D. Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de abril de 1320 - Estremoz, 18 de janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Recebeu os cognomes de O Justo (também O Cruel, O Cru ou O Vingativo), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro, ou de O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, pela afeição que dedicou a aquela dama galega. Filho do rei Afonso IV e sua mulher, a princesa Beatriz de Molina e Castela, D. Pedro I sucedeu ao seu pai em 1357.
Pedro é conhecido pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega da sua mulher Constança,
que influenciou fortemente a política interna de Portugal no reinado de
Afonso IV. Inês acabou assassinada por ordens do rei em 1355, mas isto
não trouxe Pedro de volta à influência paterna. Contrariamente, entre
1355 e sua ascensão à coroa, Pedro revoltou-se contra o pai pelo menos
duas vezes, e nunca lhe perdoou o assassinato de Inês. Aclamado rei em
1357, Pedro anunciou em Cantanhede,
em junho de 1360, o casamento com Inês, realizado em segredo antes da
sua morte, sendo sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal.
Este facto baseia-se apenas na palavra do rei, uma vez que não
existem registos de tal união. Dois assassinos de Inês foram capturados e
executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves)
com uma brutalidade tal (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a
outro pelas costas), que lhe valeram os epítetos supramencionados.
Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da
amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a
procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte.
Em seguida ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do Mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...
Como rei, Pedro revelou-se bom administrador, corajoso na defesa do
país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio,
que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no país sem a
sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos
favorecidas da população. Na política externa, Pedro participou ao lado
de Aragão na invasão de Castela.
D. Pedro reinou durante dez anos, sendo tão popular ao ponto de dizer a população "que taes dez annos nunca ouve em Portugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro".
in Wikipédia
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