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sexta-feira, janeiro 13, 2012
Os Távoras foram executados há 253 anos
(imagem daqui)
Na noite de 3 de setembro de 1758, D. José I seguia incógnito numa carruagem que percorria uma rua secundária nos arredores de Lisboa.
O rei regressava para as tendas da Ajuda de uma noite com a amante.
Pelo caminho, a carruagem foi interceptada por três homens, que
dispararam sobre os ocupantes. D. José I foi ferido num braço, o seu
condutor também ficou ferido gravemente, mas ambos sobreviveram e
regressaram à Ajuda.
Sebastião de Melo tomou o controle imediato da situação. Mantendo em
segredo o ataque e os ferimentos do rei, ele efectuou julgamento rápido.
Poucos dias depois, dois homens foram presos e torturados. Os homens
confessaram a culpa e que tinham tido ordens da família dos Távoras, que
estavam a conspirar pôr o duque de Aveiro, José Mascarenhas, no trono. Ambos foram enforcados no dia seguinte, mesmo antes da tentativa de regicídio
ter sido tornada pública. Nas semanas que se seguem, a marquesa Leonor
de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos, filhas e
netos foram encarcerados. Os conspiradores, o duque de Aveiro e os
genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram
presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso.
Foram todos acusados de alta traição e de regicídio. As provas
apresentadas em tribunal eram simples: a) As confissões dos assassinos
executados, b) A arma do crime pertencia ao duque de Aveiro e c) O facto
de apenas os Távoras poderem ter sabido dos afazeres do rei nessa
noite, uma vez que ele regressava de uma ligação com Teresa de Távora,
presa com os outros. Os Távoras negaram todas as acusações mas foram
condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu
nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos. A varonia Távora e morgadio foram então transferidos para a casa dos condes de São Vicente.
A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca,
a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não
seria poupada. Ela e outros acusados que tinham sido sentenciados à
morte foram torturados e executados publicamente em 13 de janeiro de 1759 num descampado, perto de Lisboa, próximo à Torre de Belém.
A execução foi violenta mesmo para a época, as canas das mãos e dos
pés dos condenados foram partidas com paus e as suas cabeças decapitadas
e depois os restos dos corpos queimados e as cinzas deitadas ao rio Tejo.
O rei esteve presente, juntamente com a sua corte, absolutamente
desnorteada. Os Távoras eram seus semelhantes, mas o rei quis que a
lição fosse aprendida e para que nunca mais a nobreza se rebelasse
contra a autoridade régia.
O palácio do Duque de Aveiro, em Belém, Lisboa
foi demolido e o terreno salgado, simbolicamente, para que nunca mais
nada ali crescesse. No local, hoje chamado Beco do Chão Salgado, existe
um marco alusivo ao acontecimento mandado erigir por D. José com uma
lápide que pode ser lida . As armas da família Távora foram picadas e o
nome Távora foi mesmo proibido de ser citado.
Gabriel Malagrida foi queimado vivo alguns dias depois e a Companhia de Jesus declarada ilegal. Todos as suas propriedades foram confiscadas e os jesuítas
expulsos do território português, na Europa e no Ultramar. A família
Alorna e as filhas do Duque de Aveiro foram condenadas a prisão perpétua
em mosteiros e conventos.
Sebastião de Melo foi feito Conde de Oeiras pelo seu tratamento competente do caso, e posteriormente, em 1770, obteve o título de Marquês de Pombal, o nome pelo qual é conhecido hoje.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 01:07 0 bocas
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quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Poema alusivo à época
Cantiga patriótica
Que intentas, Tirano?
Vencer portugueses?
Almas generosas
Não temem reveses!
No campo da glória,
Vencendo ou vencidos,
Quais rochas constantes
Nos vê destemidos.
Se férreas cadeias
Nos prendem os braços,
Nossas almas livres
Desprezam teus laços.
A terra ensopada
No sangue mais puro
Ao Céu justiceiro
Te acuso, perjuro!
Se tardam seus raios,
Se é lenta a vingança,
Já vem no horizonte
A nuvem que os lança.
Marquesa de Alorna
Nota: poema dedicado pela autora aos portugueses que lutaram contra os invasores franceses, no início do século XIX, mas que poderia ser dedicada a um qualquer tiranete mentiroso de trazer por casa dos nossos dias...
Postado por Fernando Martins às 15:50 0 bocas
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