseguir
que seja só obter;
dúplice dono, sem me dividir,
de dever e de ser-
não me podia a Sorte dar guarida
por não ser eu dos seus.
Assim vivi, assim morri, a vida,
calmo sob mudos céus,
fiel à palavra dada e à ideia tida.
Tudo o mais é com Deus!
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 00:57 0 bocas
Marcadores: Batalha de Alfarrobeira, D. Afonso V, Duque de Bragança, Duque de Coimbra, Ínclita geração, Infante D. Pedro
quarta-feira, maio 15, 2019
O atual Duque de Bragança faz hoje 74 anos
- Afonso de Santa Maria de Bragança (Lisboa, 25 de março de 1996), reivindica o título de Príncipe da Beira e o Duque de Barcelos, além de reivindicar ser um Infante de Portugal. Foi baptizado em Braga, pelo Arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, a 1 de junho de 1996, e teve como padrinhos, Afonso de Herédia, irmão da Duquesa de Bragança e Elena Sofia de Bourbon-Duas Sicílias.
- Maria Francisca Isabel Micaela Gabriela Rafaela Paula de Bragança (Lisboa, 3 de março de 1997), pretendente aos títulos de Duquesa de Coimbra e de Infanta de Portugal. Foi baptizada em Vila Viçosa, pelo Arcebispo de Évora, D. Maurílio Quintal de Gouveia, a 31 de maio de 1997, e teve como padrinhos Marie de Liechtenstein, prima por via materna de Duarte, e Henrique de Bragança, Duque de Coimbra, irmão do pai.
- Dinis de Bragança (Lisboa, 25 de novembro de 1999), reivindica os títulos de Infante de Portugal e Duque do Porto. Foi baptizado no Porto, pelo Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, a 19 de fevereiro de 2000, na Sé Catedral da cidade do Porto, e teve como padrinhos Sebastião de Herédia, irmão da Duquesa de Bragança e Ana Cecília de Bourbon-Duas Sicílias.
Postado por Fernando Martins às 07:40 0 bocas
Marcadores: D. Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança, estado novo, Monarquia Constitucional, Timor-Leste