Foi professor em
Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em
Setúbal, na
Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Sebastião da Gama) e, em
Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas
Árvore e
Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à
Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia,
Serra-Mãe, de
1945), e à sua tragédia pessoal, motivada pela doença que o vitimou precocemente, a
tuberculose.
Uma carta sua, enviada em
agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da
Serra da Arrábida, constituiu a motivação para a criação da LPN,
Liga para a Protecção da Natureza, em
1948, a primeira associação ecologista portuguesa.
O seu
Diário, editado postumamente, em
1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.
Pequeno poema
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama