domingo, agosto 17, 2025

João Donato nasceu há noventa e um anos...

   
Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros. Na década de 50, João Donato mudou-se para os Estados Unidos, onde permanece durante treze anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana no jazz. Grava o disco A Bad Donato e compõe músicas como "Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil.
Entre as composições mais conhecidas do músico, estão: "Amazonas", "Lugar Comum", "Simples Carinho", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar". Segundo o crítico musical Tárik de Souza: "Durante muito tempo, João Donato foi um mito das internas da MPB. Génio, desligado, louco, de tudo um pouco."
 
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João Donato vivia no bairro da Urca, no Rio. Ele era casado com a jornalista Ivone Belem, desde 2001 e era pai de Jodel, Joana e Donatinho.
Morreu em 17 de julho de 2023, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. O artista enfrentava uma série de problemas de saúde e, recentemente, tratou uma infeção nos pulmões. Em junho, conforme publicado pelo filho Donatinho, ele esteve internado na Casa de Saúde São José no Rio.
 
 

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