quarta-feira, setembro 08, 2021

Frédéric Mistral nasceu há 191 anos

   
Seus pais se chamavam François Mistral e Adélaide Poulinet. Começou a ir à escola bastante tarde, aos nove anos. Entre 1848 e 1851, estuda direito em Aix-en-Provence e se converte em cantor da independência da Provença e sobretudo do provençal, "primeira língua literária da Europa civilizada".
De volta a Maillane, Mistral se une ao poeta Roumanille, e ambos se convertem nos artífices do renascimento da língua occitana. Juntos fundam o movimento do félibrige, que permitiu promover a língua occitana com a ajuda de Alphonse de Lamartine: este movimento acolherá todos os poetas occitanos expulsos da Espanha por Isabel II.
Com sua obra, Mistral reabilita a língua provençal, levando-a aos mais altos cumes da poesia épica: a qualidade desta obra se consagrará com a obtenção dos prémios mais prestigiosos.
Sua obra principal foi Mirèio (Mireia), a que dedicou oito anos de esforços. Publicou-a em 1859. Em oposição ao que seria a ortografia habitual Mistral teve que ceder à imposição de seu editor, Roumanille, e optar por uma grafia simplificada, que desde então se chama "mistraliana", em oposição à grafia "clássica" herdada dos trovadores. Mireia conta o amor de Vincent e da bela provençal Mireia. Esta história é equiparável à de Romeu e Julieta.
Charles Gounod fez uma ópera com este tema em 1863.
Além de Mireia, Mistral é autor de "Calendal", "Nerte", Lis isclo d’or ("As Ilhas de Ouro"), Lis oulivado ("As olivadas"), "O poema do Ródano", obras todas elas que servem para que se lhe considere o maior dos escritores em língua provençal.
Mistral recebeu o Nobel de Literatura de 1904, juntamente com José Echegaray y Eizaguirre. Com o dinheiro do prémio criou o Museu Arlaten em Arles.
Casado com Marie-Louise Rivière, não teve filhos e morreu em 25 de março de 1914 em Maillane.
  

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