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terça-feira, maio 08, 2018

A cantora Elvira Pagã morreu há quinze anos

(imagem daqui)
 
Elvira Pagã, pseudónimo de Elvira Olivieri Cozzolino (Itararé, 6 de setembro de 1920 - Rio de Janeiro, 8 de maio de 2003), foi uma atriz, cantora, compositora e vedeta brasileira.

Vida
Nasceu em São Paulo e mudou ainda pequena, com a família, para o Rio de Janeiro, onde estudou num colégio de freiras - Imaculada Conceição. Ainda estudante organiza, junto com a irmã Rosina, diversas festas onde travam relações com o meio artístico carioca, sobretudo com os integrantes do Bando da Lua.
Ainda na década de 30 realizam um espetáculo de inauguração do "Cine Ipanema", junto com os Anjos do Inferno, ocasião em que recebem de Heitor Beltrão o apelido de "Irmãs Pagãs" - que então adotam para o resto da vida, tanto para a parceria, que dura até 1940, ano em que Elvira casa e termina a dupla, como nas respectivas carreiras a solo.
As irmãs realizam um total de treze discos, juntas, além de filmes como Alô, Alô, Carnaval, em 1935, e o argentino "Tres anclados en París", de 1938.
Elvira torna-se uma das maiores estrelas do Teatro de Revista, disputando com Luz del Fuego o papel de destaque dentre as mais ousadas mulheres brasileiras de seu tempo: foi a primeira a usar biquini em Copacabana; nos anos 50 posou nua para uma foto, que distribui, como cartão de Natal.
A beleza e sensualidade fizeram-lhe a fama, sendo uma das "sexy symbols" mais cobiçadas da época. Foi a primeira Rainha do Carnaval carioca - inovação nos festejos, mantida até o presente.
Foi responsável direta por uma das tentativas de suicídio do compositor Assis Valente, ao lhe cobrar, de forma escandalosa, uma dívida.
A partir da década de 70 torna-se pintora, adotando um estilo esotérico, sem grande destaque nesta nova iniciativa.
Com a maturidade foi se tornando misantropa e temperamental, evitando qualquer contacto com as pessoas, sobretudo a imprensa e pesquisadores. A morte somente foi divulgada após três meses da ocorrência, pela irmã, que morava nos Estados Unidos.

Música
A carreira musical pode ser dividida em duas partes: a primeira, onde fazia parceria com a irmã, na dupla "Irmãs Pagãs"; a segunda, em carreira solo, onde também aventurou pela composição de marchinhas e sambas.
Fez, com a irmã, turnê pela Argentina, Peru e Chile, durante quatro meses. Apresentavam-se nas rádios, como a Mayrink Veiga e com a irmã gravou ao todo treze discos.
O seu primeiro disco a solo data de 1944 e no ano seguinte gravou um novo trabalho que constituiu uma novidade, para a época, uma vez que possuía apenas quatro músicas. Gravou em diversos estúdios, como o Continental, Todamérica e outros, além de diversas parcerias, como com Herivelto Martins, Orlando Silva e outros.