Estátua do Abade Faria em Goa
José Custódio de Faria (Candolim de Bardez, Goa, 31 de maio de 1746 — Paris, 20 de setembro de 1819), mais conhecido por Abade Faria, foi um religioso e cientista luso-goês que se destacou como um dos primeiros estudiosos da hipnose.
Biografia
Chegou a Lisboa em 1771 e a Roma em 1772. Nesta última cidade esteve até 1780, formando-se em Teologia e recebendo as ordens de sacerdote.
Pertenceu ao grupo dos conspiradores que tentaram derrubar o regime português em Goa em 1787. A chamada Conjuração dos Pintos foi denunciada e exemplarmente reprimida pelas autoridades portuguesas. Faria apressou-se a ir para a França em 1788. Defensor da Revolução Francesa (1789), comandou em uma das seções que, em 1795, atacaram a Convenção Nacional. Foi professor de Filosofia nos liceus de Marselha e Nîmes.
Iniciado na prática do magnetismo animal por Armand-Marie-Jacques de Chastenet, marquês de Puységur, no ano de 1813 abriu em Paris um gabinete de magnetizador. A prática de hipnose por sugestão trouxe-lhe uma enorme clientela e uma pronta reação de descrédito, sendo rotulado de maníaco e bruxo.
Os últimos anos da sua vida passou-os como capelão de um convento de religiosas.
Como cientista demonstrou o carácter puramente natural da hipnose,
tendo sido ele o primeiro a descrever com precisão os seus métodos e
efeitos. Soube antever as possibilidades da sugestão hipnótica no
tratamento das doenças nervosas.
NOTA: foi com base na sua vida que o escritor Alexandre Dumas, Pai, usou para criar uma personagem no livro O Conde de Monte Cristo com o seu nome.
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