Cantiga patriótica
Que intentas, Tirano?
Vencer portugueses?
Almas generosas
Não temem reveses!
No campo da glória,
Vencendo ou vencidos,
Quais rochas constantes
Nos vê destemidos.
Se férreas cadeias
Nos prendem os braços,
Nossas almas livres
Desprezam teus laços.
A terra ensopada
No sangue mais puro
Ao Céu justiceiro
Te acuso, perjuro!
Se tardam seus raios,
Se é lenta a vingança,
Já vem no horizonte
A nuvem que os lança.
Marquesa de Alorna
Nota: poema dedicado pela autora aos portugueses que lutaram contra os invasores franceses, no início do século XIX, mas que poderia ser dedicada a um qualquer tiranete mentiroso de trazer por casa dos nossos dias...
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