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segunda-feira, novembro 27, 2023

Fernando Lopes-Graça morreu há vinte e nove anos...

(imagem daqui)

 

Fernando Lopes-Graça (Tomar, 17 de dezembro de 1906 - Parede, Cascais, 27 de novembro de 1994) é considerado um dos maiores maestros e compositores portugueses do século XX.
 
Biografia
Nasceu em Tomar, a 17 de dezembro de 1906, cidade sobre a qual escreveria que é onde «o monumento completa a paisagem; a paisagem é o quadro digno do monumento; e a luz é o elemento transfigurador e glorificador da união quase consubstancial da Natureza com a Arte.»
Apenas com 14 anos, começou a trabalhar como pianista no Cine-Teatro de Tomar, procedendo ele próprio aos "arranjos" dos trechos que interpretava, tocando peças de Debussy e de compositores russos contemporâneos. Na época, competiam em Tomar as duas bandas rivais: Gualdim Pais e a Nabantina.
Em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa, tendo como professores: Adriano Meira (Curso Superior de Piano), Tomás Borba (Composição) e Luís de Freitas Branco (Ciências Musicais); em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor o Mestre Vianna da Motta (antigo aluno de Liszt), considerado o maior pianista português de todos os tempos.
Em 1928, frequentaria também o curso de Ciências Históricas e Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa, que viria a abandonar em 1931, em protesto contra a repressão a uma greve académica.
Entretanto, funda em Tomar o semanário republicano "A Ação".
Em 1931, no dia em que conclui, com a mais alta classificação, as provas de concurso para Professor de Solfejo e Piano do Conservatório Nacional, é preso pela polícia política, encerrado no Aljube e, a seguir, desterrado para Alpiarça.
Em 1934 concorre a uma bolsa de estudo, na área da música, para Paris. Ganha o concurso mas a decisão do Júri é anulada por ordem da polícia política.
Em setembro de 1935 é de novo preso e enviado para o Forte de Caxias.
Em 1937 é libertado e parte para França por conta própria, aproveitando para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin.
Em 1939 recusa a nacionalidade francesa, sendo forçado a regressar a Portugal.
Em 1940 é-lhe proposto dirigir os Serviços de Música da Emissora Nacional. Não chega a tomar posse do cargo porque recusa assinar a declaração de "repúdio ativo do comunismo e de todas as ideias subversivas" que, então, era exigida a todos os funcionários públicos.
Em 1945 integra o Movimento de Unidade Democrática (MUD], do qual virá a ser dirigente. No âmbito das atividades do MUD, Fernando Lopes-Graça cria o Coro do Grupo Dramático Lisbonense, mais tarde Coro da Academia dos Amadores de Música que, após a sua morte, foi renomeado Coro Lopes-Graça da Academia de Amadores de Música, como forma de homenagem. As Canções Regionais Portuguesas e as Canções Heroicas são cantadas pelo Coro por todo o país. Por essa altura adere ao Partido Comunista Português.
A repressão por parte do regime fascista cresce e acentua-se: na década de cinquenta as orquestras nacionais são proibidas de interpretar obras de Fernando Lopes-Graça; os direitos de autor são-lhe roubados; é-lhe anulado o diploma de professor do ensino particular; é obrigado a abandonar a Academia dos Amadores de Música, à qual só regressa em 1972.
É autor de uma vasta obra literária incidente em reflexões sobre a música portuguesa e a música do seu tempo, mas maior ainda é a sua obra musical, da qual são assinaláveis os concertos para piano e orquestra, as inúmeras obras corais de inspiração folclórica nacional, o Requiem pelas Vítimas do Fascismo (1979), o concerto para violoncelo encomendado e estreado por Rostropovich, e a vastíssima obra para piano, nomeadamente as seis sonatas que constituem um marco na história da música pianística portuguesa do século XX.
A 9 de abril de 1981 é feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 2 de fevereiro de 1987 é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
       
   in Wikipédia

 


terça-feira, março 01, 2022

A Universidade de Coimbra, alma mater dos Geopedrados, faz hoje 732 anos!

   
A Universidade de Coimbra é uma universidade localizada na cidade de Coimbra, em Portugal. É uma das universidades mais antigas do mundo ainda em operação, sendo a mais antiga e uma das maiores do país. Composta por 3 polos, 8 faculdades e 18 museus, a instituição conta ainda com o Jardim Botânico e o Estádio Universitário de Coimbra, num espaço com 25.188 alunos em 2020.
A sua história remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi criada a 1 de março 1290, quando o Rei D. Dinis I assinou em Leiria o documento Scientiae thesaurus mirabilis, o qual criou a própria universidade, que foi intermediada e foi confirmada pelo Papa. Fixada definitivamente em Coimbra em 1537, sete anos mais tarde todas as suas Faculdades se instalam no antigo Paço Real da Alcáçova (denominado Paço das Escolas após a sua aquisição pela Universidade de Coimbra em 1597).
Organizada em oito faculdades, de acordo com uma variedade de campos de conhecimento, a universidade oferece todos os graus académicos em Arquitetura, Educação, Engenharia, Humanidades, Direito, Matemática, Medicina, Ciências Naturais, Psicologia, Ciências Sociais e Desporto.
A Universidade de Coimbra possui aproximadamente 25 mil estudantes, abrangendo uma das maiores comunidades de estudantes internacionais em Portugal, sendo a sua universidade mais cosmopolita. Além disso, é o membro-criador do chamado Grupo Coimbra, uma rede de universidades europeias cujo objetivo é a colaboração académica entre os elementos do grupo. Em 22 de junho de 2013 foi declarada Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A nível mundial, a Universidade de Coimbra destaca-se ainda pelo seu alinhamento com os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, tendo alcançado a 21.º posição no ranking publicado pela Times Higher Education (THE) o qual inclui mais de 1000 universidades e politécnicos de todo o mundo.