Ao fim da guerra, ele surgiu como o líder do novo governo federal. Rejeitou a tentativa de
Stalin de controlar ideologicamente os Estados comunistas da Europa oriental (a Jugoslávia não integrava a
aliança militar do bloco comunista). Como consequência, a Jugoslávia foi desvinculada do
Cominform (organização internacional comunista que visava a coordenar as atividades do partido em toda a Europa) e Tito tornou-se um dos principais expoentes do não-alinhamento durante a
Guerra Fria.
O período 1948-1956 foi, ainda assim, marcado por repressão severa de oponentes, bem como pessoas que expressavam admiração pelo modelo soviético. Mais notavelmente, vários dissidentes foram mandados para o campo de trabalho penal de
Goli Otok.
Em
1961, ele promoveu a Conferência Internacional dos Países Não-Alinhados, onde ficou determinado que as nações participantes tomariam uma postura de neutralidade em relação à Guerra Fria.
As relações com a
União Soviética foram reatadas em
1955, mas Tito manteve sua independência, experimentando diferentes estilos de organização económica, incluindo a participação dos trabalhadores na administração das fábricas; que recebeu o nome de
autogestão.
Com a chegada de
Leonid Brejnev no poder e o apogeu da
Détente soviética, a Jugoslávia de Tito teve uma grande subida na diplomacia com a União Soviética, iniciando diversos processos de alianças e cooperações com os
soviéticos, mas da mesma forma mantendo-se em seu próprio eixo.
Com sua morte, em 1980, o cargo de presidente da Jugoslávia passou a ser rotativo entre as seis repúblicas mas, por volta de
1989, o sistema encontrava-se em desordem e a unidade do país começou a se desintegrar, em grande parte devido à profunda crise económica gerada pelo desmoronamento do
Leste Europeu e, mais importante, pelo surgimento de partidos ultranacionalistas em todas as repúblicas, principalmente na Croácia e na
Sérvia. Estava formado o caldo que levaria o país, mais tarde, a uma brutal e insana guerra civil, com ódios étnicos seculares refletidos em atrocidades cometidas por todos os lados do conflito.
Em
7 de janeiro e logo depois em
11 de janeiro de
1980, Tito foi internado no "Klinični Lubljana" (o centro clínico de
Liubliana) com problemas de circulação em suas pernas. A sua perna esquerda foi amputada pouco tempo depois. Ele morreu no
4 de maio de 1980 às 15.05 horas e o seu
funeral, foi um dos mais famosos de toda a história (foi o funeral que mais recebeu
chefes de estado e suas delegações, além de diversos políticos ,igualando o funeral do
Papa João Paulo II). Eles incluíram quatro
reis, trinta e um
presidentes, seis príncipes, vinte e dois
primeiros-ministros e quarenta e seis ministros de estados estrangeiros. Eles vieram de países dos dois lados da
Guerra Fria, de 128 diferentes países, entre eles, estava o
secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e
Presidium do Soviete Supremo da União Soviética da época,
Leonid Brezhnev (companheiro de guerra e amigo íntimo e político de Tito), a primeira-ministra
britânica Margaret Thatcher, a primeira-ministra
indiana Indira Gandhi, o presidente
iraquiano Saddam Hussein, o principal político
socialista e
presidente da Itália na época,
Sandro Pertini, o líder da
Autoridade Palestiniana Yasser Arafat, o
chanceler da
Alemanha Ocidental,
Helmut Schmidt e o líder da
Alemanha Oriental,
Erich Honecker, o líder
norte-coreano Kim Il-sung, o
rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, o rei
Olavo V da Noruega, o rei
Hussein da Jordânia,
Francesco Cossiga,
Fidel Castro presidente de
Cuba, o primeiro-ministro do
Japão Masayoshi Ohira (que morreria pouco tempo depois), o primeiro-ministro da
China Hua Guofeng, o presidente da
Zâmbia Kenneth Kaunda, o líder
comunista da
Roménia Nicolae Ceauşescu, o líder comunista
búlgaro Todor Zhivkov e o
político austríaco Kurt Waldheim.
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