Batalha de Montes Claros - Sala das Batalhas do Palácio Fronteira, em Lisboa
A Batalha de Montes Claros, foi travada em 17 de junho de 1665, em Montes Claros, perto de Borba, entre Portugueses e Espanhóis. Preparam-se os espanhóis para um ataque que tudo levasse de vencida,
mas, por seu lado, os governantes portugueses tomaram todas as cautelas e
providências indispensáveis para a defesa do reino. Calculando que a
tentativa de invasão seria feita através das fronteiras do Sul, isto é pelo Alentejo, foi nessa província que se tomaram as maiores precauções. Três mil e quinhentos homens foram sem demora enviados de Trás-os-Montes, constituindo quatro terços de infantaria e catorze companhias de cavalaria.
Entretanto, o exército português avançava para socorrer a praça, mas
foi resolvido pelo comando que as tropas se detivessem em Montes Claros,
a aproximadamente meio caminho entre Vila Viçosa e
Estremoz.
O general espanhol, ao saber da proximidade do exército português, deu
ordens imediatas para que as forças de que dispunha marchassem ao
encontro do adversário. Carregando em massa, a cavalaria espanhola abriu
brechas nos terços de infantaria da primeira linha, mas foi recebida
com uma chuva de metralha disparada pela
artilharia comandada por D. Luís de Meneses. Os esquadrões de
Castela, obrigados a recuar refizeram-se e lançaram segunda carga sobre o terço de
Francisco da Silva Moura, causando a morte deste e de mais trinta soldados portugueses.
O Marquês de Marialva não estava disposto a ceder terreno ou a perder
o ânimo. Sob as suas ordens, as brechas abertas pela cavalaria
espanhola foram colmatadas, enquanto a artilharia não cessava de fazer
fogo sobre os castelhanos. Uma segunda carga igualmente impetuosa,
conseguiu no entanto levar os cavaleiros espanhóis até ao mesmo ponto
onde fora detida a primeira, mas as perdas sofridas foram de tal ordem
que tiveram de deter-se também, sem que a segunda linha portuguesa
comandada pessoalmente pelo Marquês de Marialva, tivesse sequer sido
molestada. O
Conde de Schomberg
esteve prestes a cair em mãos espanholas, quando um tiro abateu o
cavalo que ele montava. O espanhóis que pareciam ter contado com a fúria
dos primeiros ataques em massa, executados em especial pela cavalaria,
viram-se em situação de perigo. Deram ainda uma terceira carga, mas o
ímpeto inicial tinha-se perdido e o desânimo apoderava-se deles. Ao cabo
de sete horas de luta, os atacantes começaram a debandar, e o próprio
general Caracena, reconhecendo que a batalha estava perdida, fugiu para
Juromenha, de onde seguiu depois a caminho de
Badajoz.
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