(imagem daqui)
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo (Porto, 6 de setembro de 1904 - Porto, 5 de março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo
e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído
de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um
sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai,
pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926.
Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e,
posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido diretor da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro
Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos:
Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já
falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva, de
quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois
com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita
Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença.
Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por
António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adoção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
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1 comentário:
Manuel da Cruz Malpique
(Nisa, 28 de Setembro de 1902 — Porto, 6 de Setembro de 1992), foi um importante escritor e pedagogo.
"Formado em Filosofia e em Direito pela Universidade de Lisboa (1928), foi, depois de frequentar a Escola Normal Superior, professor dos liceus em várias cidades do país até ser colocado, em 1935, no Liceu de Luanda. Dali regressaria a Portugal em 1948, para ingressar no quadro do Liceu de Alexandre Herculano, do Porto, onde continuaria todo o resto da sua carreira no ensino. Durante a sua estada na capital da então colónia de Angola, Cruz Malpique desenvolveu importante actividade cultural, nomeadamente dirigindo as revistas: O Estudante (1936-1948), onde ensaiaram os primeiros passos muitos dos poetas e prosadores angolanos; Ensaios (1936), com Salinas de Moura, onde colaboraram angolanos, moçambicanos e portugueses radicados, de que são exemplos, respectivamente, Lília da Fonseca, Castro Soromenho e Tomás Vieira da Cruz; e Cultura (1945-1948), revista onde Agostinho Neto viria a publicar os seus primeiros poemas e o seu primeiro conto. É também deste período angolano a sua colaboração no Itinerário e no Brado Africano, de Lourenço Marques (hoje, Maputo). Foi reitor do Liceu Salvador Correia, durante três anos, chefe dos Serviços de Instrução daquela ex-colónia e presidente da Sociedade Cultural de Angola.É premonitório o título do primeiro livro deste escritor que dedicaria a maior parte da sua bibliografia com dezenas de títulos à pedagogia e à história literária: Introdução à Vida Intelectual (1934). Era membro da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, em cuja Gazeta Literária colaborou. Tem ainda colaboração dispersa em: Revista do Porto, Lusíada e Idealeda, do Porto, Mensagem Angolana, da Casa dos Estudantes do Império, Ocidente e Europa, de Lisboa, e Boletim da Casa de Camilo."
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