Karl Schwarzschild (Frankfurt am Main, 9 de outubro de 1873 - Potsdam, 11 de maio de 1916) foi um astrónomo e físico alemão, um dos fundadores da moderna astrofísica.
(...)
Talvez ainda mais conhecido do que o seu trabalho com as soluções para a Teoria Geral da Relatividade, sejam suas contribuições para o aprofundamento da compreensão sobre o fenómeno dos buracos negros. O que agora é referido como o raio de Schwarzschild descreve quando uma estrela entra em colapso gravitacional diminuindo a um determinado tamanho e o seu potencial de atração gravitacional se torna infinito, em que nem mesmo um objeto que viajasse à velocidade da luz conseguiria escapar da área denominada horizonte do eventos (raio de ação do buraco negro/raio de Schwarzschild). Outra teoria que tem o seu nome é a dos buracos de verme de Schwarzschild que, hipoteticamente, é um “atalho” no espaço-tempo
onde existem duas buracos ligados por um tubo que, se transponível,
poderia levar a matéria a outro lugar do espaço, viajando mais rápido
que a velocidade da luz, fazendo uma viagem no tempo.
Uma grande perda para a Ciência
Pouco depois, Karl mandou os seus dois últimos trabalhos sobre a Teoria Geral da Relatividade de Einstein e veio a sucumbir à doença de pele contraída anteriormente. A doença, pênfigo, é um tipo raro de erupção cutânea. Ocorrem erros no sistema imunológico
que identificam as células da pele como organismos estranhos e os
ataca, causando bolhas dolorosas. Na época de Karl, não havia tratamento
médico conhecido ou cura para a doença. Foi libertado do seu dever
militar e internado em casa, em março de 1916, morrendo dois meses
depois, a 11 de maio de 1916, com a idade de 42 anos, sendo sepultado no
Stadtfriedhof de Göttingen.
Karl, morrendo no auge de suas conquistas, certamente foi um homem de
grandes interesses científicos. Depois da sua morte prematura, o seu
colega cientista Arthur Stanley Eddington observou, “...a ampla gama de suas contribuições para o conhecimento sugere uma comparação com Poincaré,
mas Karl Schwartzschild era duplamente mais prático, ele encantou
tanto pela conceção de métodos instrumentais como nos triunfos da
análise... a sua alegria era variar sem restrições sobre os postos do
conhecimento, e como um líder da guerrilha, os seus ataques caíram onde
menos se espera...”. Além do seu trabalho em astronomia, que incluiu a mecânica celeste, a fotometria estelar observacional, sistemas ópticos, a astronomia observacional e instrumental, estrutura estelar e estatística, cometas e espectroscopia e a sua excelente contribuição na área da Teoria Geral da Relatividade, também trabalhou em eletrodinâmica e ótica geométrica (enquanto trabalhava na Göttinghen University) e manteve profundo interesse na teoria quântica.
Curiosidades
As características de Karl não eram aquelas que são normalmente
associadas aos cientistas de sua nacionalidade. Ele era um alpinista
entusiasmado e tinha realizado algumas das subidas mais complicadas dos Alpes. Ele tinha um espírito de aventura e praticava desportos de inverno na Suíça. Um voo de Zeppelin foi a sua última grande aventura.
Como a sua morte muito prematura, as honrarias recebidas foram
relativamente poucas durante a sua vida. Recebeu honras póstumas de um
observatório, fundado em 1960, em Tautenburg como Instituto afiliado da Academia Alemã de Ciências. A dedicação descreveu-o como: “...o maior astrónomo alemão dos últimos 100 anos...”. Após a reunificação da Alemanha o Instituto foi refundado em 1992 e renomeado "Observatório Karl Schwarzschild" do estado de Turíngia de Tautenburg, que possui o maior telescópio da Alemanha. A Sociedade Astronómica Alemã estabeleceu um eleitorado especial em sua homenagem, em 1959 e uma medalha Karl Schwarzschild de Astronomia. O primeiro destinatário foi seu filho Martin Schwarzschild. O asteroide 837 Schwarzschild, descoberto em 23 de setembro de 1916 pelo astrónomo alemão Max Wolf, foi nomeado em sua homenagem, bem como a cratera de Schwarzschild na Lua.
in Wikipédia
Sem comentários:
Enviar um comentário