Microfósseis com 570 milhões de anos podem ajudar a entender origem dos animais
Uma equipa de investigadores encontrou, na Gronelândia, microfósseis semelhantes a embriões com até 570 milhões de anos. Esta descoberta revela que organismos deste tipo estavam dispersos pelo mundo inteiro.
“Acreditamos que esta nossa descoberta melhora o nosso alcance para compreender o período da história da Terra quando os animais apareceram pela primeira vez – e é provável que suscite muitas discussões interessantes”, disse Sebastian Willman, o autor principal do estudo publicado, na semana passada, na revista científica Communications Biology.
A existência de animais na Terra há 540 milhões de anos é bem fundamentada, já que foi a altura em se sucedeu um evento da evolução conhecido como explosão cambriana. No entanto, a comunidade científica parece não conseguir concordar sobre se os fósseis que datavam da era Pré-Cambriana são genuinamente classificáveis como animais.
De acordo com o Phys, os cientistas encontraram microfósseis que podem ser ovos e embriões de animais. Estes podem ajudar a conseguir uma melhor compreensão da origem dos animais. A imensa variabilidade dos microfósseis convenceu os investigadores de que a complexidade da vida naquele período deve ter sido maior do que a que se conhecia até agora.
Os cientistas podem ainda concluir que estes organismos estavam espalhados pelo mundo. Isto porque microfósseis bastante idênticos já tinham sido encontrados no sul da China, há mais de 30 anos. Quando eles eram vivos, a maioria dos continentes ficava ao sul do Equador. A Gronelândia fica onde a extensão do Oceano Antártico, em torno da Antártida, está agora. A China, por sua vez, ficava aproximadamente na mesma latitude daquilo que é agora a Flórida, nos Estados Unidos.
“O vasto leito rochoso, essencialmente inexplorado até agora, do norte da Gronelândia oferece oportunidades para entender a evolução dos primeiros organismos multicelulares, que se desenvolveram nos primeiros animais que, por sua vez, levaram até nós”, diz Sebastian Willman.
in ZAP
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