Caças F-14 americanos e um avião de abastecimento KC-10 sobrevoando o Golfo Pérsico durante o conflito
A Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 até 28 de fevereiro de 1991) foi um conflito militar travado entre o Iraque e forças da Coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos e patrocinada pela Organização das Nações Unidas, com a aprovação de seu Conselho de Segurança, através da Resolução 678, autorizando o uso da força militar para alcançar a libertação do Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas iraquianas sob as ordens de Saddam Hussein.
(...)
O consenso internacional sobre a gravidade da agressão de Saddam Hussein e a aceitação de que o os Estados Unidos
eram a peça fundamental na elaboração da resposta, na liderança militar
e nos esforços necessários para manter unida uma aliança de países sem
precedentes na história mundial, galvanizou as nações a agir rapidamente
e em força.
Para garantir apoio económico,
James Baker,
o secretário de Estado americano, viajou para dezenas de países. A
Arábia Saudita foi o primeiro país a ser visitado e rapidamente
concordou em, não só apoiar financeiramente, mas também disponibilizar
seu território para as forças da Coligação.
Egito,
Síria e
Omã
foram os outros países do Oriente Médio a apoiar os americanos. Várias
nações da Europa ocidental, como Portugal, Espanha, Itália e,
principalmente, o Reino Unido, também enviaram ou tropas ou equipamentos
para a linha de frente. Ao todo, 34 países participaram da Coligação, em algum nível. Esta foi a maior coligação militar reunida desde a
Segunda Guerra Mundial. Algumas nações, como
Japão e
Alemanha
preferiram fazer contribuições financeiras, ajudando com US$ 10 mil milhões
e US$ 6,6 mil milhões, respectivamente. No geral, cerca de 73% das 956 600
tropas da Coligação enviadas para combater o Iraque eram dos Estados
Unidos.
A guerra começou com uma enorme campanha de bombardeamentos aéreos em 17
de janeiro de 1991. Foram mais de 100 mil ataques e surtidas, com pelo
menos 88 500 toneladas de bombas lançadas pelo ar
e destruiu rapidamente a infraestrutura militar do Iraque, causando
danos colaterais também, atingindo a infraestrutura civil do país. A campanha aérea foi comandada pelo general Chuck Horner.
Um dia após passar da data limite estimado pela Resolução 678 da
ONU exigindo a retirada das tropas iraquianas do Kuwait, as forças da
Coligação lançaram uma maciça campanha aérea contra o Iraque, dando
início então a "Operação Tempestade no Deserto" (Desert Storm). A primeira prioridade era destruir a força aérea iraquiana
e as suas instalações de defesa antiaérea. A maior parte das surtidas
saíram de bases na Arábia Saudita ou dos porta-aviões da Coligação no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho.
Os alvos seguintes dos aviões e mísseis de cruzeiro da Coligação eram as instalações de comando e comunicação das forças de Saddam. O
ditador iraquiano pessoalmente comandava cada aspecto da estratégia do
seu exército e decisões espontâneas por parte dos oficiais eram
desencorajadas. Com seus prédios de comunicação e postos de escuta
destruídos acabou por limitar a capacidade das forças iraquianas de
reagir.