Johann Strauss, dito I ou Pai, nascido Johann Baptist Strauß ou Johann Baptist Strauss (Viena, 14 de março de 1804 - Viena, 25 de setembro de 1849) foi um compositor romântico, Kapellmeister austríaco, pai de Johann Strauss II, Josef Strauss, Eduard Strauss, avô de Johann Strauss III, nascido em 1866.
A sua peça mais famosa é provavelmente a Marcha Radetzky (do nome de Joseph Radetzky von Radetz).
Neto de um judeu convertido ao catolicismo, a sua mãe morreu de "febre" quando ele tinha sete anos e, quando tinha doze anos, morreu-lhe o pai, afogado no rio Danúbio, tendo, então, a sua madrasta colocado-o como aprendiz de encadernador.
Johann Lichtscheidl deu-lhe aulas de violino e viola, tendo também estudado música com Johann Polischansky, conseguindo durante a sua aprendizagem assegurar um lugar numa orquestra local, de Michael Pamer. Em 1825, ele decidiu formar a sua própria banda e começou a escrever música (principalmente música de dança) fazendo digressões pela Alemanha, os Países Baixos, Bélgica, Inglaterra e Escócia. A condução e gestão desta "Strauss Orchestra" acabaria por passar para as mãos dos seus filhos diversas vezes até à dissolução, por Eduard Strauss, em 1901.
Casou com Maria Anna Streim, em 1825, na igreja paroquial de Liechtenthal, em Viena. O seu casamento foi instável, com as suas ausências prolongadas, levando a um afastamento gradual entre o casal e, mais tarde, arranjou uma amante, Emilie Trampusch, em 1834, de quem teve seis filhos. Anna Maria processa-o por divórcio, em 1844, e isso permitiu ao filho homónimo, Johann Strauss, prosseguir activamente uma carreira musical, pois o pai era um disciplinador rigoroso e impôs a sua vontade aos seus filhos para seguirem carreiras não relacionadas com a música.
Strauss morreu em Viena em 1849 de "escarlatina" que contraiu a partir da doença de um de seus filhos ilegítimos. Foi enterrado no cemitério ao lado do seu amigo Döblinger Josef Lanner. Em 1904, os seus restos mortais foram transferidos para um túmulo no Cemitério Central de Viena. Hector Berlioz prestou-se a homenagear o 'Pai da Valsa' ao comentar que Viena sem Strauss é como a Áustria sem o Danúbio.
in Wikipédia
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