sexta-feira, março 25, 2011

Não esquecer - hoje acaba a porcaria da Avaliação dos Docentes mal enjorcada de Sócrates e Maria de Lurdes!

(imagem daqui)

Antecipando Reacções

Há que ser perfeitamente claro: a suspensão desta ADD é um bem em si mesmo e não estou muito preocupado com o contexto, com os aproveitamentos, com isto ou aquilo.

Apesar de estar bastante protegido em relação aos seus efeitos (não era relator e não concorri a nenhuma classificação de mérito, pelo que me limitei a ir esperando que fenecesse…), não sou cego, surdo ou insensível aos danos que ela agravava no ambiente das escolas.

Quem ignorar isso, deve repensar a sua posição.

Sei que surgirão disparos, tanto de abrantinos e jugulares, como de sectores do PSD que idolatravam MLR como uma nova Leonor Beleza. Existirão mesmo remoques por parte daqueles que queriam a ADD suspensa ou eliminada mas às suas mãos e não de outros.

Ora… para mim isso não interessa nada.

A ADD tem minado o clima de trabalho das escolas, tem quebrado laços de camaradagem, pulverizou solidariedades. Sem quaisquer ganhos para o trabalho com os alunos.
Para além disso, estava a ser feita para nada, pois como afirmei e repito, os alunos em nada estavam a beneficiar com isto. Não há progressões no horizonte e houve cortes salariais. Apenas deveres, sacrifícios.

Era necessário que se desse um sinal de esperança a toda a classe docente. Que eles merecem mais do que ataques, ofensas, desconfianças. Esse passo pode estar prestes a ser dado, fechando um ciclo demasiado mau para ter durado tanto tempo.

Amanhã pode ser o início de uma nova fase neste processo que, contudo, deve ter um período de nojo durante a campanha eleitoral. Mesmo que apareçam princípios muito belos e propostas muito atraentes, é bom que se perceba que isto só deve ser tratado a sério com um novo Governo, num ambiente negocial apropriado, sem ceder a extremismos histriónicos e aplicando-se de forma gradual: definição do modelo, formação dos avaliadores, implementação progressiva.

Não é coisa para anos sem fim, mas não se faz em seis meses. Dois anos (2011-13) será o tempo certo para as fases acima indicadas. A partir daí generalização do modelo, depois de corrigido e aperfeiçoado.

E, de uma vez, é bom que os parceiros que venham a estar envolvidos optem pela transparência de processos. Em todos os sentidos.

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

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