terça-feira, junho 10, 2008
Torga e Camões
Nem tenho versos, cedro desmedido
Da pequena floresta portuguesa!
Nem tenho versos, de tão comovido
Que fico a olhar de longe tal grandeza.
Quem te pode cantar, depois do Canto
Que deste à pátria, que to não merece?
O sol da inspiração que acendo e que levanto
Chega aos teus pés e como que arrefece.
Chamar-te génio é justo, mas é pouco.
Chamar-te herói, é dar-te um só poder.
Poeta dum império que era louco,
Foste louco a cantar e louco a combater.
Sirva, pois, de poema este respeito
Que te devo e professo,
Única nau de sonho insatisfeito
Que não teve regresso!
Miguel Torga in Poemas Ibéricos, 1965
Bocage e Camões
Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co' o sacrílego gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Post de Pedro Luna in Blog Em defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência
Sextina camoniana
Foge-me pouco a pouco a curta vida,
– se por caso é verdade que inda vivo – ;
vai-se-me o breve tempo d’ante os olhos;
choro pelo passado em quanto falo,
se me passam os dias passo a passo,
vai-se-me enfim a idade, e fica a pena.
Que maneira tão áspera de pena!
Que nunca uma hora viu tão longa vida
em que possa do mal mover-se um passo!
Que mais me monta ser morto que vivo?
Para que choro, enfim? Para que falo,
se lograr-me não pude de meus olhos?
Ó fermosos, gentis e claros olhos,
cuja ausência me move a tanta pena,
quanta se não compreende em quanto falo!
Se, no fim de tão longa e curta vida,
de vós m’inda inflamasse o raio vivo,
por bem teria tudo quanto passo.
Mas bem sei que primeiro o extremo passo
me há-de vir a cerrar os tristes olhos
que Amor me mostre aqueles por que vivo.
Testemunhas serão a tinta e pena,
que escreveram de tão molesta vida
o menos que passei, e o mais que falo.
Oh! Que não sei que escrevo, nem que falo!
Que se de um pensamento noutro passo,
vejo tão triste género de vida
que, se lhe não valerem tanto os olhos,
não posso imaginar qual seja a pena
que traslade esta pena com que vivo.
Na alma tenho contino um fogo vivo,
que, se não respirasse no que falo,
estaria já feita cinza a pena;
mas, sobre a maior dor que sofro e passo
me temperam as lágrimas dos olhos,
com que, fugindo, não se acaba a vida.
Morrendo estou na vida, e em morte vivo;
vejo sem olhos e sem língua falo;
e juntamente passo glória e pena.
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter, com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Música alusiva à data...
Já chegou o dez de Junho, o dia da minha raça
Tocam cornetas na rua, brilham medalhas na praça
Rolam já as merendas, na toalha da parada
Para depois das comendas, e Ordens de Torre e Espada
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha
REFRÃO
Encosta o teu peito ao meu, sente a comoção e chora
Ergue o olhar para o céu, que a gente não se vai embora
Quem és tu donde vens, conta-nos lá os teus feitos
Que eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos
Já chegou o dez de Junho, há cerimónia na praça
Há colchas nos varandins, é a Guarda d'Honra que passa
Desfilam entre grinaldas, velhos heróis d'alfinete
Trazem debaixo das fraldas, mais Índias de gabinete
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha
Dia de Portugal - outra poesia
O Meu Pior Poema
...
Tá, tátátáaa! Tátátá, tátátáaaa!
Trrrrum! Trrrrum!
Trrrrum! Trrrrum!
Prrrpum! Prrrpum!
Tá, tátátá! Tarari, tátátáaaa!
Tá! Tátá! Tátá, tátá, tátá!
Trrrrrrum!!
Trrrrrr... rum! Trrrrrrr... rum!
Trrrr... rum! Trrrrr... rum!
Trrr... rum! Trrr... rum!
Trrrr... pum!!
...
Click! Click! Click!
Foooogo!!
BUUUUUMM!!!
(Chegaram.
Viram.
Mataram.
Ah! Valorosos!
A Pátria vos saúda!)
in Sonhos Salgados, Adelino, 1997
Dia de Portugal - António Gedeão
Poema da Alfarrobeira
Era Maio, e havia flores vermelhas e amarelas
nos campos de Alfarrobeira.
O homem,
de burel grosso e barba de seis dias,
arrastava os tamancos e o cansaço.
Ao lado iam seguindo os bois puxando o carro,
naquele morosíssimo compasso
que engole o tempo ruminando o espaço.
Era um velho mas tinha a voz sonora
e com ela incitava os bois em andamento,
voz cantada que os ecos prolongavam
indefinidamente.
Era um deus soberano e maltrapilho
a cuja imperiosa voz aquelas massas
de carne musculada
maciça, rude, bruta, inamovível,
obedeciam mansas e seguiam
no sulco aberto
como se um pulso alado as dirigisse,
mornas e sonolentas.
A voz era a de um deus que os mundos cria,
que do nada faz tudo,
que vence a inércia e anula a gravidade,
que levita o que pesa e o trata como leve.
Potência aliciadora alonga-se e prolonga-se
nos plainos da paisagem,
enquanto os animais prosseguem no caminho
do seu quotidiano,
pensativos e absortos.
Lá em baixo, na margem do ribeiro,
estendido sobre a erva,
jaz o infante.
Do seu coração ergue-se a haste de um virote
erecta como um junco,
e já nenhuma voz o acordará.
in Novos Poemas Póstumos – António Gedeão
Dia de Portugal - Pablo Neruda III
II La Cítara Olvidada
Oh Portugal hermoso
cesta de fruta y flores,
emergesen la orilla plateada del océano,
en la espuma de Europa,
con la cítara de oro
que te dejó Camoens,
cantando con dulzura,
esparciendo en las bocas del Atlántico
tu tempestuoso olor de vinerías,
de azahares marinos,
tu luminosa luna entrecortada
por nubes y tormentas.
Pablo Neruda
Dia de Portugal - Pablo Neruda II
V La Lámpara Marina
Portugal, vuelve al mar, a tus navíos,
Portugal, vuelve al hombre, al marinero,
vuelve a la tierra tuya, a tu fragancia,
a tu razón libre en el viento,
de nuevoa la luz matutina
del clavel y la espuma.
Muéstranos tu tesoro,
tus hombres, tus mujeres.
No escondas más tu rostro
de embarcación valiente
puesta en las avanzadas de Océano.
Portugal, navegante,
descubridor de islas,
inventor de pimientas,
descubre el nuevo hombre,
las islas asombradas,
descubre el archipélago en el tiempo.
La súbita
aparición
del pan
sobre la mesa,
la aurora,
tú, descúbrela,
descubridor de auroras.
Cómo es esto?
Cómo puedes negarte
al ciclo de la luz tú que mostraste
caminos a los ciegos?
Tú, dulce y férreo y viejo,
angosto y ancho padre
del horizonte, cómo
puedes cerrar la puerta
a los nuevos racimos
y al viento con estrellas del Oriente?
Proa de Europa, busca
en la corriente
las olas ancestrales,
la marítima barba
de Camoens.
Rompe
las telaranãs
que cubren tu fragrante arboladura,
y entonces
a nosotros los hijos de tus hijos,
aquellos para quienes
descubriste la arena
hasta entonces oscura de la geografía deslumbrante,
muéstranos que tú puedes
atravesar de nuevo
el nuevo mar oscuro
y descubrir al hombre que ha nacido
en las islas más grandes de la tierra.
Navega, Portugal, la hora
llégó, levanta
tu estatura de proa
y entre las islas y los hombres vuelve
a ser camino.
En esta edad agrega
tu luz, vuelve a ser lámpara:
aprenderás de nuevo a ser estrella.
Pablo Neruda
Dia de Portugal - Pablo Neruda
SAUDADE
Saudade —¿Qué será?... yo no sé... lo he buscado
en unos diccionarios empolvados y antiguos
y en otros libros que no me han dado el significado
de esta dulce palabra de perfiles ambiguos.
Dicen que azules son las montañas como ella,
que en ella se oscurecen los amores lejanos,
y un noble y buen amigo mío (y de las estrellas)
la nombra en un temblor de trenzas y de manos.
Y hoy en Eça de Queiroz sin mirar la adivino,
su secreto se evade, su dulzura me obsede
como una mariposa de cuerpo extraño y fino
siempre lejos —¡tan lejos!— de mis tranquilas redes.
Saudade... Oiga, vecino, ¿sabe el significado
de esta palabra blanca que como un pez se evade?
No... Y me tiembla en la boca su temblor delicado...
Saudade...
in Crepusculario - LOS CREPÚSCULOS DE MARURI - Pablo Neruda
segunda-feira, junho 09, 2008
Zeca canta Fernando Pessoa
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...
No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão
Fernando Pessoa
A Galiza canta Camões em homenagem a Zeca Afonso
Uxia - Verdes São Os Campos
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
José Mário Branco canta soneto de Camões
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Dia de Camões e de Portugal
Camões e a tença
Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.
E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.
Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.
Este país te mata lentamente.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Grades (1970)
Uma agonia chamada Museu Nacional de História Natural
No momento que estamos a viver, um momento particularmente preocupante para a vida dos museus sedeados na Escola Politécnica, e a fim de colocar responsabilidades nos seus respectivos agentes, é oportuno recordar um desabafo que publiquei, na introdução do volume nº 15 de “GAIA”, a Revista de Geociências do Museu Nacional de História Natural, de há oito anos (*), era eu ainda director desta instituição da Universidade de Lisboa.
COM UM QUADRO DE PESSOAL EM EXTINÇÃO, um orçamento estatal praticamente inalterado desde 1985 (há 15 anos) e as conhecidas e deploráveis condições em que se encontra, o Museu Nacional de História Natural sobrevive e teima em afirmar a sua vocação de entidade promotora de investigação e de divulgação científicas, cuja obra, conhecida pelos seus pares nacionais e estrangeiros e pelo público português, lhe conferem um prestígio que contrasta com a atenção que lhe tem sido dispensada pela Administração. Uma tal situação, que caracteriza o seu dia-a-dia no seio da maior Universidade do País, arrasta-se sem esperança de solução, desde o incêndio da Faculdade de Ciências, há vinte e dois anos. Uma tragédia que não só o destruiu em grande parte, como o privou do convívio vivificante dessa Faculdade, de que era estabelecimento anexo. Vinte e dois anos de luta empenhada, com muito trabalho realizado dentro e fora dos seus espaços esventrados, vazios e em tosco, sem qualquer eco por parte dos sucessivos governos, num desinteresse só explicável pela tradicional falta de cultura científica dos portugueses, incluindo governantes, com a natural e óbvia excepção de um ou outro oriundo do sector científico. No que toca a sua tutela mais directa, é justo lembrar a muita simpatia que sempre lhe foi dispensada pelos sucessivos reitores que, sem excepção e na medida das suas também poucas possibilidades, nos foram e vão dando respostas pontuais a muitas das solicitações que lhes foram e são dirigidas. Nunca, porém, a Universidade assumiu frontal, empenhada e visivelmente qualquer acção de fundo no sentido de inverter este deslizar para o fim, revalorizando um património científico e cultural que herdou da velha Escola Politécnica, a caminho de dois séculos ao serviço das Ciências da Natureza. Com o peso enorme que tem, e de que se não se dá conta, a Universidade de Lisboa, com os seus milhares de alunos e professores, muitos destes personalidades de elevada posição no tecido social e político, não teria dificuldade em mobilizar a opinião pública e assim pressionar o poder a fazer aquilo que ele nem se lembra que também faz falta aos portugueses. Continuamos, assim, a gerir a crise, agora com encorajamentos à produção de receitas próprias, numa política talvez inspirada de cima mas que esquece os deveres do Estado na promoção cultural dos seus cidadãos. Neste quadro é lícito admitir que a Universidade de Lisboa, no seu todo, enorme na dimensão e nas suas múltiplas e vastas preocupações e sensibilidades, tem vindo a arrastar, como um fardo, este seu valioso sector de investigação e de contacto com o grande público, que só não deixa cair porque isso, vergonha das vergonhas, seria a negação inaceitável da sua própria essência.
COM OUTRA HISTÓRIA, bem mais recente, mas igualmente triste, o Museu de Ciência tem sido, desde o seu início, o nosso companheiro nesta travessia do deserto. Detentor de invulgar património científico e cultural como são, por exemplo, a sua preciosa biblioteca, com primeiras edições de grandes nomes da Ciência, com o seu magnífico laboratório de Química, única relíquia do séc. XIX, e com um trabalho pedagógico igualmente notável, esta outra dependência da Universidade de Lisboa, não está melhor do que nós e, igualmente, desespera. Há, pois, que encontrar uma solução para estes Museus, de preferência com a Universidade, mas, se necessário, fora dela. É uma responsabilidade da nossa geração, universitários, governantes, cidadãos em geral. Todos seremos julgados pelo quase nada que fizemos e pelo muito que deixámos por fazer.
NO DIA MUNDIAL dos museus, data que sempre recordamos mas não festejamos, aqui fica a expressão do desencanto e da mágoa de quem sente que sai derrotado após quarenta anos ao serviço da Universidade, um terço dos quais neste Museu, com a enorme frustração de não ter podido ou sabido levar a bom termo esta causa.
(*) 18 de Maio de 2000
Portugal, país de poetas e poesia
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
in Mensagem, Fernando Pessoa
domingo, junho 08, 2008
Sismo na Grécia - notícia no Público
Grécia: sismo no Peloponeso mata duas pessoas e fere mais de 30
08.06.2008 - 18h47 Agências
O violento sismo de 6,5 na escala de Richter que abalou hoje a península grega de Peloponeso, no sul do país, matou duas pessoas e feriu pelo menos trinta, provocando ainda vários danos em habitações.
Um homem de cerca de 60 anos foi esmagado pelo tecto da sua casa, em Kato Achaïa, a noroeste do Peloponeso. Na mesma zona, uma mulher de 80 anos morreu com uma paragem cardíaca, na sequência do sismo.
De acordo com as entidades que estão a prestar auxílio nas regiões afectada, até ao momento há pelo menos trinta feridos, a maior parte com fracturas.
O abalo, que se sentiu em várias zonas, chegando mesmo a Atenas, aconteceu às 15h25 locais (12h25 de Lisboa), a 205 quilómetros a oeste da capital, de acordo com o Instituto Geodinâmico do Observatório de Atenas.
“O sismo foi terrível, nunca se tinha sentido tanto apesar de estarmos acostumados a este tipo de fenómenos. Durou muito tempo e todos saíram para a rua”, disse à televisão pública Net o presidente da Câmara Municipal de Pyrgos, Georges Paraskevopoulos.
Quando a danos materiais, algumas testemunhas referiram que a principal igreja da cidade sofre “grandes estragos” e que os edifícios do centro, os mais antigos, ficaram com muitas fissuras.
Além disso, a circulação foi cortada em Diakopto, devido a um desabamento que afectou também a linha de comboio, e várias localidades ficaram sem electricidade, o que tem dificultado as comunicações.
As autoridades já alertaram que são de esperar réplicas fortes do sismo nos próximos dias e apelaram ao sangue frio dos gregos para evitar cenas de pânico como as deste domingo.
Uma equipa de especialistas em estruturas começou entretanto a verificar o estado das escolas para garantir que os alunos não correm perigo.
in Público on-line - ler notícia
sábado, junho 07, 2008
Actividade - Noite no LABORATORIUM
quinta-feira, junho 05, 2008
Dia Mundial do Ambiente
Recordemos o dia de hoje com um poema de Torga:
A um Negrilho
S. Martinho de Anta, 26 de Abril de 1954
Na terra onde nasci há um só poeta.
Os meus versos são folhas dos seus ramos.
Quando chego de longe e conversamos,
É ele que me revela o mundo visitado.
Desce a noite do céu, ergue-se a madrugada,
E a luz do sol aceso ou apagado
É nos seus olhos que se vê pousada.
Esse poeta és tu, mestre da inquietação
Serena!
Tu, imortal avena
Que harmonizas o vento e adormeces o imenso
Redil de estrelas ao luar maninho.
Tu, gigante a sonhar, bosque suspenso
Onde os pássaros e o tempo fazem ninho!
Miguel Torga in Diário VII (1956)
terça-feira, junho 03, 2008
Homenagem ao Professor Doutor António Ferreira Soares
Colóquio de homenagem ao Professor Doutor António Ferreira Soares
Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra
8 de Novembro de 2008
A Ciência faz-se de ideias criativas e de saberes acumulados pacientemente, a que a modéstia, a reflexão e a capacidade de trabalho não são alheias. Como melodias ou estilos que passam de moda, os contributos científicos têm o seu tempo, para depois se diluírem no património anónimo que detém cada ramo do saber. Deste contínuo sobressaem esteios, sobre os quais repousam as marcas indeléveis deixadas por personalidades marcantes, cujo carácter, erudição e obra contribuíram de modo expressivo para o progresso de um domínio do conhecimento.
Tais factos ditam a presente homenagem, merecida por quem labuta há mais de meio século nas entrelinhas do livro da Terra, descochando novelos do grande e intricado nó górdio que é a Geologia de Portugal. O seu estilo e saberes são conhecidos por todos aqueles que fizeram das ciências geológicas e geográficas o seu modus operandi, muitos dos quais antigos alunos ou orientandos, nos quais se arraigaram raízes e laivos profundos do leitmotiv que o Mestre sempre procurou imprimir.
Assim desponta este convite à comunidade científica e ao universo escolar português, para um convívio singelo na Universidade de Coimbra, em torno de um justo tributo ao Professor Doutor António Ferreira Soares e ao seu papel incontornável, sempre cumprido de forma entusiasta, em prol da ciência e do ensino.
Seminário "Paisagens Geológicas da Nazaré"
Encontros do Mar, da Terra e das Gentes
12 a 14 de Junho 2008
CINE-TEATRO DA NAZARÉ
domingo, junho 01, 2008
Dia Mundial da Criança
Miniatura
Pois eu gosto de crianças!
Já fui criança também…
Não me lembro de o ter sido;
Mas só ver reproduzido
O que fui, sabe-me bem.
É como se de repente
A minha imagem mudasse
No cristal duma nascente,
E tudo o que sou voltasse
À pureza da semente.
Miguel Torga in Diário VIII (Coimbra, 11 de Abril de 1957)
Crise sísmica no Faial - Açores
A partir do início do dia 26 verificou-se um ligeiro incremento na frequência horária. Os eventos registados continuam a ser de fraca magnitude (menor que 2 na escala de Richter), não havendo informação de qualquer um ter sido sentido pela população . Face à localização epicentral sismos de magnitude ligeiramente mais elevada poderão vir a ser facilmente sentidos pela população. Nova informação será fornecida sempre que necessário. "
ADENDA: à informação deste post, do interessantíssimo Blog GEOCRUSOE, pode acrescentar-se o seguinte texto, de 01/06/2008 às 12.00 horas, do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos:
Continua a registar-se actividade sísmica na ilha do FaialA actividade sísmica registada na Ilha do Faial desde o dia 20 de Maio, no sector leste da ilha, na estrutura tectónica denominada Graben de Pedro Miguel, mantém-se acima do normal e estacionária.
Durante o dia 31 o número de eventos foi semelhante aos dos dias anteriores. Os eventos registados continuam a ser de fraca magnitude, assinalando-se o ocorrido às 21.56 horas (locais).
Face à localização epicentral, mantém-se a possibilidade de sismos de magnitude ligeiramente mais elevada continuarem a ser facilmente sentidos pela população.
O SIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação. Novos comunicados serão emitidos sempre que necessário.
Nova informação será fornecida sempre que necessário.
NOTA: mais informações em "Actividade sismovulcânica"
Música dos Sigur Rós - a Islândia em toda a sua pureza...
Glósóli - Glowing sole
Now that you're awake
Everything seems different
I look around
But there's nothing at all
Put on my shoes,
I then find that
She is still in her pyjamas
Then found in a dream
I'm hung by (an) anticlimax
She is with the sun
And it's out here
But where are you...
Go on a journey
And roam the streets
Can't see the way out
And so use the stars
She sits for eternity
And then climbs out
She's the glowing sole
So come out I awake from a nightmare
My heart is beating
Out of control...
I've become so used to this craziness
That it's now compulsory
And here you are...
I'm feeling...
And here you are, Glowing sole...
And here you are, Glowing sole...
And here you are, Glowing sole...
And here you are...
Tradução de islandês para inglês tirada daqui
Pedras em corte…
Agregado globular de cristais de wavellite, corte polido com 2 cm, Mauldin Mountain, Arkansas, EUA.
Colecção de Ricardo Pimentel e foto de William Wall.
Roubado ao Blog Pedras Soltas, post do colega Ricardo Pimentel
VIII Feira de Minerais, Rochas e Fósseis da Escola Correia Mateus
Organizada pelo Departamento de Ciências Físicas e Naturais da Escola, terá a presença da empresa Minermós e do seu gerente José Teixeira, a quem agradecemos a disponibilidade e simpatia com que faz estas coisas.
sábado, maio 31, 2008
Bem dizia a Ministra da Educação - nada de chumbos...
Crianças expostas a chumbo podem ser adultos mais violentos
30.05.2008 - 19h59 PÚBLICO
Cientistas norte-americanos concluíram que as crianças expostas a grandes quantidades de chumbo podem ser adultos mais violentos. O estudo foi publicado hoje na página online da revista "Plos Medicine" e é o resultado de uma investigação com quase 30 anos.
A investigação foi feita no estado do Ohio em bairros pobres da cidade de Cincinnati. Escolheram-se estes bairros porque tinham casas antigas com concentrações altas de chumbo.
Entre 1979 e 1984 foram feitas análises de sangue a mais de três centenas de recém-nascidos para medir a concentração do metal. As crianças foram seguidas até aos seis anos e meio, com análises regulares. Depois de atingirem os 18 anos obtiveram-se os registos de detenção de 250 indivíduos.
"O aumento dos níveis de chumbo no sangue antes do nascimento e durante a pequena infância estão associados a mais processos judiciais e crimes violentos", informa no trabalho a equipa de investigadores liderada por Kim Dietrich, da Universidade de Cincinnati.
Cerca de 55 por cento dos 250 indivíduos estiveram presos. Por cada cinco microlitros por decilitro de chumbo a mais no sangue, durante a infância, a probabilidade dos indivíduos serem detidos por actos de violência aumenta em 50 por cento.
Sabe-se que o chumbo é um metal tóxico que tem um impacto no sistema nervoso durante o desenvolvimento das pessoas. A diminuição do coeficiente de inteligência, uma menor tolerância à frustração, um deficit na atenção e hiperactividade são alguns dos efeitos da substância.
in Público - ler notícia
Notícia do Público sobre um grupo de pterossauros
30.05.2008, Teresa Firmino
Entre os pterossauros, estavam as maiores criaturas que já cruzaram os céus. Desde os anos 70 que os cientistas estão intrigados quanto ao modo de vida destes monstros. Como caçavam as presas? Em voo picado sobre mares e lagos?
Eram répteis voadores do tempo dos dinossauros e, tal como eles, extinguíram-se há 65 milhões de anos. Dominavam os céus e alguns chegavam a ter dez metros bem medidos de uma ponta à outra das asas, como uma avioneta. Supunha-se que praticamente todos os pterossauros eram criaturas de hábitos aquáticos, como as gaivotas ou pelicanos de agora: voariam sobre os lagos e oceanos à procura de comida e, mal avistassem a potencial refeição, zás, apanhavam-na da água em pleno voo e seguíam com ela no bico. Pois supunha-se erradamente. Havia um grupo de pterossauros gigantes - alguns dos seus representantes eram mesmo os maiores animais que alguma vez voaram na Terra - que estava muito bem adaptado à vida em terra firme. Eram (e agora não se assuste com o nome aportuguesado) os azhdarquídeos.
Se quisermos perceber como era o modo de vida destas avionetas pré-históricas, não devemos imaginá-las como as gaivotas ou pelicanos modernos, mas um pouco como as cegonhas. Caçavam as presas em terra firme, baixando o bico para as apanhar, e estavam bem apetrechados para essa vida terrestre, revela uma equipa de cientistas britânicos na última edição da revista PLoS ONE, de acesso livre na Internet.
Nove espécies
Mark Witton e Darren Naish, da Universidade de Portsmouth, estudaram o esqueleto de fósseis de azhdarquídeos na Grã-Bretanha e na Alemanha, viram pegadas deles na Coreia do Sul e ainda leram um sem-fim de artigos científicos com as descrições de fósseis espalhados por todo o mundo. Este grupo específico de pterossauros, sem dentes, encontrava-se distribuído por toda a Terra, durante o período do Cretáceo, entre há 140 e 65 milhões de anos. "O nosso magro orçamento para investigação não nos permite viajar de avião à volta do mundo...", diz-nos Mark Witton por e-mail.
Neste momento, conhecem-se nove espécies de azhdarquídeos, umas muito grandes, outras nem tanto. O Hatzegopteryx era a maior, com os seus exemplares a atingirem três metros de altura até ao ombro, um bico de dois metros e uma envergadura de asas de 10 a 12 metros. Na imagem, podemos ver bem a diferença de tamanho em relação a um humano, como mostra a fotografia de Mark Witton ao lado da criatura monstruosa. Ela rivalizava mesmo com qualquer girafa em termos de altura. Outro distinto representante dos azhdarquídeos, o Quetzalcoatlus, não ficava muito atrás, com cerca de dez metros de envergadura de asas.
Voavam, tal como os outros pterossauros, só que também se sentiam bastante confortáveis cá em baixo. A sua anatomia bastante bizarra não ajudava muito os paleontólogos a perceber qual era a forma de vida destes pterossauros. Tinham pescoços muito compridos e rígidos, crânios enormes e patas longas. Apesar de serem autênticas avionetas pré-históricas, as asas eram proporcionalmente curtas.
"Como ninguém olhava realmente para a sua ecologia com atenção, os paleontólogos tinham dificuldade em perceber como é que os azhdarquídeos se alimentavam. Também não ajudava o facto de não haver nenhum animal que realmente se pareça com eles, por isso não há nada que permita fazer comparações directas", conta Mark Witton. Actualmente, os seus análogos mais próximos são, por exemplo, as referidas cegonhas.
"Os azhdarquídeos tornaram-se razoavelmente conhecidos nos anos 70, mas a forma como viviam tem sido alvo de muito debate. Originalmente, foram descritos como necrófagos, como os abutres, depois disse-se que escarafunchavam a lama, enfiando os longos bicos no chão à procura de presas. Mais tarde, sugeriu-se que ganhavam a vida a voar sobre a superfície da água, de onde apanhavam peixe", explica Darren Naish, num comunicado da revista científica.
"Foram ainda sugeridos outros estilos de vida, mas todos pareciam tão radicalmente diferentes que eu e o Mark nos sentámos a examinar cuidadosamente as provas e concluímos que os azhdarquídeos eram caçadores terrestres especializados. Todos os pormenores da sua anatomia e o ambiente em que os fósseis foram encontrados mostram que ganhavam a vida a andar a pé, baixando-se para apanhar animais e outras presas", acrescenta Naish.
Uma prova a favor do estilo de vida terrestre está precisamente nas camadas geológicas onde foram descobertos os fósseis: embora alguns estivessem em sedimentos costeiros e marinhos, a maioria foi recuperada de ambientes terrestres, o que sugere que era aí que passavam grande parte do tempo.
Pés relativamente pequenos - mas almofadados, apropriados à caminhada - é outra prova desse estilo de vida. "Os pés pequenos dos azhdarquídeos não eram bons para chapinhar nas margens dos lagos ou para nadar, em caso de aterrarem na água. Mas eram excelentes para se pavonearem a pé", afirma Naish. "Comeriam pequenos animais e até fruta. Como tinham um crânio com mais de dois metros de comprimento, eram capazes de comer dinossauros do tamanho de uma raposa."
Todos os azhdarquídeos, sem excepção, gostavam de andar a pé. "As nossas observações foram feitas principalmente em animais pequenos. Só se conhecem alguns ossos dos azhdarquídeos maiores. Porém, esses ossos são muito, muito semelhantes aos das espécies mais pequenas, por isso pensamos que também eram parecidos noutros aspectos", explica-nos Mark Witton.
250 quilos no ar
A equipa estudou ainda os movimentos possíveis dos seus pescoços pouco flexíveis. "No passado, este pescoço estranhamente rígido era um problema na procura de outras ideias para o estilo de vida dos azhdarquídeos. Mas encaixa perfeitamente no nosso modelo, porque tudo quanto precisam de fazer era levantar e baixar o bico do chão", sublinha Naish.
Quanto pesariam os maiores pterossauros, aqueles que tinham as asas de uma avioneta e a altura de uma girafa? "O tamanho dos maiores azhdarquídeos é controverso, com alguns peritos em pterossauros a dizerem que pesavam apenas 50 quilos. No entanto, a minha investigação indica que estas estimativas são muito, muito baixas. Provavelmente pesavam cerca de 250 quilos", responde Witton.
E todos voavam, mesmo os maiores? "Yup, voavam. Até o maior, com 250 quilos e mais de dez metros de envergadura de asas, tinha características apropriadas no esqueleto que sugerem que podia voar. Os modelos aerodinâmicos confirmam-no. Por isso, estamos bastante confiantes de que poderiam voar com facilidade."
Os pterossauros, em geral, coexistiram no tempo com os dinossauros. Surgiram no planeta há cerca de 225 milhões de anos e desapareceram quando a colisão de um meteorito com a Terra extinguiu muitas formas de vida. Foram os primeiros vertebrados a voar e, naqueles milhões de anos todos, mantiveram-se como os principais predadores dos ares. Nunca mais houve criaturas tão grandes nos céus. De forma simples, a diferença entre pterossauros e dinossauros, ambos répteis, é que uns voavam, outros não. "Os pterossauros são parentes próximos dos dinossauros, mas não são dinossauros. Um dinossauro que voa é uma ave", esclarece Witton, para que se acabe de vez com as confusões.
in Público - edição impressa (link não disponível)
Notícia sobre o Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa
Plano de Emergência de Risco Sísmico da área de Lisboa envolve 65 entidades públicas e privadas
30.05.2008 - 14h51 Lusa
O Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes envolve mais de 65 entidades privadas e estatais, entre empresas e forças de segurança, bases aéreas além da sociedade civil.
Este Plano de Emergência engloba empresas de fornecimento de serviços como electricidade, água, comunicações, transportes para além das forças e serviços de segurança e inclui as forças armadas.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) divide em três fases o plano de emergência, sendo a primeira a de socorro, com principal enfoque no salvamento de vidas humanas, seguida pela fase sustentada, que visa iniciar medidas de recuperação e reabilitação, e por último a fase de recuperação com o objectivo do restabelecimento e normalização das diferentes áreas.
Em caso de catástrofe e durante as primeiras horas a ANPC considera que as populações terão um papel preponderante, "enquanto socorristas de si mesmas", e a colaboração "solidária e espontânea manifestada pelas comunidades em grupos de voluntários".
As entidades foram contactadas para a elaboração deste documento, que está em permanente actualização.
A EPAL recebeu "uma carta a convocar para uma reunião" e o Metropolitano de Lisboa vai integrar "como observador" o exercício programado para hoje, disseram à Lusa fontes das empresas.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) está hoje a testar cenários, ocorrências, estruturas de comando e controlo num simulacro de sismo ocorrido em Benavente que originou desabamentos, mortos, feridos, explosões e "muitos problemas".
O primeiro exercício de três, este denominado Prociv III/2008, visa testar a operacionalidade do Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS AML CL), e teve início na tarde de quinta-feira, simulando um sismo, de magnitude 6.3 na escala de Richter.
O cenário fictício criado tem por base o sismo de 1909, que ocorreu em Benavente, com "avultados danos materiais e humanos" e abrange mais de cinco mil edifícios, dos quais três centenas e meia colapsados, 348 mortos, quase 4 mil pessoas desalojadas e mais de 11 mil feridos, disse a comandante operacional, Patrícia Gaspar.
A ANPC irá realizar mais dois exercícios designados por Livex, um a nível nacional em Novembro deste ano já com forças operacionais no terreno, e o último em Maio de 2009 onde irá testar a articulação de Portugal com outros países no âmbito da ajuda internacional.
A composição e a articulação das forças no terreno passam por Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação (ERAS), de Busca e Salvamento (EBS), Triagem (ETR), Assistência Pré-Hospitalar (EAPH), Evacuação, entre outras envolvendo a mobilidade através de helicópteros, motos e veículos de todo-o-terreno.
As forças e serviços de segurança, [GNR, PSP] têm a responsabilidade de cumprir missões relacionadas com segurança, escolta, apoio, manutenção de ordem pública, entre outras funções atribuídas a estas entidades.
No caso das Forças Armadas está prevista a intervenção de apoio à evacuação, a disponibilização de meios navais, terrestres e aéreos de acordo com as solicitações do comando das.
As bases aéreas de Beja, Tancos e Monte Real terão a função de Zonas de Recepção de Reforços (ZRR), para receberem os meios internacionais de ajuda de emergência, conforme o Anexo I do PEERS AML CL.
O Plano "nunca está fechado" nem é o definitivo, explicou o gabinete de comunicação da ANPC à Lusa.
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sexta-feira, maio 30, 2008
Joana de Arc - OMD
Postado por Fernando Martins às 22:00 0 bocas
Marcadores: anos 80, Joan of Arc, Maid of Orleans, música, OMD, Orchestral Manoeuvres In The Dark
Sismo - Islândia
Islândia: pelo menos 28 feridos e danos ligeiros após sismo de magnitude 6,2
30.05.2008 - 09h11 Agências
Um sismo de magnitude 6,2 na escala de Richter abalou o sul da Islândia, informaram hoje os serviços geológicos norte-americanos.
O abalo danificou estradas e edifícios da ilha, causou ferimentos ligeiros a 28 pessoas e provocou o derrube de vivendas na pequena localidade de Selfoss, sudeste de Reiquejavique, informou o canal de televisão RUV.
O epicentro do sismo foi localizado precisamente em Selfoss, a cerca de 50 quilómetros da capital, a uma profundidade de dez quilómetros, de acordo com os serviços norte-americanos. O terramoto, ocorrido ontem à tarde, também se fez sentir na capital e em diversos pontos do país. Habitantes na capital sentiram os prédios a oscilar com o sismo e a estrada entre Reiquejavique e Selfoss foi encerrada devido aos danos causados pelo terramoto
A ilha vulcânica da Islândia, com uma população de 300 mil habitantes, localiza-se na dorsal mesoatlântica, uma zona de grande actividade sísmica.
Turismo e Sustentabilidade - Campus da Caparica
09h00m | Boas Vindas
Coordenador do DEA Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Presidente do DCEA-FCT-UNL
-
09.30-10.00 | Plano Estratégico Nacional para o Turismo
Dra. Carla Simões
(Instituto do Turismo de Portugal /Minist. da Economia e da Inovação)
10.00-10.30 | Agenda para a Sustentabilidade e Competitividade do Turismo
O que é? Para que serve? Como se aplica?
Dra. Apolónia Rodrigues
(TSG -Tourism Sustainability Group e Turismo de Évora)
10.30-11.00 | Intervalo
11.00-11.30 | Rede Europeia do Turismo de Aldeia (Genuinland)
Dra. Apolónia Rodrigues
(TSG -Tourism Sustainability Group e Turismo de Évora)
11.30-12.00 | O Turismo nas Agendas 21 Locais do Norte Alentejo
Prof. Doutor João Farinha
(CIVITAS- Centro de Cidades e Vilas Sustentáveis e DCEA-FCT-UNL)
12.00-12.30 | Avaliação Ambiental Estratégica para a Integração da
Sustentabilidade no Turismo
Prof. Doutor Tomás Ramos
(CENSE e DCEA-FCT-UNL)
12.30-13.00 | Estruturas Ecológicas Promotoras de um Turismo Sustentável
Prof. Doutor João Reis Machado e Dr. José Carlos Ferreira
(DCEA-FCT-UNL)
13h00m | Encerramento
Direcção da FCT
Para participar deverá realizar a inscrição por telefone ou por e-mail:
Secretaria de Mestrados - Dep. de Ciências e Engenharia do Ambiente
Telefone: 212 948 399
E-mail: fmnf@fct.unl.pt
XVIII Feira dos Minerais, Pedras Preciosas e Fósseis da Universidade do Porto
A Feira 2008 irá decorrer, no Edifício da Reitoria da Universidade do Porto, nos dias:
- 30 de Maio,6ª-feira, das 15.00 às 20.00 horas;
- 31 de Maio, sábado, das 10.00 às 20.00 horas;
- 1 de Junho, domingo, das 10.00 às 20.00 horas.
Ver em pdf
Ver notícia
quarta-feira, maio 28, 2008
Palestra sobre Marte em Lisboa
Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa
O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) promove Palestras públicas mensais que têm lugar no Edifício Central, pelas 21.30 horas da última sexta-feira de cada mês.
A próxima sessão decorrerá no dia 30 de Maio e terá como tema:
"Marte: Vivo ou Morto?"
Doutor José SaraivaIST/CERENA
Com a chegada da sonda americana Phoenix (Fénix) à superfície de Marte,dá-se um novo passo na exploração do planeta vermelho. É a primeira vezque se estuda directamente uma região de alta latitude em Marte, e é deesperar que se possa analisar não apenas o solo dessa região, mas tambémo gelo que ele contém, e deslindar um pouco mais da história deste mundo, ainda repleta de mistérios. Nesta palestra serão abordadas questões como:
- a água em Marte, incluindo os dados e evidências sobre a suapresença que foram sendo acumulados ao longo dos anos e dasmissões espaciais;
- a possibilidade de vida em Marte, lembrando a história destavelha polémica;
- a história geológica do planeta, as suas semelhanças ediferenças com a Terra;
- os projectos para a continuação da exploração de Marte, e o papel de Portugal nesse programa.
VIDEODIFUSÃO DA PALESTRA PÚBLICA
É com enorme prazer que podemos anunciar que o OAL retoma a transmissãodas suas Palestras Mensais através da Internet. No dia 30 de Maio a partir das 21h30 visite o seguinte endereço: http://live.fccn.pt/oal/
A entrada na Tapada da Ajuda faz-se pelo portão da Calçada da Tapada, em frente ao Instituto Superior de Agronomia. No final de cada palestra, e caso o estado do tempo o permita, fazem-se observações dos corpos celestes com telescópio. Convida-se o público a trazer os seus binóculos ou mesmo pequenos telescópios caso queiram realizar as suas próprias observações ou serajudados com o seu funcionamento.
Para mais informações use o telefone 213 616 730, ou consulte:
http://www.oal.ul.pt/palestras
Bolsas LNEC
O LNEC tem em aberto entre os dias 21 de Maio e 4 de Junho de 2008 concurso para a para atribuição de: Bolsa de Investigação no âmbito do Projecto PTDC/AMB/67450/2006, designado por Guiomar - Interface Geo(gráfica) para Modelação Costeira e Marinha.
http://www.lnec.pt/recrutamento/anuncio_bolseiro_GUIOMAR.pdf
Bolsa de Investigação no âmbito do Projecto PTDC/ECM/73145/2006, designado por MOIA - Modelo operacional de apoio à gestão portuária.
http://www.lnec.pt/recrutamento/anuncio_bolseiro_MOIA.pdf
Para além disso também tem em aberto bolsas de investigação e experimentação noutras áreas. Para tal basta consultarem:
http://www.lnec.pt/recrutamento/bolsas
terça-feira, maio 27, 2008
Palestra amanhã em Lisboa
Caros colegas e amigos:
Realiza-se no próximo dia 28 de Maio de 2008, pelas 15.00 horas, na magnífica Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa, a última sessão do ciclo de conferências organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para ampliar a percepção pública do interesse ímpar do Programa Integrado de Sondagens Oceânicas, no qual Portugal figura como membro fundador do ramo europeu, o ECORD (European Consortium for Oceanic Reseach Drilling). Transcrevo abaixo o comunicado distribuído pelo Presidente da FCT, prof. João Sentieiro, a este respeito.
A sessão é um verdadeiro Seminário, com três intervenções, por especialistas noutras tantas áreas que se desenvolveram na dependência da realização de sondagens no fundo do mar - a Terra debaixo do mar!
Eu próprio serei um dos oradores e tentarei mostrar como o estudo da crosta submarina oferece oportunidades ímpares para avanços essenciais no nosso conhecimento acerca da dinâmica da Terra, que exigem contribuições de um leque muito variado de especialidades científicas, da Mineralogia e Geoquímica à Tectónica e Geofísica e também da Biologia, todas com ampla participação de físicos, químicos e bioquímicos, e um mundo de disciplinas de engenharia.
A doutora Fátima Abrantes apresentará as provas das mudanças climáticas registadas nos sedimentos que se acumularam ao longo do tempo, um tema da maior importância para todos nós.
A convidada principal, a doutora Judith MacKenzie, apresentará, com a paixão contagiante que caracteriza todas as suas palestras, um dos temas de maior interesse e actualidade das ciências: a biosfera profunda, que, nos últimos anos anos, mudou radicalmente a nossa percepção da verdadeira dimensão da ocupação da Terra por seres vivos. A não perder!
Esta sessão é uma oportunidade única para, de forma realmente simples e aliciante, termos um panorama acerca do que vai chegando da última fronteira terrestre, o fundo do mar.
Convido-vos a todos para uma sessão que se afigura verdadeiramente imperdível. Agradeço divulgação activa.
28 de Maio, quarta-feira, pelas 15 horas,
Na Academia das Ciências de Lisboa
Rua da Academia das Ciências, 19 (a S. Bento)
Entrada livre
http://e-geo.ineti.pt/ecord/eventos/terra_debaixo_mar/default.htm
Com os melhores cumprimentos,
Fernando J.A.S. Barriga
Delegado de Portugal ao Council do ECORD
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Convite do Prof. João Sentieiro:
Com o propósito de dar a conhecer publicamente o European Consortium for Oceanic Research Drilling/Integrated Ocean Drilling Program (ECORD/IODP), a Fundação para a Ciência e Tecnologia está a promover um ciclo de conferências, como forma de aliciar mais cientistas portugueses para a investigação dos fundos oceânicos, que tanto tem contribuído para o nosso conhecimento acerca do funcionamento do planeta, seus recursos e ainda para uma melhor compreensão do sistema climático da Terra e sua sensibilidade a possíveis influências antropogénicas, e portanto, para o desenvolvimento sustentável. Este tema é de importância capital não só para geólogos e geofísicos mas também para biólogos e quantos se dedicam às ciências do ambiente, recursos naturais e tecnologias envolvidas, incluindo engenharia. Do ponto de vista cultural, o conhecimento do interior da Terra e da informação que os sedimentos dos fundos oceânicos têm vindo a registar ao longo dos tempos é fundamental para a compreensão do planeta, pelo que o interesse é de facto global, extravasando as próprias ciências exactas e naturais.
Trata-se de um ciclo de quatro sessões, aproximadamente mensais, sendo duas em Lisboa, uma em Aveiro e outra em Faro. A primeira teve lugar em 8 de Fevereiro e a última terá lugar no próximo dia 28 de Maio. O programa detalhado encontra-se em anexo. A sessão de encerramento, de 28 de Maio, terá lugar na Academia das Ciências de Lisboa, e terá como orador principal a conhecida especialista de renome mundial Professora Judith McKenzie. A conferência a proferir por esta investigadora intitula-se "Exploring the Deep Biosphere beneath the seafloor with the scientific ocean drilling". Intervirão também a Doutora Fátima Abrantes e o Professor Fernando Barriga, que nos darão conhecimento das suas actividades no âmbito do programa IODP.
Por conseguinte, solicita-se a mais ampla divulgação deste evento na vossa instituição.
http://e-geo.ineti.pt/ecord/
Com os melhores cumprimentos.
O Presidente,
João Sentieiro
Nota: Portugal é membro do programa internacional Integrated Ocean Drilling Program (IODP - http://www.iodp.org/). O IODP tem por objectivo explorar a história e estrutura da Terra representada nos sedimentos e rochas do fundo dos mares. O programa iniciou-se oficialmente em 2003 e resultou da colaboração internacional de cientistas e Instituições de investigação, tendo por base os sucessos obtidos anteriormente pelos programas Deep Sea Drilling Project (DSDP) e Ocean Drilling Program (ODP), que revolucionaram a nossa visão da História da Terra e dos processos globais, a partir da exploração científica dos fundos oceânicos. Portugal faz parte deste novo programa integrado no consorcio Europeu European Consortium for Ocean Research Drilling (ECORD - http://www.ecord.org/), que conjuntamente com os Estados Unidos, o Japão e a R. P. da China financiam e dirigem a investigação. A participação de Portugal é financiada pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O IODP alarga substancialmente os objectivos dos programas anteriores através da utilização de várias plataformas de perfuração para atingir os objectivos científicos do programa delineados no IODP Initial Science Plan e que incluem plataformas "riser", plataformas "riserless" e plataformas para missões específicas (MSP).
Apesar de só ter aderido ao Programa ODP em 1998, Portugal foi um dos 12 países fundadores do Consórcio ECORD.
http://e-geo.ineti.pt/ecord/
segunda-feira, maio 26, 2008
Phoenix chegou a Marte!
Post roubado ao Blog AstroLeiria:
Isto apesar de pouco tempo antes da descida, a Mars Reconnaissance Orbiter ter fotografado 2 redemoinhos de poeira (dust devils) de cerca de um quilómetro de tamanho na área onde a Phoenix desceu pouco depois.A expectativa era grande!
Segundo este site, o sucesso da Phoenix acaba de empatar o resultado das sondas em Marte. Neste momento, 20 falhanços e 20 sucessos!
A sonda Phoenix (Fénix - um pássaro da mitologia grega que morria carbonizado, e renascia das próprias cinzas), deve o seu design, componentes, instrumentos, objectivos, local de descida, …, a duas sondas passadas: a Mars Polar Lander que se espetou em Marte em 1999, e a Mars Surveyor Lander que foi cancelada no ano 2000.Esta sonda tem um tempo estimado de vida de 3 meses.
A área onde a Phoenix desceu é chamada de Green Valley, e fica na Vastitas Borealis, uma área baixa no norte de Marte, onde se pensa ter existido largas quantidade de água no passado, podendo mesmo conter gelo no presente (e quiçá microorganismos no subsolo!). É a primeira vez que se irá estudar o solo tão a norte de Marte - um terreno diferente do que aquele por onde os rovers Spirit e Opportunitty ainda passeiam.
Passadas 2 horas após pousar, outra explosão de alegria: as primeiras imagens chegaram sem problemas!Podem já ver esta imagem no site da APOD, e sobretudo recomendo este que é o site oficial da recepção das imagens da Phoenix.
Post de Carlos Oliveira no Blog astroPT - para ver o post original e imagens clicar aqui.
ADENDA: Stevie Nicks, dos Fleetwood Mac, faz hoje 60 anos! Celebremos também a data com música:
Postado por Fernando Martins às 15:47 0 bocas
Marcadores: AstroLeiria, astronomia, Fleetwood Mac, Marte, música, Phoenix, Rhiannon, Stevie Nicks
domingo, maio 25, 2008
Próximas actividades do NUCLIO
Caros Amigos,
Festa das Estrelas
Gostaria de convidá-los a partilhar as vossas actividades no âmbito do projecto Hands-on Universe durante a Festa das Estrelas. A Festa irá decorrer na Ponta do Sal dias 27, 28 e 29 de Junho. Peço que por favor me informem a vossa disponibilidade para podermos preparar o programa do evento. Venham e tragam os vossos estudantes.
Formação Hands-on Universe
Aproveito também para informar que a próxima sessão de formação será dias 14 e 15 de Julho no Instituto Geográfico do Exército. Inscrevam-se .. mas mais do que isso .... convidem outros colegas para a formação, está na hora de aumentarmos a família HOU
Workshop Internacional Hands-on Universe
E ainda há mais :-). Nos dias 16, 17 e 18 de Julho vamos ter um workshop internaciontal de promotores Hands-on Universe. Será uma oportunidade única para conhecer de perto as novas actvidade propostas pelos nossos parceiros espalhados por esse mundo afora. É única porque este ano somos privilegiados com a organização do evento em Lisboa. Estes encontros anuais ocorrem cada vez num país diferente ... desta vês os anfitriões somos nós :-)
Global HOU 2008
Pensavam que era tudo .. não não ... há ainda o encontro dos promotores ... ou seja ... a parte das apresentações que decorrerá nos dia 20 a 23 de Julho.
Cá vai o link para o workshop e conferência: http://ghou2008.globalhou.net
Espero que possam estar presentes em todas as actividades, que venham partilhar com a comunidade internacional o excelente trabalho que têm feito com os vossos estudantes. Que venham conhecer professores de outros países, promotores da família HOU.
Beijinhos e até amanhã ..... sim sim .... vamos acompanhar a chegada da sonda Phoenix à Marte ... há cafezinho e bolachinhas ...... (http://www.portaldoastronomo.org/noticia.php?id=743)
NOTA: Post conjunto com o Blog AstroLeiria...
Sonda Phoenix chega a Marte na madrugada de dia 26
Na madrugada de dia 26 de Maio está prevista a chegada a Marte de mais uma sonda da NASA (National Aeronautics and Space Administration), a Mars Phoenix Lander, destinada a aprofundar o nosso conhecimento sobre o planeta vermelho. A NASA transmitirá a partir do seu centro de controlo na Califórnia (Jet Propulsion Laboratory) todo o processo de entrada, descida e aterragem da sonda. Esta emissão estará disponível em:
http://www.nasa.gov/multimedia/nasatv
Em Portugal, esta emissão será acompanhada em directo, a partir das 20h do dia 25 de Maio, no âmbito de uma sessão pública organizada pelo NUCLIO, a ter lugar no Instituto Geográfico do Exército, em Lisboa, na qual estarão também presentes diversos especialistas nacionais, actualmente envolvidos em projectos relevantes para a exploração de Marte.
Pode descobrir mais informação em:
http://www.nuclio.pt/projectos/000070.html
NOTA: Post conjunto com o Blog AstroLeiria...
Nova sonda em Marte no domingo
Sonda Phoenix da NASA aterra domingo à noite em Marte
23.05.2008 - 14h50 Lusa
A Mars Phoenix Lander concluirá assim um périplo de 679 milhões de quilómetros iniciado a 4 de Agosto de 2007 quando foi lançada na Florida para esta missão de três meses, orçada em 420 milhões de dólares (270 milhões de euros).
Para Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa, "a existirem vestígios de vida em Marte eles só poderão estar no subsolo, devido às condições hostis à vida prevalentes na superfície do planeta", com a intensidade das radiações ultravioleta e dos protões do vento solar, além das baixas temperaturas actuais.
Na sua perspectiva, "em fases recuadas da vida de Marte poderão ter existido essas condições, quando a inclinação do eixo de Marte, que vai mudando ao longo do tempo, permitiu uma incidência perpendicular do Sol e a existência de água no estado líquido".
E tendo existido vida no passado, "os seus rastos ficaram congelados no subsolo", afirmou. "Só pesquisando esse gelo se poderá determinar o que sobrou, quer de organismos vivos quer de reacções químicas de oxidação e redução associadas à vida".
Além de recolher amostras do subsolo gelado marciano, a missão representa o próximo passo da exploração de Marte ao determinar se essa região, que abrange cerca de 25 por cento da superfície do planeta, será habitável por futuras missões tripuladas.
Colaboração entre agências desde Janeiro
Paolo Ferri, director da Divisão de Missões do Sistema Solar e Planetário da ESA, indicou que a colaboração europeia na missão decorre desde Janeiro, "com a determinação da órbita da sonda através das antenas de espaço profundo das estações de rastreio em Cebreros, Espanha, e em New Norcia, Austrália".
Durante a fase de aterragem, a sonda europeia Mars Express receberá o sinal de rádio da Phoenix e transmiti-lo-á à Terra, para o Centro de Operações Espaciais Europeias da ESA em Darmstadt, na Alemanha, que o reencaminhará para a NASA.
A aterragem está prevista para as 00h38 de 26 de Maio (hora de Lisboa), na região do Pólo Norte de Marte, e a NASA pediu a ajuda da ESA para evitar que se repita o sucedido há nove anos com a Mars Polar Lander, quando se perdeu o contacto com ela e se despenhou no Pólo Sul do planeta vermelho.
A NASA tem actualmente na órbita de Marte as sondas Mars Reconnaissance Orbiter e Mars Odyssey, enquanto que a Mars Express da ESA está a 300 quilómetros do planeta.
Portugal segue manobra
As três seguirão a Phoenix durante a fase crítica da descida e aterragem, quando a sonda norte-americana entrar na atmosfera marciana a uma velocidade de 19.000 quilómetros por hora. Nos sete minutos seguintes, a que os engenheiros da missão chamam "os sete minutos de terror", a nave usará a fricção da atmosfera e um pára-quedas para reduzir a velocidade para apenas 8 quilómetros por hora.
Segundos antes da aterragem, a Phoenix accionará foguetes propulsores para garantir uma aterragem suave.
A confirmação de que a manobra decorreu com êxito só será no entanto conhecida na Terra 15 minutos depois, às 00h53 de segunda-feira (hora de Lisboa), segundo um comunicado da NASA, que transmitirá todos o processo de entrada na atmosfera, descida e aterragem no site www.nasa.gov/multimedia/nasatv.
Em Portugal, esta emissão poderá ser acompanhada em directo, a partir das 20h00 de domingo, numa sessão pública organizada pelo NUCLIO (Núcleo Interactivo de Astronomia) no Instituto do Exército, em Lisboa.
Com os seus dois painéis solares abertos, a Phoenix mede cinco metros de largura e 1,52 metros de comprimento, e pesa 350 quilogramas, 55 dos quais de instrumentos científicos, sendo a missão desempenhada a temperaturas entre 73 e 33 graus Celsius negativos.
Se tiver êxito, a sonda irá juntar-se no solo marciano aos robôs gémeos Spirit e Opportunity, que há quatro anos exploram zonas opostas no equador do planeta, mas, ao contrário destes, ficará imóvel. Embora os cientistas admitam que a Phoenix sobreviva cerca de um mês além dos seus 90 dias de missão, não terá o mesmo tempo de vida útil dos robôs gémeos, porque os seus painéis solares não produziram energia suficiente para a manter viva durante o Inverno marciano.
in Público - ler notícia
NOTA: Post conjunto com o Blog AstroLeiria...
Descoberta de Sílica em Marte indica possibilidade de vida passada
Segundo estudos de cientistas tais depósitos encontram-se na Terra à volta de chaminés hidrotermais, como as do parque nacional norte-americano de Yellowston, no Wyoming, célebre pelos seus fenómenos geotérmicos onde se encontram dois terços dos géisers do planeta, e inúmeras fontes de água quente.
Esta é a conclusão de estudiosos dos planetas que analisaram os dados recolhidos pelo espectrómetro de emissão termal (Miniature Thermal Emission Spectrometer) do robot 'Spirit', cujo gémeo 'Opportunity' se move nos antípodas de Marte.
A descoberta de depósitos de sílica na cratera de Gusev, situada na região equatorial do planeta vermelho, foi anunciada pela Nasa em 2007, tendo então sido objecto de um estudo detalhado cujos resultados das análises são publicados pela revista norte-americana 'Science'.
“Na Terra, os depósitos hidrotermais andam de mão dada com a vida e a sílica encontrando-se próxima destas aberturas contem frequentemente fósseis de restos de micróbios”, afirma Jack Farmer, professor de astrobiologia na Universidade do Estado do Arizona, um dos autores destes estudos.
“Mas não sabemos se este é o caso da sílica encontrada por 'Spirit', uma vez que o robot é desprovido de instrumentos que possam detectar vida microscópica”, acrescenta, em comunicado.
“O que podemos dizer é que este ambiente foi habitável com água líquida e presença de fontes de energia necessárias para a vida”, conclui Farmer.
in Ciência Hoje - ler notícia